José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: agosto 2013

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Filhos de mães obesas têm mais risco de morte prematura

Crianças têm 35% mais risco de morrer prematuramente na idade adulta, segundo estudo 

Ronaldo Schemidt/AFP
Obesidade
Obesidade:adultos nascidos de mães obesas têm 42% mais chances de ser hospitalizados por problemas cardiovasculares
Paris - Os filhos de mães obesas têm 35% mais risco de morrer prematuramente na idade adulta, revela um estudo publicado nesta quarta-feira pelo British Medical Journal (BMJ), que alerta sobre a crescente epidemia de obesidade.
Os pesquisadores analisaram na Escócia 37.709 filhos de 28.540 mulheres nascidos entre 1950 e 1976.
Durante o estudo, estas pessoas tinham entre 34 e 61 anos, e 6.551 já haviam morrido, por diferentes causas.
No momento de dar à luz, 21% das mães tinham sobrepeso (índice de massa corporal - IMC - entre 25 e 29,9) e 4% eram obesas (IMC igual ou superior a 30).
Segundo os pesquisadores, o risco de morte prematura aumenta em 35% entre os adultos nascidos de mães obesas e em 11% no caso de mães com sobrepeso em relação ao grupo nascido de mães com peso normal.
Os adultos nascidos de mães obesas têm 42% mais probabilidade de ser hospitalizados por problemas cardiovasculares que os demais, destaca o estudo.
"É necessário se criar urgentemente estratégias de intervenção para controlar o peso antes da gravidez", advertem os autores, lembrando que uma a cada cinco mulheres grávidas na Grã-Bretanha são obesas.
Nos Estados Unidos, cerca de 64% das mulheres em idade fértil têm sobrepeso, incluindo 35% obesas, e a tendência é similar na Europa.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1,4 bilhão de pessoas maiores de 20 anos tinham sobrepeso em 2008, incluindo 300 milhões de mulheres e 200 milhões de homens obesos.
Os casos de obesidade têm se multiplicado em escala mundial desde 1980, quando o percentual de mulheres obesas na hora do parto era de 4%, lembra a professora Rebecca Reynolds, autora do estudo.

Riscos de doenças ligadas à obesidade podem ser herdados de avó, diz estudo

Cientistas escoceses constataram 'salto de geração' de problemas de saúde em camundongos.
Um estudo realizado por cientistas britânicos descobriu que os netos podem herdar de suas avós problemas de saúde ligados à obesidade, como cardiopatias e diabetes, mesmo que suas mães não apresentem indícios de tais doenças.
A obesidade é um problema que afeta vários países do mundo. No Reino Unido, a proporção de pessoas obesas em relação à população total já é a maior de toda a história. Derrame e diversos tipos de câncer estão entre os riscos dos problemas de saúde associados ao ganho de peso, dizem especialistas.
A obesidade moderada ocorre quando o indivíduo tem Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 34,9. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura elevada ao quadrado.
Primeira geração
O estudo, da Universidade de Edimburgo, foi realizado com camundongos fêmeas com obesidade moderada, alimentadas com uma dieta rica em gordura e açúcar antes e durante a gravidez.
Os cientistas concluíram que os riscos da obesidade eram passados para a segunda geração da prole, ao passo que não constataram nenhum dos efeitos negativos do sobrepeso na primeira geração dos rebentos.
Eles não souberam, no entanto, esclarecer os motivos pelos quais isso acontece. Entre as hipóteses, estão as diferenças no ganho de peso ou a alimentação com um determinado tipo de comida durante a gravidez.
Os cientistas acrescentaram que ainda estão estudando os efeitos da pesquisa em humanos. Segundo eles, os experimentos são desafiadores, mas possíveis. Segundo Amanda Drake, da Universidade de Edimburgo, "dado o aumento da obesidade no mundo, é vital entender como as gerações futuras podem ser afetadas por isso".
"Estudos realizados futuramente podem analisar essas tendências em humanos, mas precisariam levar em conta fatores genéticos, ambientais, sociais e culturais".
O estudo, publicado na revista científica Endocrinology, foi financiada por uma instituição de caridade que se volta para pesquisas sobre a saúde das grávidas.
Netos poderiam herdar problemas de saúde ligados à obesidade de avós (Foto: AFP/BBC)Netos poderiam herdar problemas de saúde ligados à obesidade de avós (Foto: AFP/BBC)

Estresse, alimentação, obesidade e cigarro podem influenciar fertilidade

Ter filho não é tarefa fácil: exige cuidados intensos desde o primeiro mês de gestação até, pelo menos, os 18 anos de idade. Alimentação, educação, saúde e vestuário são itens imprescindíveis que os pais devem levar em conta no planejamento familiar.

