José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: maio 2013

terça-feira, 21 de maio de 2013

Estudo da USP e UFSCar usa terapia de luz para a redução da obesidade

Técnica inédita utiliza leds no corpo para aumentar a eficiência do exercício.
Universidades recrutam pessoas para participar da pesquisa em São Carlos.

Pesquisa da USP mostra que trabalho dificulta disciplina com dieta (Foto: Reprodução EPTV)Estudo da USP e UFSCar propõe uso de luz no
combate à obesidade (Foto: Reprodução EPTV)
Um estudo inédito realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos (SP) desenvolve tratamentos de controle e redução da obesidade a partir da combinação de atividades físicas e terapia de luz, conhecida como fototerapia. “A ideia é adicionar uma nova ferramenta para aumentar a eficiência do exercício – que já é conhecida - contra a obesidade”, explicou o orientador do estudo e professor titular de Fisioterapia da UFSCar, Nivaldo Antonio Parizotto. As universidades recrutam voluntários que queiram participar da pesquisa.
A fototerapia é usada no tratamento de lesões e agora sua aplicação foi estendida, já que diversos estudos acadêmicos indicam que a incidência de luz atua positivamente nas atividades celulares. “Nós usamos fontes específicas de luz como laser e led. E já temos algumas evidências em animais que isso realmente acelerou o efeito do exercício”, falou Parizotto.
A pesquisa é realizada pelo aluno de doutorado Antonio Eduardo de Aquino Junior e também tem a orientação do professor Vanderlei Bagnato do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). “Além de reduzir o peso, nós pudemos perceber uma série de melhoras adicionais muito importantes, como a potencialização do metabolismo celular, diminuição de toda massa de gordura do corpo e redução do perfil lipídico, que são triglicérides e colesterol”, destacou Aquino Junior.
Aplicação
Para a pesquisa, são aplicados feixes de lasers que possuem baixa intensidade de energia, por isso não provocam danos durante o processo.  “A gente produziu uma tecnologia nova para esse experimento; uma manta de led que pode ser entendida como uma espécie de cobertor pequeno, cheio de leds, feito com um material plástico que vai cobrir determinada região como, por exemplo, a coxa. Essa manta vai irradiar a coxa de todos os lados por alguns minutos, o que já é suficiente para cuidar melhor da região”, detalhou Parizotto.
A proposta é justamente desenvolver um estudo que possa ser aproveitado por muitas pessoas. "Temos que transformar a pesquisa acadêmica em benefícios para a população. Com esse estudo, tentamos ampliar as estratégias clínicas de baixo custo para o controle da obesidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas", afirmou o Aquino Junior.
Voluntários
Para a elaboração dos estudos, os pesquisadores convidam homens e mulheres com idades entre 20 e 40 anos e índice de massa corporal maior que 30 (calculado pelo peso dividido pela altura ao quadrado).
Os voluntários devem ter disponibilidade de horário no período da manhã ou tarde para participar da intervenção interdisciplinar em obesidade, que contará com exames clínicos e físicos previstos na terapia.
O atendimento tem duração de três meses, com início previsto para junho. Numa primeira fase, os voluntários serão submetidos a uma sessão de exercícios aeróbios e musculação combinados com sessões de terapia de luz, avaliação física e análises clínicas laboratoriais.
Na segunda etapa, os exercícios físicos com tratamentos em fototerapia serão mantidos durante três meses de intervenção, com três sessões semanais de uma hora. Também serão promovidas palestras e orientações nutricionais. A ideia é recrutar 250 voluntários no total.
“A princípio não há contraindicação para pessoas obesas e podemos trabalhar com pessoas de qualquer município. A única questão é que não temos verba para pagar o transporte desses voluntários, mas será muito bom tê-los conosco”, falou Parizotto.
Como participar
As intervenções ocorrem em uma academia localizada na região central de São Carlos. Os interessados podem entrar em contato para agendamento pelo telefone (16) 3351-8452, das 8h às 15h.

Proteja sua família da obesidade!

