José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: abril 2013

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Ergoespirometria: procedimento de auxílio no tratamento da obesidade


exto do Dr Milton Mizumoto – Médico Nutrólogo (ABRAN/ Corpore).
                O fenômeno “engordar” é uma característica dos seres vertebrados que através do aparelho circulatório capta os nutrientes energéticos (aminoácidos, lipídeos e glicose) do aparelho digestório e armazena nos adipócitos como moléculas osmoticamente neutras (triglicérides e ácidos graxos). Contudo, este mecanismo de adaptação das espécies, que armazena energia para os dias de privação deste a pré-história, começa a entrar em desequilíbrio quando o homem nômade instala-se em campos férteis e inicia a era da agricultura. Desta forma, não é mais necessário caminhar distâncias enormes na busca de alimentos, este nômade torna-se agricultor, terá e consumirá mais alimento do que o necessário para sua sobrevivência. Regra básica, ganhar mais e gastar menos somado a todas as alterações adaptativas do homem pelo ambiente inóspito anterior, teremos a obesidade por excesso de alimentos e falta de atividade física.
             A descoberta de várias as alterações nutroneurometabólicas envolvida na etiologia da obesidade, preconiza inúmeras terapêuticas medicamentosas ou comportamentais. Dentre as terapêuticas comportamentais a Atividade Física aliada à Dietoterapia Nutrológica torna-se imprescindível. Contudo, como prescrever esta atividade física?
                 Se a lipólise dos triglicérides intra-adipocitários ocorre após aproximadamente 30 minutos de atividade  física aeróbia, já a via da oxidação dos ácidos graxos intramuscular inicia gradualmente poucos minutos após o início da atividade física. Esta oxidação dos ácidos graxos dentro das mitocôndrias musculares será proporcionalmente maior do que o glicogênio muscular quanto menos intenso for a contração muscular. Então como mensurar a intensidade da atividade física?  Embora exercícios leves utilizam como substrato mais ácidos graxos do que glicogênio ou glicose, a quantidade total de calorias dispendida por minuto será menor do que em exercícios intensos; ou seja caminhar é mais aeróbio do que correr, contudo em 1 hora de corrida dispende quase o dobro de calorias que 1 hora de caminhada.
            Como calorias é uma unidade de trabalho ( 1 cal = 4,186 joules = Trabalho = Força x Deslocamento), a mesma distância “percorrida” caminhando ou correndo gastará a mesma quantidade de calorias; porém na caminhada a contribuição energética do substrato lipídeo é maior do que na corrida; já na corrida a contribuição do substrato glicogênio será maior do que na caminhada.
            Desta forma, a Ergoespirometria com a medida do VO2 máximo e respectivos Limiares Ventilatórios (LV1 e LV2) são essenciais para a prescrição da intensidade do exercício individualizado ao respectivo grau de condicionamento físico do paciente, que pratica a atividade física para otimizar a oxidação de ácidos graxos.
          Na figura abaixo, a intensidade do exercício e a contribuição energética preponderante para a respectiva intensidade determinada pela Ergospirometria.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Obesidade: especialista dá dicas de como evitar este mal ainda na infância


Obesidade pode ser evitada com ajuda de alimentação correta e atividade física.
Jacelena Dourado/Imirante
13/04/2013 08h04