Mas, muitas vezes, o problema começa bem antes disso – na hora de engravidar. O casal decide que quer ter um bebê, mas não consegue. A ansiedade e o excesso de expectativa atrapalham demais nessa hora. Em vários casos, o único problema do homem e da mulher é psicológico, e não falta de fertilidade.
O ginecologista e consultor José Bento esteve presente no Bem Estar desta sexta-feira (26) para explicar como fatores como estresse, alimentação, obesidade e cigarro podem influenciar na capacidade de concepção. Ao lado dele, o urologista Sandro Esteves comentou as diferenças entre a fertilidade masculina e a feminina.
fertilidade (Foto: Arte/G1)

Os médicos citaram os exames que devem ser feitos e as vacinas que precisam ser tomadas por ambos os pais antes da gravidez. Os especialistas também explicaram como funciona o método Billings, usado para avaliar o muco cervical da mulher.
José Bento recomendou a quem quer ter filhos os três Ps: paciência, perseverança e persistência. Em um mês, segundo ele, as chances de uma mulher normal engravidar varia de 15% a 18%. A partir do 10º dia do ciclo menstrual, já pode haver mais chances de uma fecundação.
A pílula, segundo o ginecologista, não prejudica a fertilidade, e protege a mulher de doenças como endometriose, infecções e cistos no ovário. Além disso, José Bento disse que ter miomas no útero pode impedir a gravidez, dependendo do tamanho e da localização do tumor.
Estresse
O estresse, a pressão e a ansiedade reduzem a testosterona entre os homens, que perdem a libido e complicam a dinâmica do casal. A pressão de ter um filho também atrapalha e aí não só a pressão do casal, mas a da família também.
Obesidade
Está cientificamente comprovado que o excesso de peso diminui a fertilidade. Hoje no Brasil, 50% dos homens em idade reprodutiva estão com sobrepeso e 31% estão obesos. Se o ritmo continuar dessa forma, o país alcançará os EUA, onde metade dos homens em idade reprodutiva é obesa.
A perda da fertilidade entre os obesos está associada à leptina, hormônio produzido pelas células de gordura. Ele pode aumentar a temperatura dos testículos, que precisam estar cerca de 2° C abaixo da temperatura corporal para funcionar. Com esse aquecimento, a produção de espermatozoides fica prejudicada.
Cigarro
As milhares de toxinas presentes no cigarro provocam uma reação de defesa do organismo. O sangue aumenta a produção de glóbulos brancos, que vão para órgãos como pulmão, estômago, intestino e testículos.
Esses leucócitos chegam aos testículos e fabricam os chamados radicais livres, com a intenção de combater as toxinas. Isso afeta o sêmem e destrói os espermatozoides, que são células sem muitas defesas.
Alimentação 
Uma dieta equilibrada é fundamental para a saúde e também para a reprodução humana. É importante ter no cardápio todos os tipos de alimentos, além dos que têm função antioxidante, essenciais para combater os radicais livres e preservar a fertilidade.
Frutas vermelhas (morango, uva e tomate), vegetais verde-escuros (rúcula, agrião, brócolis e manjericão) e mamão papaia são ótimas opções.
Exames pré-nupciais
Homens
- Exame de sangue: com sorologia para testar HIV, hepatites B e C e sífilis
- Espermograma: pode ser um indicador de fertilidade, pois mostra a quantidade e a qualidade de sêmen
Mulheres
- Exame de sangue: com sorologia para testar HIV, hepatites B e C, toxoplasmose e sífilis, além de rubéola, que pode gerar má formação no feto
- Exame de fezes: é um bom teste para checar se a mulher tem verminoses
- Exame de urina: a infecção urinária é um problema para quem quer engravidar, porque pode reduzir a fertilidade e até indicar problemas maiores
- Ultrassom dos ovários e do útero: é importante para saber se a mulher tem ovário policístico, mioma, pólipo, endometriose ou alguma alteração anatômica do útero. Ele deve ser feito até o terceiro dia do ciclo menstrual. Esse exame também pode checar a contagem dos folículos, essenciais para a gestação. Se o número estiver menor que seis, é um sinal de que a reserva de óvulos está baixa
Método de ovulação Billings
É uma técnica natural para observar a fertilidade da mulher, por meio do muco cervical. Quando o muco está escorregadio, a chance de concepção é maior. O último dia em que o muco está presente indica o ápice de fertilidade do ciclo menstrual. O método serve tanto para quem quer engravidar quanto para quem não quer.
Ao longo do mês, a mulher percebe um corrimento maior na vulva. O pico de ovulação dura de 3 a 6 dias.
Vantagens
- Ajuda a mulher a conhecer melhor o funcionamento do próprio corpo
- Incentiva o casal a dialogar
- Educa o homem a ter co-responsabilidade
Dicas
- Evitar relação sexual nos dias de forte sangramento da menstruação
- No caso de a mulher não querer engravidar, fazer sexo apenas no período pré-ovulatório e em dias alternados
- Quando a mulher chega ao ápice da ovulação, fica mais lubrificada. Quem quer ter filho deve esperar quatro dias para voltar a ter contato genital e relações