A dica para evitar a obesidade é trocar refrigerantes por sucos naturais
Foto: Getty Images

Bebidas industrializadas têm açúcar demais e estão engordando a população. Aprenda as razões para incluir sucos naturais na dieta e ficar sempre bem

 

Uma pesquisa do Instituto da Criança do HC e das faculdades de Saúde Pública da USP e de Medicina do ABC, em São Paulo, revelou recentemente que as crianças e os adolescentes brasileiros estão trocando o consumo de água e leite por bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados. Esse hábito tem aumentado os casos de obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão. Pudera: os jovens consomem cerca de 21 kg de açúcar por ano só considerando as bebidas, quando a ingestão máxima (incluindo todos os tipos de alimentos) deveria ser de 18 kg por ano.

Fique atenta

"Muitas famílias escolhem sucos industrializados porque os consideram saudáveis, sem ter ideia de que esses produtos, muitas vezes, têm tanto açúcar ou mais que uma latinha de refrigerante", afirma Cláudio Leone, um dos autores do estudo. Para Celso Cukier, nutrólogo do Instituto de Metabolismo e Nutrição, "a educação nutricional faz mais efeito que a proibição. O ideal é conscientizar. A bebida pronta não faz mal. O problema é quando vira hábito. Por isso, a dica é mudar a atitude e passar a incluir no cardápio as versões naturais. Elas são mais gostosas, saudáveis e econômicas!".

Como equilibrar saúde e praticidade?
Natural X industrializado

Um copo de suco de laranja natural (200 ml) tem 9,7 g de frutose, o açúcar da fruta. O industrializado contém 26 g de açúcar. Portanto, tome, no máximo, três caixinhas de 200 ml de suco pronto por semana!

Cuidado com os sucos light...
As versões light podem ter um exagero de substâncias artificiais que também prejudicam a saúde, como adoçantes, corantes e conservantes. O consumo frequente deve ser evitado.

4 razões para ser amiga das frutas e não ter preguiça de preparar seu suquinho...

- Elas oferecem vitaminas e minerais essenciais para o organismo. A laranja, por exemplo, é rica em vitaminas C e B12, magnésio e ácido fólico - bons para manter o humor e aumentar a imunidade. Já o suco de uva tem ação antioxidante e inibe o envelhecimento precoce.

- São fontes de fibras, que regulam o intestino e controlam os níveis de colesterol e glicemia no corpo.

- As bebidas naturais protegem o sistema cardiovascular, fortalecem as nossas defesas e aumentam a disposição.

- Uma refeição leve acompanhada de suco natural também garante uma boa digestão.

Como eu faço na correria?

Não deu para preparar o suco na hora? Tenha polpa de fruta no freezer. Os sucos concentrados também podem ser consumidos de vez em quando e são uma saída quando estamos correndo contra o relógio. Mas, antes de comprar, verifique os ingredientes nas embalagens. Existem marcas que possuem menos aditivos químicos. Habitue-se a conferir!

Suco para a semana toda...

A nutricionista Paula Fernandes Castilho, da Sabor Integral, dá sete sugestões preciosas para preparar uma jarra de suco para até quatro pessoas. Evite adoçá-los!

- 3 unidades de maracujá + 1 Litro de água

- 1/2 unidade de melão + 1 Litro de água

- 6 unidades de limão + 1 Litro de água

- 5 unidades de acerola + 1 Litro de água

- 6 unidades de morango + 1 Litro de água

- 3 unidades de laranja + 1 Litro de água

- 2 unidades de kiwi + 1 Litro de água

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O vício de comer existe?


À medida que os níveis de obesidade aumentam, a comunidade científica debate se o hábito de comer de forma compulsiva pode ser definido como um vício