Foto: Reprodução/Internet
SÃO LUÍS - Quase metade da população brasileira está acima do peso, segundo dados do Ministério da Saúde. Mulheres, homens e crianças sofrem com a obesidade ou com o sobrepeso e é grande o número de pessoas que recorrem à cirurgia bariátrica, a redução de estômago.
No Brasil, de acordo com o IBGE, uma a cada três crianças entre cinco e nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A taxa predominante de obesidade no Brasil está entre 18 e 25 anos. Se uma criança for diagnosticada com sobrepeso a chance dela se tornar um adulto obeso se torna maior.
Segundo o doutor Hérquimas Pereira, cirurgião especialista do aparelho digestivo, a melhor forma de evitar a doença e manter uma vida saudável continua sendo a alimentação adequada aliada à prática de exercícios físicos. A falta destes hábitos é um dos principais responsáveis pela obesidade, porém, a questão genética também pode ser uma forte influência. Se a família tem um histórico de pessoas obesas, por exemplo, pai e mãe têm a doença, a chance do filho também ser obeso é grande. Não se pode escolher a própria condição genética, mas existe a opção de escolha da alimentação.
Para lidar com uma criança que está acima do peso, a nutricionista Karina Moreira explica que é necessário que haja uma mudança de comportamento dentro de casa, pois é preciso que os pais mudem de hábito junto com a criança, que também alterem a alimentação, optando por alimentos sem conservantes e evitando trazer para dentro de casa os alimentos inadequados . Desta forma o tratamento é multidisciplinar, pois envolve principalmente a parceria da família somada a ajuda do profissional da nutrição e do médico.
Consequências da obesidade
Além do desconforto físico causado pela doença, outros problemas mais graves começam a surgir a partir deste quadro. “A obesidade não é um problema isolado, é algo multifatorial, pois desencadeia uma série de problemas como diabetes, hipertensão, problemas de coluna, artrose, apneia, excesso de ácido úrico e refluxos. Até mesmo incidência de vários tipos câncer e infertilidade podem aparecer em pessoas obesas. Como é uma doença que também causa alteração hormonal, a facilidade da fertilidade feminina em mulheres que apresentam este problema, é reduzida em 34% e nos homens em 24%”, conclui o especialista.

Obesidade infantil é consequência de fatores ambientais A medida mais eficaz de controle é reduzir a exposição das crianças a alimentos

Braedostok/Shutterstock
Apesar de crianças tipicamente conseguirem ajustar sua ingesta energética ao regular sua alimentação, a professora de saúde pública da Temple University, Jennifer Fisher, declara que seus arredores e opções podem mudar a equação para crianças da mesma maneira que para adultos. 