Obesidade na gravidez relacionada com morte prematura

Obesidade na gravidez relacionada com morte prematura
Fotografia © Sérgio Freitas/Global Imagens
Um estudo escocês revelou que obesidade durante a gravidez está associada a mortes prematuras na idade adulta. O estudo alerta que é urgentemente necessário estratégias para controlar peso antes da gestação.
Os adultos, cujas mães eram obesas durante a gravidez, têm mais probabilidades de morrer prematuramente devido a problemas cardiovasculares.
Segundo o estudo publicado na revista científica British Medical Journal, os adultos cujas mães estavam obesas durante a gravidez têm 35% mais riscos de morrer antes dos 55 anos.
A investigação contou com a participação de 28.540 mulheres que registaram o peso na primeira consulta pré-natal e os seus 37.709 filhos, actualmente com idades entre os 34 e 61 anos.
No momento do parto, 21% das mães tinham excesso de peso (índice de massa corporal - IMC - entre 25 e 29,9) e 4% eram obesas (IMC igual ou superior a 30).
Entre os 37.709 filhos, houve 6551 mortes por diferentes causas, as principais foram doenças cardiovasculares e cancro. No entanto, e segundo a pesquisa, o risco de morte prematura devido a doenças cardiovasculares foi 35% mais nas pessoas cujas mães estavam obesas na gravidez.

Não existe quantidade segura de refrigerante para a criança tomar

Segunda, 12 de Agosto de 2013 - 08:38
Fonte: Portal Uol
Refrigerante à mesa. Apenas um copo em cada refeição não deve fazer mal, não é mesmo? Engano! O consumo diário dessa bebida por crianças está entre os fatores causadores da obesidade infantil. No Brasil, uma em cada três crianças está acima do peso, ou o equivalente a 48,5% do total de crianças, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 
A bebida adocicada, que borbulha na boca e tem diferentes cores, atrai a garotada, seja em casa, na cantina da escola ou nas festas de aniversário. Mas, afinal de contas, o que é o refrigerante? É uma água açucarada, com gás, xarope e várias outras substâncias artificiais, como corante e aroma, que não trazem nenhum benefício nutricional para o organismo.
 
Os especialistas ouvidos pelo UOL Gravidez e Filhos nesta reportagem dividem a mesma opinião. "Não há uma indicação de quantidade recomendada, simplesmente, porque ela não deve fazer parte do cardápio nem da rotina das crianças. Quanto menos ingerir, melhor", declara o pediatra e nutrólogo Fábio Ancona Lopez, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
 
Mas vetar completamente a bebida não é a maneira mais eficaz de brecar o consumo desenfreado. O hábito de beber refrigerante está ligado à educação nutricional. O primeiro passo está na conscientização e no exemplo dos pais.
 
"As crianças aprendem por imitação. Elas gravam tudo e gostam de se comportar como os pais, ou seja, se os adultos consomem muito refrigerante, é bem provável que a criança também venha a consumir, por isso a educação nutricional desde cedo é importante", afirma Maria Edna de Melo, endocrinologista e diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).
 
Caloria vazia
 
A única função nutricional do refrigerante é fornecer energia para o organismo, o que não é suficiente para que se recomende seu consumo. Frutas, verduras e legumes são fontes de energia e, ao mesmo tempo, possuem nutrientes essenciais ao desenvolvimento das crianças.
 
"Quando o refrigerante ganha espaço na alimentação, a criança come menos por conta do gás. Ela também deixa de beber leite, importante fonte de cálcio, e outras bebidas saudáveis, como sucos naturais, chá e até mesmo água", afirma a nutricionista do Hospital das Clínicas Rosana Tumas.

Pular o café da manhã aumenta risco de infarto, obesidade, colesterol alto e outros problemas

Parece controverso, mas pular o café da manhã pode acabar aumentando o peso
Pular o café da manhã aumenta risco de infarto, obesidade, colesterol alto e outros problemas
Pular o café da manhã pode aumentar o risco de ataque cardíaco ou morrer de doença coronária em 27%. Tal hábito é muito comum em fumantes, jovens solteiros que não tem tempo de fazer a comida, pessoas menos ativas fisicamente ou que consomem álcool e acordam de ressaca.