BBC
Cientistas que se debruçam sobre as pesquisas em torno dos vícios estão divididos quanto ao problema das pessoas que comem demais: o distúrbio realmente existe? Se sim, como poderia ser tratado? E ainda: a compulsão por se alimentar excessivamente poderia estar contribuindo para o aumento da obesidade ao redor do mundo?
BBC
Cientistas discutem se vício pode estar por trás de compulsão por comida
Tentar controlar um vício pode ser algo extremamente penoso, como qualquer pessoa que já tentou parar de fumar ou beber pode testemunhar.
Uma das técnicas mais usadas é evitar o objeto do vício, abandonando visitas a bares ou parando de estocar cigarros em casa, por exemplo. Medidas como essas, no entanto, nem sempre são bem sucedidas e muito frequentemente levam a recaídas.
Mas o que fazer quando você é viciado em algo que precisa ter em casa e que, pior ainda, tem que consumir três vezes por dia?
Pesquisa
À medida que os níveis de obesidade aumentam, a comunidade científica debate se o hábito de comer de forma compulsiva pode ser definido como um vício. A União Europeia financiou um projeto chamado NeuroFAST para reunir todas as evidências encontradas. Eles são cautelosos.
Até agora há apenas um tipo de distúrbio alimentar que pode envolver vício: a compulsão alimentar, um problema caracterizado pelo consumo exagerado de alimentos, geralmente associado à obesidade.
O ato de comer de forma compulsiva causa danos psicológicos e físicos assim como outros tipos de vício. Michael é uma das pessoas com as quais eu conversei para a minha pesquisa. Ele é um profissional articulado, qualificado e já foi um glutão compulsivo.
"É difícil para os outros entenderem", diz ele. "Todo mundo que come demais acha que compulsão por comida é apenas uma versão maior disso. Mas é uma experiência completamente diferente, é uma obsessão diária, de minuto a minuto, para obter a susbtância, a comida", explica.
"É um inferno estar nesta situação", diz Michael.
Perda de controle
Louise, outra participantes do estudo, faz um depoimento convincente sobre como o vício pode agir em pessoas que comem demais. Ela também tinha problema relacionados a alcoolismo e entende muito bem os mecanismos do vício.
"O que eu acho mais interessante são as semelhanças no comportamento", diz ela. "Como alcóolatra, eu frequentava lojas diferentes para comprar bebida para que as pessoas não me reconhecessem. E fazia o mesmo quando comprava chocolates. Assim como alcóolatras escondem garrafas de bebida, eu entrava escondida em casa com comida, colocava em lugares onde ninguém via".
A médica Nora Volkow, neurocientista e diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, acredita que há processos claros que desencadeiam o que Michael e Louise descrevem. Ela descobriu que um neurotransmissor chamado dopamina, relacionado a vários tipos de vício, se comporta da mesma forma nos cérebros de obesos e de viciados em drogas.
Na avaliação dela isto é uma prova de que comida ou o ato de comer pode ser viciante. Responsabilidade Mas nem todo mundo concorda.
A professora Jane Ogden, psicóloga da Universidade de Surrey, na Grã-Bretanha, acredita que o rótulo de vício pode ser prejudicial para quem tem compulsão por comida porque isenta a responsabilidade pessoal e dificulta a recuperação.
"O mundo dos vícios transmite a narrativa de que você não tem controle, de que componentes do seu cérebro estão pedindo por mais açúcar ou chocolate", diz ela.
BBC
Sally Marlow pesquisa sobre alcoolismo no Instituto de Psiquiatria do King's College London
Mas se comer for como outros tipos de vício, nós deveríamos, em teoria, observar avanços nos tratamentos. No geral, tratamentos para vícios têm como objetivo criar abstinência ou reduzir os danos, por exemplo, ao receitar metadona ou chiclete de nicotina.
Para os que optam pela abstinência, um modelo testado é o programa de 12 etapas desenvolvido pelos Alcóolicos Anônimos, que também tem uma versão para viciados em drogas, Narcóticos Anônimos, e em jogos, os Jogadores Anônimos.
Há 20 anos, as pessoas relutavam em reconhecer que jogar pode se tornar um vício. Hoje, já há uma grande aceitação desta ideia.
Disciplina
Michael e Louise são membros do grupo "Overeaters Anonymous" (ou Glutões Anônimos, em tradução livre), que atende pessoas com compulsão por comida e segue o mesmo modelo de outros grupos deste tipo. Não há como se abster de comida, é claro, mas é possível parar de comer demais.
Para Louise, abstinência significa fazer três refeições saudáveis por dia, sem trigo e chocolate. Já o programa desenvolvido para Michael é definido por seu orientador, que define o que ele pode comer. Outros técnicas são mais radicais. No caso da compulsão alimentar, o corpo pode ser alterado pela cirurgia bariátrica, que consiste em instalar uma anel gástrico para restringir o volume do estômago.
* Sally Marlow é pesquisadora do King's College London