 
Por Tara Haelle

Novas evidências estão confirmando que o ambiente em que crianças vivem tem um impacto maior sobre esforços para controlar a obesidade infantil que fatores como genética, atividade física insuficiente, ou outros elementos.
Três novos estudos, publicados na Pediatrics de 8 de abril, discutem a importância do lado da ‘criação’ [nurture] na equação e se concentram em circunstâncias específicas nas vidas de crianças ou adolescentes que podem contribuir para um peso insalubre.
Em três décadas, a obesidade infantil e adolescente triplicou nos Estados Unidos, e estimativas de 2010 classificam mais de um terço de crianças e adolescentes como obesas ou com sobrepeso.
A obesidade aumenta o risco que essas crianças têm de desenvolver diabetes do tipo 2, doenças cardiovasculares, apneia do sono, e problemas nos ossos ou juntas.
Acredita-se que as variáveis responsáveis sejam desde muito pouco exercício, até muitas bebidas carbonatadas. Mas parece que culpar a Pepsi ou a falta de educação física pode negligenciar o quadro geral.
“Estamos criando nossos filhos em um mundo muito diferente do que era há 40 ou 50 anos”, observa Yoni Freedhoff, médica especialista em obesidade e professora assistente de medicina da University of Ottawa. “A obesidade infantil é uma doença do ambiente.
É uma consequência natural de crianças normais com genes normais sendo criadas em ambientes insalubres, nocivos”.
Os fatores ambientais desses estudos vão desde coisas aparentemente sem importância, como o tamanho dos pratos das crianças, até desafios maiores, como horários escolares que podem impedir que crianças durmam o suficiente.
Mas eles são parte de uma lista ainda mais longa: a onipresença do fastfood, mudanças tecnológicas, menos refeições feitas em casa, mais propaganda de comida, uma explosão de alimentos processados de baixo custo, e o aumento no tamanho de doses de bebidas açucaradas.
Além disso, o acesso fácil a guloseimas insalubres em máquinas automáticas, competições esportivas e em quase todos os ambientes frequentados por crianças.
Esses são apenas alguns dos fatores ambientais que pesquisas ligaram ao aumento da obesidade, e pesquisadores estão começando a determinar quais deles tem papeis mais ou menos importantes na obesidade de crianças.
Tamanho faz diferença em “ambientes obesogênicos”
Em um dos três novos estudos, o tamanho dos pratos fez uma grande diferença.
Pesquisadores estudaram 42 alunos do segundo ano em que as crianças usavam ora pratos infantis com 18,4 centímetros de diâmetro e profundidade de 237 milímetros, ora pratos adultos de 27 centímetros de diâmetro e profundidade de 473 milímetros.
Dobrar o tamanho dos pratos, descobriram os pesquisadores, aumentava em 90 calorias, em média, a quantidade de alimento que as crianças pegavam em um buffet. Em média, elas ingeriam aproximadamente 43% dessas calorias extras.
De acordo com a professora de saúde pública Jennifer Fisher, da Temple University, apesar de crianças tipicamente conseguirem ajustar sua ingesta calórica regulando a alimentação, seus arredores e opções podem alterar essa equação da mesma maneira que acontece com adultos.
“Essa noção de que crianças são imunes ao ambiente é um pouco equivocada”, aponta Fisher, que conduziu o estudo. “Para promover o autocontrole, é preciso limitar o ambiente de maneira a tornar a escolha saudável mais fácil”.
Fisher declara que grande parte das pesquisas recentes sobre nutrição se concentra nos ambientes “obesogênicos” da sociedade atual: um ambiente que oferece vasto acesso a alimentos altamente saborosos em grandes porções.
“Se observarmos estudos adultos sobre dieta e perda de peso, veremos que a probabilidade de manter o autocontrole nesse ambiente é bem baixa”, aponta Fisher.
“Acho que a maioria dos cientistas acredita que nossos corpos evoluíram para se defenderem da fome e evitarem a perda de peso, e talvez não sejam tão sensatos para evitar o consumo excessivo”.
Ligação entre obesidade e televisão
O consumo excessivo também pode ser um componente fundamental na ligação entre obesidade e televisão, de acordo com outro dos novos estudos.
Apesar de pesquisas anteriores já terem associado o tempo em frente à TV a pessoas com cinturas maiores, esse estudo foi mais fundo.
91 crianças de 13 a 15 anos preencheram diários referentes ao uso de TV, video games e computadores durante um período de uma semana. Cerca de quatro a sete vezes ao dia, os adolescentes recebiam mensagens para registrar no que estavam prestando mais atenção naquele momento específico, e depois atividades que recebiam atenção em segundo e terceiro lugar.
“Crianças vivem em um mundo multitarefa”, lembra o professor de pediatria David Bickham, da Escola Médica de Harvard, principal autor do estudo  sobre televisão. “Estamos tentando avaliar o uso que crianças fazem da tecnologia quando estão usando formas diferentes de tecnologia ao mesmo tempo”.
De acordo com Bickham, três teorias foram levantadas para a ligação entre televisão e obesidade: comerciais de alimentos, alimentação inconsciente e substituição – isto é, a ideia de que o uso da mídia substitui atividades físicas.
As descobertas de sua equipe deram mais apoio às duas primeiras variáveis e menos à terceira. Eles descobriram que video games e computador não tinham impacto sobre o IMC (índice de massa corporal). A televisão tinha, mas apenas se fosse o evento principal. TV de fundo, por exemplo, não fazia diferença.
“Estamos dizendo que o nível de atenção pode fazer diferença”, observa Bickham. "Você tem que prestar atenção aos comerciais para eles terem impacto, e os comerciais de alimentos são muito menos comuns em computadores e video games.
Em termos de alimentação inconsciente, quando você está assistindo TV, suas mãos ficam livres e você fica estimulando seus sentidos com a TV, então a alimentação simultânea tem mais probabilidade de acontecer”.
Pesquisas anteriores encontraram apoio para essas duas teorias, como um estudo deste ano mostrando que vizinhanças com mais propagandas de alimentos e bebidas carbonatadas tinham índices mais altos de obesidade.
