José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: julho 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

APÓS O VÍDEO LEIAM A MATÉRIA LOGO ABAIXO - Mcdonalds | comercial do McLanche Feliz com os personagens do filme Rio

Caça às bruxas? CONAR e McDonalds juntos pela obesidade infantil

Já assistiu ao comercial acima? Identificou alguma incoerência? Não? Mas saiba que existe e é grave. O comercial do McDonalds foi exibido, exaustivamente, nos cinemas, durante a exibição do filme de animação infantil “Rio”. A campanha – que “vende” brindes colecionáveis de personagens do filme – fala diretamente com crianças menores de 12 anos e acaba induzindo-as a consumirem o McLanche para ganhar os brindes.
Coisa de criança? Sim. Mas tal medida fere o próprio código de ética da empresa McDonalds e o acordo de autorregulamentação firmado junto à Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) e à Associação Brasileira de Anunciantes (Aba). Pelo documento, o McDonalds não poderia anunciar nenhum tipo de produto voltado para crianças menores de seis anos. O comercial foi exibido nas sessões do filme, que tinha classificação livre.
O departamento jurídico do Instituto Alana, em São Paulo, entrou com um recurso, em 14 de abril, junto ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), fazendo a denúncia e solicitando a suspensão da propaganda. O comercial, sem nenhuma manifestação do órgão, foi retirado do ar. Mas somente em 16 de junho é que o Conar se posicionou sobre o recurso.
Além da demora, o teor do documento chamou a atenção do Instituto Alana e de vários segmentos da sociedade que lutam pelo direito das crianças. Assinado pelo relator Enio Basílio Rodrigues, o parecer é, sem dúvida, ofensivo e equivocado, desrespeitando a democracia e, acima de tudo, entidades que estão na defesa dos direitos de crianças e adolescentes.
O parecer traz, entre outros, os seguintes trechos:
“(…) Já que estamos falando de crianças com menos de 12 anos e de uma representação ilustrada por um desenho animado infantil vale a fantasia de trocarmos o nome do instituto por outro mais característico – a bruxa Alana, que odeia criancinhas”.
“Ao contrário das bruxas do meu tempo que esperavam as crianças engordarem para devorá-la, a bruxa Alana – antroposófica, esverdeade e termogênica – prefere deixá-las bem magrinhas. Sim, a criança que ameaça ficar gordinha aciona imediatamente a vassoura digital da bruxa Alana”.
“Crianças foram feitas para azucrinar e para isso existe, quando necessário o famoso não!, sem precisar ameaçar a chamar a bruxa”.
“Creio que o Instituto Alana está olhando o Brasil de cabeça para baixo. (…) Suécia e Dinamarca têm por base evitar que suas crianças de olhos azuis fiquem gordinhas, o Brasil tem por base acabar com a desnutrição dos nossos meninos moreninhos”.
“Cada vez mais crianças pedirão um brinquedo para o pai e este orgulhosamente dirá: sim, eu posso. Queira ou não queira a Alana”.
Em resposta, o Instituto Alana respondeu em seu blog: “O parecer de apenas duas páginas tem distorções e ofensas que jamais foram vistas em cinco anos de atuação do Projeto Criança e Consumo. E vale ressaltar: mesmo com tantos absurdos, o Conselho do Conar votou por u-na-ni-mi-da-de a favor do parecer. Por isso, pela total falta de respeito com que esse caso foi julgado, não reconhecemos mais o Conar como uma entidade séria e legítima para garantir a ética na publicidade brasileira. Entendemos que uma autorregulamentação como essa de fato não protegerá a infância brasileira dos abusos comerciais. É preciso uma legislação específica que proteja nossas crianças desses abusos. De novo: essa não é somente uma preocupação do Alana, mas também de 76% dos pais brasileiros que afirmaram em pesquisa do Datafolha que a publicidade de fast food prejudica seus esforços na educação alimentar de seus filhos”.
Segundo o Instituto Alana, a venda de alimentos com brinquedos vem sendo criticada em todo o mundo. No Brasil, o Ministério Público Federal instaurou inquérito em 2009 para investigar essa prática em três cadeias de fast food. A Assembleia de Belo Horizontre acabou de aprovar um projeto de lei que proíbe venda de lanches com brindes para crianças. Fora as várias proposições que tramitam no Congresso Nacional sobre essa questão.
Quem é pai ou mãe e tem condições de levar seus filhos ao cinema e depois financiar um lanche, sabe o quanto a publicidade voltada para as crianças influencia. Quem é pai ou mãe e não tem condições de levar seus filhos ao cinema e depois financiar um lance, sabe mais ainda. A promoção do McDonalds dos brindes dos personagens do filme “Rio” durou um mês. O McLanche Feliz trazia oito diferentes brindes. Para uma criança ter todos os brinquedos, ela teria que comprar o McLanche Feliz duas vezes por semana.
Leia na íntegra o parecer do Conar

Obesidade

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dieta Saudável

Obesidade Infantil - animação especial

Prevenção e Tratamento da Obesidade Infantil

A obesidade é uma disfunção que assusta cada vez mais pelos seus índices, no Brasil e no mundo. O endocrinologista Dr. Alfredo Halpern ( chefe do grupo de Obesidade e Doenças Metabólicas do Serviço de Endocrinologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) lembra, como a maioria dos especialistas, que “obesidade não é falta de caráter ou sem-vergonhice”, é uma doença e deve ser tratada desta forma.