Cão passa por cirurgia para retirada de pele após tratamento de obesidade


Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Um cão danchshund, que chegou a pesar 35 quilos, passou por cirurgia para retirar a pele solta, resultado da perda de 18kg.
Obie está sendo tratado por veterinários do Oregon Expert Vets (um centro médico de veterinária avançada), na cidade de Tualatin, no Estado do Oregon, nos Estados Unidos da América.
A primeira cirurgia fez com que o cão perdesse peso, esta segunda serviu para remover cerca de 1,1 kg de pele. Ainda segundo o site, o tratamento relativamente comum em seres humanos, muito provavelmente seja inédito em cães.

Subway Kid shopping experiment

Balanço calórico é a melhor maneira para emagrecer? Desconfie


Por Prof. Danilo Balu | 06/05/2013 - Atualizada às 07:30

Balanço calórico ou corte de carboidratos?
Balanço calórico ou corte de carboidratos?
Foto: Ronny Stephan/ Stock.Xchng
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Já falei mais de uma vez aqui sobre minha completa e total descrença na capacidade atual da Nutrição e da Medicina “convencional” em combater ou prevenir a obesidade na população que não seja obesa mórbida, nem pertença a um grupo especial (diabético, hipertenso, com transtorno alimentar...).

A hipótese do balanço calórico e da restrição ao consumo de gordura com aumento do gasto energético (atividade física) encanta, tem lógica, “faz sentido”, mas não funciona nem nunca passou disso, uma hipótese. E isso tudo muito bem explicado e defendido por Gary Taubes em seus dois livros: “Good Calories Bad Calories” e o “Why We Get Fat”. Aliás, arrisco-me a dizer que se um Nutricionista nunca leu Taubes, fica difícil levar esse profissional a sério quando o tema é emagrecimento.

Ninguém precisa querer explicar que Nutrição é mais do que emagrecimento e/ou combate à obesidade. Ela é muito maior que isso, sabemos. Mas reafirmo e reforço o que disse: o tratamento atual é uma vergonha em seu princípio e em seu fim. Não funciona na teoria nem na prática. Ele é uma vergonha, é achismo travestido de ciência a um custo altíssimo, que é a saúde de milhões de pessoas. Nesta especialidade, a Nutrição não é mais do que dicas que qualquer um poderia dar e receber sem o corporativismo que dita que deveríamos procurar um profissional da área.

Com o planeta ficando há décadas cada vez mais gordo, podemos arriscar duas conclusões: a primeira é que a solução é muito mais complexa do que o “balanço calórico”. A segunda é que a opção dada hoje (menos gordura, menos calorias e mais atividade física) simplesmente não funciona e é equivocada já em sua premissa. E isso tudo você pode afirmar por mais vergonhosamente que seu médico ou nutricionista ignore.

A solução apresentada por Taubes resumidamente é um corte radical no consumo de carboidratos em indivíduos normais. Radical? Chegando a um nível dificílimo de 40g por dia. Indivíduos normais? Ele não “fala” nem recomenda isso para atletas de alto nível, obesos mórbidos, diabéticos ou pessoas com transtornos alimentares (compulsivos, bulímicos e anoréxicos).

Taubes reconhece que o corte de carboidratos não é uma solução infalível que sirva para todos. Há limitações. Mas mesmo com essas limitações ele aponta como a ideia de dieta de perda de peso hoje pelo balanço calórico é completamente equivocada.

Estamos boicotando a nós mesmos em nome do açúcar?  Foto: Blickwinkel/ Imago/ Fotoarena
Estamos boicotando a nós mesmos em nome do açúcar? Foto: Blickwinkel/ Imago/ Fotoarena


Adiando o doce- Por décadas a Nutrição e a Medicina enxergam o emagrecimento como um economista via o ser humano, como se uma interferência pontual que funcionasse sem outras alterações e interferências. Não funciona. Nunca. A Economia Comportamental hoje prova que um doce que você deixa de consumir no almoço por disciplina irá alterar as suas escolhas nas próximas refeições nesse mesmo dia ou num futuro bem próximo.