Freedhoff adiciona que já se mostrou que até comerciais de frutas e verduras aumentam o consumo de alimentos insalubres. “Nossos hormônios da fome ficaram afiados após milhões de anos de insegurança na dieta, então quando queremos comer, não temos a tendência de desejar saladas verdes”, explica ele.
O problema não é menos atividade  física
O estudo da TV descobriu que crianças engajadas em mais atividades físicas tinham IMCs mais baixos mas, de acordo com Freedhoff, isso não signifca que mais exercício está mantendo esses adolescentes mais leves.
“O que vimos durante tantos anos foram pesquisas encarando a atividade física como a solução preventiva ou remediadora para a obesidade infantil, mas os dados sobre atividade física como meio de regular o peso das crianças são abismais”, declara ele.
“O que esse estudo confirmou é que o tempo diante da TV aumenta a obesidade em consequência da ingesta calórica, e não da falta de atividade física. Essa é uma mensagem crucial que as pessoas não entendem – a obesidade não é uma doença da inatividade”.
O terceiro novo estudo, observando a ligação entre duração do sono e obesidade em adolescentes, atenua ainda mais a ideia de que a falta de atividade física é responsável pelo aumento de peso das crianças.
Pesquisadores acompanharam quase 1400 adolescentes do 9º ano do ensino fundamental americano até o 3º ano do ensino médio e descobriram, assim como estudos anteriores, que menos sono se traduz em IMCs mais altos.
Ao analisar a distribuição de IMC em vez de usar notas de corte, o pesquisador de pós-doutorado da University of Pennsylvania, Jonathan Michell, declara que sua equipe detectou efeitos de sono muito mais fortes entre adolescentes já obesos.
O efeito de cada hora adicional de sono entre adolescentes no 90º percentual de IMC foi duas vezes maior do que os que estavam no 10º percentual. Os pesquisadores previram que aumentar o sono de 7,5 para 10 horas por dia entre jovens de 18 anos poderia remover quatro pontos percentuais da proporção de adolescentes com IMC acima de 25.
Eles também observaram os níveis de atividade física dos jovens. “Se você estiver dormindo menos, ficará fatigado durante o dia e estará menos inclinado a ser ativo”, observa Mitchell. “Mas a ligação que observamos não era totalmente explicada por níveis mais baixos de atividade física”.
Outra possibilidade é que ficar acordado durante mais tempo significa mais oportunidades de comer, mas a equipe de Mitchell não observou a ingesta diária.
Pesquisas anteriores também descobriram que a privação de sono pode alterar os hormônios reguladores do corpo, leptina e grelina, que controlam saciedade e fome. Ou, de acordo com Mitchell, o problema pode não ser a ingesta calórica total, mas o momento da refeição. Ele aponta estudos com ratos onde as criaturas noturnas se tornavam obesas se comessem durante o dia e a noite, mas mantinham um peso normal se só comessem à noite.
Independetemente do mecanismo, essas descobertas também apoiam a noção de que todo o ambiente das crianças do século 21 – não seu autocontrole ou atividade física reduzida – é o principal culpado pelo aumento da obesidade.
“Pessoas gostam de tornar a obesidade uma doença de culpa, mas os últimos 40 anos não viram uma epidemia de perda de força de vontade infantil”, aponta Freedhoff. “Existem dúzias e mais dúzias desses fatores ambientais. A menos que reestruturemos os ambientes de nossas crianças, é improvável que vejamos quaisquer mudanças no peso infantil”.
Freedhoff aponta cidades como Filadélfia e Nova York, onde a alteração dos ambientes das crianças, especialmente em escolas, pode ser responsável por reduções recentes na obesidade.
A Filadélfia removeu bebidas carbonatadas de máquinas automáticas em 2004, então reduziu o tamanho das porções de comida, removeu fritadeiras das lanchonetes da escola e substituiu o leite integral por leite com 1% de gordura e desnatado.
Fora da escola, mais de 600 lojas de esquina participam da iniciativa Food Trust para preencher suas prateleiras com opções mais saudáveis.
Nova York instituiu novos padrões de nutrição em escolas e creches, além de limites de tempo diante da TV. As duas metrópoles também tem algumas das leis de rotulagem de menus mais abrangentes do país.
“Isso é muito mais complicado do que ‘coma menos, exercite-se mais’”, lembra Freedhoff.
“Se o controle de peso ou a prevenção de tratamento da obesidade infantil fossem coisas intuitivas, teríamos um monte de crianças magrelas correndo por aí”.
O próprio Freedhoff está desenvolvendo um programa para famílias que se concentra em “reformular” os ambientes das crianças e de suas famílias, começando com mais alimentos caseiros. “Pais e mães morreriam por seus filhos, mas a maioria deles não cozinha em casa com ingredientes integrais”, declara ele.
Mas Freedhoff também observa que o problema da obesidade infantil cada vez maior não pode ser enfrentado apenas pelos pais.
Ele sugere começar com mudanças nos conselhos escolares, equipes esportivas, APMs e outros que já se preocupam com crianças. “O que eu acho incrível é o uso constante de fast food para pacificar e recompensar crianças – não existe evento pequeno demais para doces ou fast food”.
Há muitos locais em que comunidades poderiam começar: tornar almoços escolares mais saudáveis, abandonar máquinas automáticas e acesso a fast food dentro de escolas, não comemorar vitórias esportivas em estabelecimentos de fast food, e encerrar o uso de doces ou de fast food como recompensa, como “dias da pizza” e outros eventos escolares que tem a comida como tema, apenas para citar alguns.
Freedhoff observa ainda que é preciso levar em consideração que os pais ficam perto de suas crianças durante a menor parte do dia e, assim, são necessárias muitas pessoas para mudar ambientes infantis. “Se tivéssemos uma máquina do tempo, esse seria o melhor programa de perda de peso do mundo”, explica. “Foi o mundo que mundou, não as pessoas”.