Segundo os dados da Organização Pan-Americana de Saúde, da SBEM, “os inquéritos populacionais têm registrado um alarmante aumento na incidência de obesidade no Brasil nas últimas três décadas”. O documento mostra que, entre 1975 e 1997, a prevalência da obesidade no Brasil aumentou de 8 para 13% em mulheres; de 3 para 7% em homens; e de 3 para 15% em crianças.

Estes números mostram que a prevalência de obesidade infanto-juvenil no Brasil subiu 240% nas últimas duas décadas. Para o endocrinologista pediátrico, Dr. Luiz Cláudio Castro, é fundamental investir a reeducação dos hábitos alimentares e de atividade física na população infantil. “A educação é o instrumento mais valioso e eficaz para bloquearmos este aumento na incidência da obesidade e suas complicações, de forma a evitarmos que se realize a previsão de que 35% da população adulta brasileira estará obesa em duas décadas (2025)”.

Não basta trabalhar apenas com informações nutricionais, mas estimular a atividade física. Além disso, ele enfatiza que a proposta não deve restringir o trabalho às crianças acima do peso. Todas devem estar envolvidas.

O Programa Escola Saudável tem trabalhado nestas esferas. Os dados preliminares, com mais de 2000 crianças da 1ª à 4ª série do ensino fundamental, em vários Estados brasileiros, mostram que cerca de 23% das crianças da 1 a à 4 a série do ensino fundamental apresentam excesso de peso (variando de 20 a 33% entre as Regiões), e a obesidade atinge cerca de 10% (variando de 5 a 12%), sendo os índices mais baixos no Nordeste e os mais altos no Sudeste e nas escolas particulares.

Desencadeadores

Causada principalmente pela ingestão inadequada de alimentos e falta da prática de exercícios físicos, a obesidade é também desencadeada por fatores ambientais, além de biológicos, hereditários e psicológicos. Seu tratamento requer um diagnóstico detalhado, orientação nutricional e mudanças no estilo de vida. Além disso, é necessário convencer a criança a se alimentar de forma diferente dos seus colegas.

Na fase de crescimento é muito importante que os pais estejam atentos. Brincadeiras de rua, em grupos, são positivas tanto para o físico quanto para o emocional. O incentivo destas atividades possibilita uma maior socialização. Afinal, o isolamento provocado pela obesidade é natural, por se acharem diferentes do seu grupo.

A principal causa da obesidade é ambiental: alimentação inadequada e pouca atividade física. Menos de 5% dos casos se deve a doenças endocrinológicas. A hereditariedade pode ser um fator de risco, mas ela só se manifesta se o ambiente permitir. Em outras palavras, a genética só se manifesta se o ambiente for favorável ao excesso de peso. O tratamento e acompanhamento das crianças com excesso de peso envolve vários aspectos e é sobretudo comportamental, enfocando reeducação nutricional e mudanças no estilo de vida. Um ponto importante, toda a família deve estar envolvida, pois os pais, antes de mais nada, devem dar o exemplo.

Na fase de crescimento é muito importante que os pais estejam atentos quanto ao desenvolvimento orgânico e emocional dos seus filhos. Brincadeiras de rua, em grupos, são positivas tanto no aspecto físico quanto emocional. O incentivo a estas atividades possibilita uma maior socialização. Um dos grandes pontos de preocupação em relação às crianças com excesso de peso é o receio de se isolarem, por se acharem diferentes do seu grupo.

A orientação nutricional deve ser diferenciada. O ideal é que seja prazerosa. É interessante, também, que vá sendo implantada aos poucos, sem ser radical. O importante é que, tanto os pais quanto os endocrinologistas, trabalhem para que a criança não se torne um adulto obeso. De acordo com dados publicados no livro “Pontos para o Gordo” do Dr. Alfredo Halpern, a criança obesa na puberdade tem 40% de chances de manter este quadro na vida adulta. No caso de adolescentes, esta chance aumenta para 70%.

Ainda segundo o especialista, o objetivo primordial do tratamento é que, no mínimo, a criança pare de engordar. “O ideal é alterar a alimentação diária de toda a família”, afirma. O Dr. Halpern indica que os cuidados com uma alimentação saudável devem ser aplicados desde o início da vida dos filhos. Pesquisas comprovam que os índices de obesidade crescem devido aos estilos de vida pouco saudáveis (com alimentação desregrada e sedentarismo).