Mas o nutricionista ou desconhece isso ou finge que não é bem assim. Dan Ariely e Gary Taubes devem ser incapazes de diferenciar um salame de um abacaxi, mas suas ideias fazem mais bem à nossa silhueta do que qualquer nutricionista que eu conheça.

Ainda neste campo, o modelo atual da Nutrição age com o critério de uma criança de seis anos quando prega que comer gordura pode fazê-lo gordo. No século 19, os velocistas comiam carne de animais velozes porque achavam que isso lhes traria velocidade. Parece estúpido, não? Pergunte então ao seu nutricionista o porquê você deve comer menos gordura. De acordo com a resposta, você pode dizer a que século o raciocínio dele pertence.

Por fim, por esta lógica (comer pouca gordura) seria fácil combater osteoporose (coma ovos com casca), a anemia (chupe um parafuso) ou evitar o envelhecimento (se entupa de gelatina e colágeno). Sabemos que esses tratamentos não funcionam, então por que o inverso com a gordura funcionaria?

O corte de gordura é um raciocínio pueril justamente porque nunca se provou e é utilizado religiosamente. Se você segue o que atualmente dizem os profissionais de Saúde porque eles seriam autoridade no tema, não custa lembrar que décadas atrás para eles a recomendação para fumar cigarros já serviu de tratamento para muita doença. 

Obesidade em jovens duplica risco de morrer antes dos 55 anos

 

Estudo foi iniciado há 33 anos com 6.500 jovens dinamarqueses que tinham 22 anos em 1955

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AFP - Agence France-PressePublicação:30/04/2013 11:30Atualização:30/04/2013 11:48
Aos 55 anos, quase a metade havia sofrido patologias diversas ou falecido (Beto Novaes/EM/DA Press)
Aos 55 anos, quase a metade havia sofrido patologias diversas ou falecido
PARIS - Os jovens obesos têm duas vezes mais chances de morrer antes de completarem 55 anos, em comparação àqueles que têm um peso normal, revela um estudo publicado nesta terça-feira pelo British Medical Journal Open.

O estudo, iniciado há 33 anos, foi realizado com base em 6.500 dinamarqueses que tinham 22 anos em 1955. Desses, 97 (1,5%) eram obesos no início do estudo.

Aos 55 anos, quase a metade havia sofrido patologias diversas (como diabetes, hipertensão, trombose, ou infartos), ou havia falecido

Pesquisa identifica células-tronco capazes de regular apetite


Até então se acreditava que as pessoas tinham número fixo de neurônios reguladores do apetite. Com a descoberta, cientistas acreditam se tornar possível a criação de medicamentos para combater a obesidade e outros distúrbios alimentares

Gabriella Pacheco - Saúde PlenaPublicação:07/05/2013 08:00Atualização:07/05/2013 09:28
Mais de 1,4 bilhão de adultos em todo o mundo estão acima do peso e mais de meio bilhão são obesos (CARLOS BARRIA / Agência)
Mais de 1,4 bilhão de adultos em todo o mundo estão acima do peso e mais de meio bilhão são obesos

Imagine poder combater a obesidade e o desejo de comer com uma pílula que ajuda a controlar o apetite. Essa possibilidade até pouco tempo era, no máximo, um sonho, mas uma descoberta de cientistas britânicos pode mudar a maneira como a obesidade e outros transtornos alimentares têm sido tratados. A novidade foi a identificação de células-tronco, chamadas tanycytes, no hipotálamo - região do cérebro responsável por regular o sono, gasto de energia e apetite - capazes de agir como neurônios reguladores do apetite. 

Até então se acreditava que cada pessoa tinha um número fixo de neurônios associados com a regulação do apetite, gerados inteiramente durante a fase embrionária. Segundo os pesquisadores da University of East Anglia, a perda ou mal funcionamento de neurônios nessa região do cérebro é uma das principais causas de distúrbios alimentares, tais como a obesidade. Contudo, com essa nova constatação, os pesquisadores acreditam que será possível, na próxima década, gerar novos reguladores de apetite para pacientes já na vida adulta.