Obesidade é discutida em sessão do Dia Mundial da Saúde


Conscientizar a população de Salvador e expor os problemas causados em decorrência da obesidade. Com este objetivo, a Comissão de Saúde, Planejamento Familiar e Seguridade Social da Câmara Municipal de Salvador realizou, na manhã desta sexta-feira (12), sessão comemorativa ao Dia Mundial da Saúde, celebrado no dia 7 de abril.

O presidente do colegiado, o vereador J. Carlos Filho (PT), destacou a importância de ações concretas dos poderes públicos para melhorar as condições da saúde pública em Salvador. Especificamente sobre a obesidade, o vereador, que já passou por uma cirurgia bariátrica, testemunhou sobre a dificuldade do tratamento.

“Emagrecer é muito difícil. Passei por todos os processos da cirurgia bariátrica e sei o quanto é complicado. A obesidade é um problema de saúde pública e esta comissão, enquanto eu estiver na presidência, vai sempre discutir e tentar melhorar os problemas da saúde pública do nosso município”, garantiu o vereador J. Carlos Filho.
Vice-presidente da Comissão de Saúde, a vereadora Fabíola Mansur (PSB) ressaltou o trabalho que o colegiado está realizando em prol da saúde municipal.

“Nestes três primeiros de atividade, a Comissão de Saúde já fez mais debates do que em toda a história deste colegiado. Tenho a certeza de que vai contribuir muito para a melhoria dos serviços prestados em Salvador. Tenho muito orgulho de ser vice-presidente desta comissão presidida por J. Carlos Filho, que discute temas importantes como a obesidade”, afirmou Fabíola Mansur.

Durante o evento, palestraram o representante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Osíris Casais; a representante do Conselho Regional de Nutricionista – 5ª Região – (Bahia e Sergipe), Lorena Fracalossi; a psicóloga Priscila Brito; a nutricionista representante da Secretaria Municipal de Saúde, Débora Mônica; e o representante da Clínica da Obesidade, Sérgio Braga.

Todos os palestrantes destacaram a importância de melhorar os hábitos de vida, principalmente com a prática de exercícios físicos e reeducação alimentar para combater o problema crônico que é a obesidade.
Fizeram parte da mesa, ainda, o deputado estadual J. Carlos (PT), integrante da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa; o promotor de Justiça, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde, Rogério Luiz Queiroz; e a nutricionista da Diretoria de Atenção do Cuidado, Sônia Costa, representando a Secretaria Estadual de Saúde. O vereador Pedrinho Pepê (PMDB) também marcou presença na sessão.
 
Abaixo-assinado
 
Um dos problemas discutidos durante a sessão especial foi a necessidade de assegurar o repasse efetivo e integral de 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde pública brasileira, alterando a Lei Completar nº 141, de 13 de janeiro de 2012.