Assim, ao identificar o ganho excessivo de peso nas crianças, procure orientação médica. Vale lembrar que cerca de 10% da obesidade infantil é causada por distúrbios endócrino-metabólicos. E, nestes casos, o diagnóstico e tratamento imediatos são ainda mais necessários.
O tema Epidemiologia e Prevenção da Obesidade Pediátrica será tratado no dia 26 de agosto, durante o XI Congresso Brasileiro de Obesidade – presidido pelo Dr. Walmir Coutinho - que já em cerca de 1500 inscritos. Opções para auxiliar pais e filhos na luta contra a obesidade e suas conseqüências é uma das prioridades.

O tema Epidemiologia e Prevenção da Obesidade Pediátrica será tratado no dia 26 de agosto, durante o XI Congresso Brasileiro de Obesidade – presidido pelo Dr. Walmir Coutinho - que já em cerca de 1500 inscritos. Opções para auxiliar pais e filhos na luta contra a obesidade e suas conseqüências é uma das prioridades.
FONTE:  http://www.endocrino.org.br/prevencao-e-tratamento-da-obesidade-infantil/

terça-feira, 19 de julho de 2011

Crianças obesas podem desenvolver problemas hepáticos graves


Crianças com sobrepeso podem desenvolver problemas hepáticos graves. Foto: Getty Images

Crianças em sobrepeso podem ter gordura no fígado
Foto: Getty Images

Martin Lombard, diretor nacional do Departamento de Saúde da Inglaterra, divulgou um estudo preocupante nesta segunda-feira (4): crianças que estão acima do peso têm mais chances de desenvolver problemas hepáticos. A notícia foi publicada no jornal Daily Mail .
Enquanto o álcool é o maior causador de lesões hepáticas, muitas pessoas estão desavisadas sobre a gordura no fígado, doença ligada ao sobrepeso, que acontece quando a gordura envolve o órgão, levando a inflamações e inchaços. Algumas pessoas acabam desenvolvendo cirrose por causa do problema.
Os especialistas acreditam que apenas no Reino Unido, 1/4 das crianças é obesa. "Doenças hepáticas são assassinas silenciosas que colocam a vida de milhares de crianças em risco", alertou Lombard.
O álcool pode aumentar os riscos de problemas no fígado, mesmo que a condição atual seja causada pela gordura, visto que muitos jovens experimentam um grande consumo de bebidas alcoólicas, forçando o fígado e colaborando para a piora da doença.
Especialistas destacaram que a gordura no fígado tem se tornado um problema crônico comum que causa diversos danos à saúde e as pessoas não se preocupam com ela porque não podem vê-la. Além disso, o sobrepeso é um dos principais fatores da doença e tem se tornado um problema de saúde pública em todo o mundo.
A obesidade ainda é ligada a problemas cardíacos, alguns tipos de câncer e ao desenvolvimento da diabetes tipo 2. "Não queremos que a nossa futura geração padeça de um mal que pode ser prevenido", disse Lombard, apoiado pela ministra de saúde pública, Anne Milton, que lançou a campanha Change4Life (Mudança pela Vida) para melhorar a saúde e qualidade de vida das crianças, estimulando a atividade física e a perda de peso.
http://saude.terra.com.br/noticias/0,,OI5221291-EI16560,00-Criancas+obesas+podem+desenvolver+problemas+hepaticos+graves.html

Senadora Marisa Serrano fala ao programa Argumento sobre a obesidade inf...

Estudo revela que crianças se exercitam menos

 

Quarta-feira, 13/07/2011, 15h19

Pesquisa realizada pelas Secretarias da Saúde e da Educação de São Paulo e o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano com 2,5 mil adolescentes entre 10 e 17 anos revelou que as crianças do ensino fundamental se exercitam 20% a menos do que os estudantes do ensino médio.

De acordo com o médico Victor Matsudo, coordenador do Agita São Paulo, um programa estadual que incentiva a prática de atividades físicas, o dado é um reflexo da qualidade de vida das crianças. “Na verdade, os alunos do ensino médio já não praticam o tempo mínimo estipulado, ou seja, a novíssima geração não está fazendo exercício físico algum. Todas preferem ficar na frente da televisão ou do computador”, disse.

Além de mostrar a perda de interesse da criança por brincar, o dado também revela a precariedade no incentivo das escolas na prática de atividades físicas. Segundo dados do Agita São Paulo, a criança deve se exercitar por cinco minutos a cada meia hora de atividade sentada, mas nenhuma escola segue essa recomendação. “A educação física é sempre uma matéria secundária, e os professores nem sempre são capacitados para exercer a profissão. No fim, a criança acaba se exercitando em apenas 12 dos 45 minutos da aula”, disse o coordenador.

De acordo com o médico, a falta de exercícios e o tempo de permanência em frente ao computador, que não deveria ultrapassar duas horas, também trazem diversos problemas físicos que começam a aparecer precocemente, como obesidade, perda de velocidade, perda de força nas pernas e menor capacidade do organismo em transportar oxigênio. (BAND)
Fonte: Diario do Pará 
http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-137425-ESTUDO+REVELA+QUE+CRIANCAS+SE+EXERCITAM+MENOS.html