Considerando que esse circuito do cérebro pode ser manipulado, o próximo passo dos cientistas é definir um grupo de genes e processos celulares que regule o comportamento e atividade das tanycytes. De acordo com eles, essa informação pode ampliar o conhecimento sobre células-tronco e ser explorada para desenvolver medicamentos que modulem o número ou funcionamento dos neurônios reguladores de apetite.

A expectativa é de que o trabalho com humanos demore ainda cerca de 10 anos para ser alcançado. Apesar disso, eles já acreditam que o avanço possa levar à intervenções permanentes na infância, para pessoas predispostas à obesidade, ou até mais tarde na vida, quando a doença se tornar aparente. 

Para o chefe da Unidade de Endocrinologia Pediátrica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Durval Damiani, o desenvolvimento da capacidade de controle do apetite e saciedade seria de extrema importância para a melhoria do quadro de obesidade no mundo.

Autor de um artigo sobre controle de apetite, o professor ressalta que a obesidade é hoje uma pandemia, sem uma explicação simples de existir. No entanto, ele tenta lançar luz na questão explicando o comportamento do cérebro em relação à alimentação. “Entender o papel do cérebro nesse processo é importante para se desenharem estrategias de combate à obesidade”, comenta. 

Para além da razão

Segundo Damiani, o controle do apetite é baseado em duas funções distintas do cérebro. A mais estudada é a que regula o aspecto metabólico da alimentação. “Essa parte é matemática e calcula o quanto de calorias seu organismo necessita, dependendo do gasto energético dele”, explica. É no hipótalamo que se originam as ações que visam adequar o balanço energético do organismo.

 (CARLOS BARRIA)

Ele também ressalta que os processos cognitivos e emocionais não podem ser desprezados. “O cérebro cognitivo tem ascendência sobre o metabólico e decide que você vai comer mais pelo prazer que aquele alimento proporciona”. Segundo ele, as estruturas córtico-límbicas lidam com cognição, recompensa e emoção. “Sabendo que este sistema tem a capacidade de modular o comportamento alimentar, necessitaremos sempre considerar a necessidade de terapias que atenuem sua atividade”. 

Enquanto uma solução simples não chega – se é que um dia será simples – grande parte do tratamento à obesidade consiste em mudar a relação que essas pessoas têm com a comida. “Acho que a relação das pessoas com a comida é mais emocional que orgânica, porque quando a pessoa é obesa ela come além da fome. Normalmente a gente come para viver, mas no sobrepeso isso é invertido e a gente come para ter prazer”, destaca a psicóloga do Núcleo Mineiro de Obesidade, Sandra Vaz Lisboa. 

Sem uma pílula 'milagrosa' que reduza o apetite, a cirurgia bariátrica é a solução atual para reverter radicalmente a obesidade. No entanto, a psicóloga chama atenção para os problemas emocionais que tendem a continuar existindo mesmo após a perda de peso. “ A vontade de comer vai continuar existindo. O papel da psicologia é entender o papel que a comida estabelece com a pessoa e encontrar uma forma de mudar essa relação”, pondera.

Círculo vicioso

A maioria das mulheres sabe como é buscar consolo em uma barra de chocolate. E quando a fuga é pontual, os danos não são tão visíveis, mas se isso vira uma dependência, o problema se torna muito maior. Lisboa conta que quem vive com sobrepeso, a ansiedade é um problema sério. 

Segundo ela, às vezes é difícil diferenciar quando a pessoa tem ansiedade porque come de quando ela come por ansiedade. “A pessoa sente a discriminação da sociedade e isso gera ansiedade, que a pessoa compensa com comida. É um círculo vicioso”, afirma. “Eu vejo que a maioria das pessoas lida com a obesidade tem a mesma relação com comida que o alcoólatra tem com a bebida e o fumante com o cigarro: a comida ocupa o lugar do grande amigo”, completa.