Assinaturas para um abaixo-assinado para que este projeto de lei de iniciativa popular seja aprovado estão sendo colhidas pelo Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública em todo o país.

Em Salvador, a Câmara Municipal de Salvador, por iniciativa da Comissão de Saúde, abraçou a causa. Durante a sessão em homenagem ao Dia Mundial da Saúde, assinaturas foram recolhidas em prol da aprovação do projeto de iniciativa popular. Quem quiser aderir à proposta poderá fazer a assinatura do termo no espaço foyer do Centro de Cultura da Casa, das 8h às 18h, exceto nas tardes de segunda, terça e quarta-feira, quando o termo de adesão ao projeto estará disponível para ser assinado na entrada do Plenário Cosme de Farias.
 
Dia Mundial
 
O Dia Mundial da Saúde foi criado em 7 de abril de 1948, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), fundamentado no direito do cidadão à saúde e na obrigação do Estado na promoção da saúde.  O objetivo do Dia Mundial da Saúde é fazer com que o mundo volte os olhos para uma área tão carente nos mais diversos países.


Com informações CMS

Elisabete Jacinto apoia Corrida da Criança


Novamente como embaixadora da iniciativa, a piloto lusa marcou presença no treino das mascotes da Corrida da Criança

Elisabete Jacinto apoia Corrida da Criança
Elisabete Jacinto assumir, pelo segundo ano consecutivo, o papel de embaixadora da Corrida da Criança, iniciativa organizada pela Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), que vai cumprir a sua terceira edição e tem como principal objectivo angariar fundos para dar continuidade ao projecto “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável”.

Elisabete Jacinto apoia Corrida da Criança
Para assinalar esta parceria, a piloto portuguesa marcou presença, esta segunda-feira, no treino das mascotes, onde foram apresentados os “Heróis” que se vão juntar aos participantes da Corrida da Criança, que se realizará, no dia 19 de Maio, nos jardins do Casino Estoril.

Com esta corrida pretende-se ainda transmitir às crianças, de uma forma divertida, a importância da actividade física no combate ao sedentarismo e à obesidade.
Elisabete Jacinto apoia Corrida da Criança

FONTE: http://www.lusomotores.com/index.php?option=com_content&view=article&id=28691:elisabete-jacinto-apoia-corrida-da-crianca&catid=324:elisabete-jacinto&Itemid=107

Stress da grávida associado a problemas ligados à obesidade na idade adulta


  • Grávida
    Grávida

Obesidade e as suas origens

Estudo publicado na “Nature Genetics”

12 Abril 2013
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Uma equipa internacional de investigadores identificou a localização cromossómica de sete novos genes associados à obesidade, dá conta um estudo publicado na “Nature Genetics”.

Neste estudo os investigadores da Uppsala University, na Suécia, tinham como objetivo identificar novos genes associados ao risco de obesidade, mas também comparar os fatores genéticos causadores da obesidade extrema, com aqueles associados às restantes gamas de valores de índice de massa corporal (IMC).
 

“Já tínhamos conhecimento que os fatores genéticos são importantes para o desenvolvimento da obesidade média e extrema. Contudo, ainda não tinha sido avaliado se havia sobreposição dos genes envolvidos na obesidade extrema e IMC ligeiramente elevado ou normal”, referiu, em comunicado de imprensa, o líder do estudo Erik Ingelsson.
 

No estudo os investigadores identificaram regiões do genoma que estão associadas com a obesidade através da análise de 2.8 milhões de variantes genéticas de 168.267 participantes. Posteriormente foram avaliadas 273 variantes mais fortemente associadas às medidas corporais num grupo de 109.703 indivíduos. Através desta extensa sequenciação do genoma foi possível confirmar a localização da maioria dos genes previamente associados à biometria, bem como a identificação da localização de quatro novos genes associados à altura e de sete envolvidos no excesso de peso e obesidade.
 

O estudo também apurou que havia uma sobreposição na estrutura e distribuição genética das variantes genéticas envolvidas nos vários tipos de obesidade.
 

“Este conhecimento é importante, uma vez que aumenta a compreensão das origens da obesidade extrema, assim como das formas moderadas desta condição. Os resultados sugerem que os indivíduos com obesidade extrema apresentam um grande número de variantes genéticas que aumentam o risco de obesidade, e não genes completamente diferentes”, revelou Erik Ingelsson.
 

O investigador conclui que a longo prazo, este estudo poderá conduzir a novas formas de prevenir e tratar obesidade, a qual é um dos maiores problemas mundiais de saúde pública da atualidade.

ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Especialistas discutem tratamentos contra a obesidade em Florianópolis


Congresso apresenta novas técnicas de cirurgia de redução de estômago

Indicada para pessoas com obesidade mórbida, a gastrec­tomia vertical ou gastoplatia em manga, o tipo de operação de redução do estômago que mais cresce atualmente em todo mundo, é o tema do congresso Sleeve Brazil 2013, que come­çou na sexta-feira e termina neste sábado em Florianópolis. O evento, organizado pelos mé­dicos Alcides José Branco Filho, Nilton Tokio Kawahara e Ricar­do Baratieri, em parceria com o SOS Cárdio, reúne especialistas brasileiros e internacionais no tratamento da obesidade. Os médicos assistem a cirurgias acompanhadas de palestras, o que será repetido neste sábado.

Andrey Rodrigues/Divulgação/ND
Congresso cirurgia de redução de estômago
Cirurgias são transmitidas ao vivo para os participantes do congresso
O Brasil registrou 70 mil operações de redução de estô­mago no ano passado. Em 2003 foram 16 mil, sendo a capela o tipo mais comum.
A gastoplastia em manga (sleeve, em inglês) consiste na retirada de 85% do estômago do paciente. O órgão é grampeado, cortado e costurado. Segundo Alcides Branco Filho, respon­sável pelo serviço de cirurgias bariátricas da SantaCasa de Mi­sericórdia de Curitiba, a técnica foi criada há 12 anos, e se dife­rencia das demais porque não realiza intervenções no intes­tino. “Isso garante a absorção dos nutrientes”, diz. No Brasil, foi aprovada pelo Ministério da Saúde há três anos e é feita pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Um dos destaques do con­gresso é o médico canadense Michel Gagner, que aplicou a técnica de cirurgia por vídeo à gastrectomia. Um fino tubo com uma câmera na ponta é inserido na barriga, aumentando a visão em 20 vezes, também inflan­do-a com ar. A operação é feita a partir de outros três ou quatro furinhos nos quais são inseridos os instrumentos.
Gagner afirma que a redu­ção de estômago nunca deve ser encarada como uma solução para a obesidade, e que ela não significa a cura para o mal que tanto cresce nos últimos anos. “A pessoa não fica livre para ser obesa e depois ser operada. A operação tem riscos, e o melhor tratamento para a obesidade é a prevenção. No caso de obesida­de mórbida, as indicações clíni­cas, como remédios e dietas já não funcionam”, explica.
Poucos conseguem suportar a cirurgia
De acordo com o médico canadense Michel Gagner, apenas 1% dos pacientes indicados para fazer a operação consegue, ou por questões de plano de saúde ou condições físicas de suportar a operação. Conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), 50% dos homens e 48% das mulheres maiores de 20 anos estão acima do peso.
Em 1970 esses percentuais eram 18,5% e 28,7%, respectivamente. Segundo Gagner, em cerca de 20% dos casos a pessoa pode se tornar obesa novamente. O restante são casos de resultados considerados bons.

COMO OS PAIS DEIXAM OS FILHOS OBESOS


Saiba como os pais prejudicam a alimentação dos filhos. E descubra como mudar o hábito e rotina para uma vida e peso ideiais.