O Núcleo Mineiro de Obesidade é uma Organização Não-Governamental (ONG) que ajuda no enfrentamento do sobrepeso. Mais informações sobre os serviços prestados pelo telefone (31)3643-1145.

Os cuidados no pré-natal - Viva com mais saúde

Obesidade é uma escolha?


Logo que vi a capa da revista Época, arrematei na hora… Fiquei feliz em tê-la em mãos assim como quando a gente compra aquele sapato que estava querendo sabe?hahahahahahha… Não sei porque mas tinha certeza que ia gostar do que me esperava!
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Uma frase (na reportagem) escrita por David Linden, professor de Neurociencia da Universidade Johns Hopkins me chamou demais a atenção no meio de uma matéria completamente interessante: “A idéia de que comer é um comportamento inteiramente consciente e voluntário está profundamente enraizada em nossa cultura, no entanto, não somos puro livre-arbítrio. Estamos sujeitos a forças subconscientes que influenciam nosso comportamento”.
Pensei e repensei sobre essa frase… Mesmo não sendo gorda me encaixei profundamente nessa frase e por isso provavelmente gostei tanto do que foi escrito… Concordo plenamente que algumas forças , sentimentos e aprendizados nos fazem muitas vezes comer mais ou comer menos.
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Fui uma nenê gordinha, saudável… Meu pai sempre diz : Não tinha uma pessoa que não queria te apertar! Hahahahahah… No meu caderninho de “primeiros momentos da vida” minha mãe escreveu : Hoje a Larissa comeu sua primeira papinha e adorou, ela é gordinha e gulosa.
Tive uma infância cheia de atividades (sapateado, natação, ballet) mas sempre adorei um docinho a mais! Na minha casa a comida sempre foi sinônimo de reunião, alegria e amor… Afinal, que mãe não gosta de cozinhar para seus filhos? Que avó não gosta de fazer comidinhas gostosas para os seus netos? (Minha mãe e minha avó sempre gostaram… Essas são minhas referências)
Na minha pré adolescência comecei a sofrer um pouco mais, as roupas que eu gostava não me serviam… Nunca fui obesa, mas precisava emagrecer! Minha avó resolveu me levar no vigilantes do peso e eu morria de vergonha de contar pro pessoal do colégio que fazia dieta… Emagreci 10 Kg em um ano…
Veio a adolescência e com ela a vaidade… Me cuidava, fazia ginastica… Mas não era algo tão cobrado como a gente vê hoje! Adorava comer, e não me lembro de me privar de nada até uns 16 anos quando emagreci bastante e gostei do que vi… Comecei a maneirar na comida e sempre que exagerava sentia um peso tremendo… Começou o engorda/emagrece, as dietas malucas, a descoberta da compulsão alimentar (que me acompanha até hoje… Na verdade é o grande “problema” da minha vida) e a culpa de comer o que se gosta…
Hoje sou uma pessoa com uma vida saudável, que adora por livre e espontânea vontade fazer exercícios, que come coisas saudáveis, que gosta de coisas saudáveis mas ainda se culpa por certas vezes gostar do que não deve… Mas o que não devo gostar? Devo me privar sempre? Não sei! A presença da comida na minha família ainda representa união, carinho, amor… E provavelmente sempre vai ser assim… Cabe a mim aprender a lidar com isso!
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Pensando em tudo isso (minha breve história) e no que mostra o artigo na revista ( 85% das pessoas obesas vivem em um ambiente proprício ao aumento de peso), alguém aqui acha que ser gordo é uma escolha? Eu não! Acho que é um problema, (uma doença muitas vezes combinada com genética e aprendizado) difícil de ser revertido, porém não impossível…
O maior culpado: O meio que vivemos e como aprendemos a lidar com sentimentos x comida.
A única pessoa capaz de reverter esse quadro : Você mesmo.
Para quem se interessou vale a pena ler a reportagem inteira! Na revista eles dão alguns passos legais para aprender a comer melhor ( você e sua família) e falam em varios números interessantes sobre o aumento da obesidade… Eu na verdade só peguei um “gancho” pra poder dividir com vcs algo que sempre quis… A minha história (que só está começando) !
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Enjoy it,