Texto: Cristiana Almeida/Ilustração: Luiz Lentini/ Foto: Divulgação/Adaptação: Letícia Maciel
A obesidade pode ser causada não só pela má alimentação dos pais, a baixa autoestima,
dificuldade de se separar dos pais e baixo rendimento escolar podem fotores que levam
ao consumo de alimentos gordurosos pouco nutritivos. Ilustração: Luiz Lentini.
Tal pai, tal filho. Esse lema descreve como a família tem um papel importante no avanço de uma doença que, em 30 anos, triplicou sua incidência na infância e juventude: a obesidade. Quando as crianças vivem num ambiente onde há desatenção com a qualidade dos alimentos ingeridos e o sedentarismo, as chances de que elas se tornem obesas na idade adulta aumentam em 33,3%.
Segundo uma pesquisa realizada na Suécia, por Melinda Sothern, professora de Saúde Pública da Universidade de Nova Orleans (EUA) a síndrome metabólica (desequilíbrio nos níveis de glicemia, colesterol e pressão arterial) é mais comum entre filhos de mulheres que engordaram muito na gravidez, ou em crianças que nasceram acima do peso, e também abaixo, mas que são sedentárias.


Causas complexas

 Além da Síndrome Metabólica, as conseqüências desse fenômeno são o aumento de doenças como diabetes do tipo 2, hipertensãoproblemas cardiovasculares e apneia do sono. Na opinião do pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg, coordenador clínico do Setor de Medicina do Adolescente da Unifesp, a progressão desordenada da obesidade na juventude possui causas complexas, que incluem a carga genética de cada um, passam pela alimentação incorreta, e ainda contam com fatores emocionais emetabólicos. Entretanto, completa: “Acredito que a redução maciça da atividade física habitual, principalmente aquela não relacionada diretamente à prática de exercícios, é a principal causa da alteração que temos testemunhado nos últimos 30, 40 anos". Para saber quando uma criança é obesa, o índice de massa corpórea (IMC)  é acima de 25 (IMC entre 25 e 30 é igual a sobrepeso; a partir de 30, obesidade).

Driblar maus hábitos

nutricionista Flavia De Conti, da Nutrociência Assessoria em Nutrologia, concorda e acrescenta que, do ponto de vista cultural, psicológico e social, a criança absorve as influências de seu meio. “Por isso, os pais precisam ficar atentos às suas próprias atitudes, sobretudo à ingestão diária de alimentos considerados não saudáveis.” Quando o problema já se instalou a sugestão da Academia Americana de Pediatria é viver uma vida mais ativa. E essa atitude não se limita apenas a driblar o sedentarismo e os fast-foods. Esse novo paradigma exige ações como a consulta a um pediatra. O primeiro objetivo é pesquisar possíveis causas físicas ou emocionais. “A maior parte dos especialistas está capacitada para detectar aspectos que merecem cuidados psicológicos. Mas o encaminhamento não é uma prática comum, embora seja cada vez mais freqüente”, afirma Patrícia Spada, psicóloga clínica do Hospital Infantil Sabará . “Superada essa fase, seguem-se as práticas que serão construídas por profissionais e pela família”, observa a nutricionista Camila Leonel Mendes de Abreu, do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente da Unifesp. “Cada grupo familiar deve ser compreendido e acolhido com sua história, valor, crença e saber”, observa. Por isso, o diagnóstico de obesidade é sempre um drama para a família, pois ele reflete seu desespero e impotência. A situação requer mudanças e isso pode ser bastante desconfortável para todos.

Como se livrar da obesidade

Patrícia Spada explica que, algumas vezes, quadros de obesidade podem estar vinculados a dificuldades de socialização, baixa autoestimabaixo rendimento escolarreações agressivas sem motivo aparente (em casa ou na escola), dificuldade em se separar dos pais (dormir, comer, vestir-se sozinhos) ou realizar tarefas de rotinatristeza significativa ou ansiedade que se refletem na forma e quantidade de alimentação. “Não raramente, a criança se sente pressionada demais pelos pais, sem condições emocionais, e muitas vezes físicas, para responder às suas expectativas”, completa a psicóloga. É preciso uma conscientização dos pais, principalmente no impacto familiar que é causado quando o hábito alimentar começa a mudar,"Seja num tratamento ou na prevenção da obesidade, o segredo é mudar os costumes alimentares da casa e da criança, aumentando a prática de atividades físicas”, comenta a nutricionista Marize Martins, da Clínica Médica Desportiva Cardiomex (RJ). É necessário agir em conjunto com a família para ter mais qualidade de vida e alimentação saudável.