Essas taxas de ataque cardíaco se devem ao aumento do risco de obesidade, pressão alta, colesterol e diabetes, fatores que influenciam diretamente na saúde do coração. Parece controverso, mas é verdade. Jejum prolongado pode ocasionar o efeito inverso da perda de peso e acabar em uma obesidade.
Quando estamos em jejum, o nosso organismo percebe que não está sendo alimentado com as energias dos alimentos, ele entende então que será preciso economizar earmazenar energia em forma de gordura para outros momentos em que tenha necessidade (funções vitais do corpo: respiração, coração, cérebro). Com isso, o metabolismo fica mais lento.
Pessoas que passam longos períodos de jejum acabam ingerindo mais tarde uma maior quantidade de calorias, sobrecarregando uma única refeição, tendo como consequência o aumento do peso, o que é mais um motivo para fazer o café da manhã todos os dias, pois irá auxiliar no controle do apetite, diminuindo a ocorrência de uma compulsão alimentar.
Outra consequência é a hipoglicemia, que pode causar dor de cabeça e mau humor. Vale lembrar que o café da manhã também deve ser de qualidade. Não ache que coxinha com refrigerante um desjejum saudável.
Outra dica importante: não coma exageradamente antes de dormir, pois também influencia bastante no aumento do risco de doenças cardiovasculares. Por isso que existe o ditado: "tome o café da manhã como um rei, almoce como um príncipe e jante como um mendigo".

Jeferson Machado Santos.
CRF-SE: 658.

FONTE: http://www.itnet.com.br/saudelegal-21483

Por obesidade, atual geração de crianças pode morrer mais cedo que os pais


Estudo levantou que a maioria das crianças fica mais tempo em frente a TV do que em atividade Foto: Getty Images
Estudo levantou que a maioria das crianças fica mais tempo em frente a TV do que em atividade
Foto: Getty Images
Milhões de crianças britânicas, que estão evitando comer vegetais e assistindo a muita televisão, fazem parte de uma geração que provavelmente irá morrer mais jovem que os pais, afirmam os especialistas.
Segundo o site Daily Mail, 80% das crianças entre 5 e 15 anos não consomem as cinco porções recomendadas de frutas ou vegetais diárias, no entanto, abusam de refrigerantes, chocolates e doces todos os dias. Os dados mostram ainda que 30% dos jovens e crianças até 16 anos são obesos no Reino Unido.
Para tentar contornar o problema, os médicos pedem que as tradicionais atividades infantis ao ar-livre sejam retomadas, já que 14% das crianças entre 2 e 15 anos ficam seis horas por dia inativas, apenas assistindo à TV ou jogando videogame.
Simon Gillespie, chefe da British Heart Foundation e responsável pelo estudo em parceria com a Universidade de Oxford, diz que os resultados são "simplesmente inaceitáveis".
"Os resultados nos alertam de que a maioria das crianças corre grande perigo de desenvolver doenças cardíacas no futuro se continuarem com este estilo de vida", afirmou.
Os estudos mostraram ainda que 2 em cada 5 pré-adolescentes de 13 anos bebem refrigerante todos os dias. Quase a metade dos meninos e 1/3 das meninas na mesma idade pulam a principal refeição do dia e saem de casa sem tomar café da manhã. Aos 15 anos, o número é ainda mais alarmante, com 57% das meninas e 38% dos meninos que não se alimentam pela manhã.
A maioria dos pré-adolescentes de 13 anos não faz uma hora de atividade física diária, como recomendado e, quase 3/4 deles ficam pelo menos duas horas por dia em frente à TV. 
Médico indica que os pais incentivem a retomada de atividades infantis para os filhos Foto: Getty Images
Médico indica que os pais incentivem a retomada de atividades infantis para os filhos
Foto: Getty Images
O assunto é tão preocupante que o primeiro-ministro britânico disse que a Grã-Bretanha vai deixar de ser competitiva mundialmente por causa dos futuros problemas de saúde da população.
"Temos uma geração que está crescendo e que potencialmente vão viver menos tempo do que a geração acima deles", disse o Dr. Gillespie. Ele alerta ainda que a retomada do equilíbrio deve ser imediata. "Moderação não é cortar de dois hambúrgueres por dia para um, mas é reduzir para dois lanches por semana apenas", comenta.

"8 truques para manter o peso!"


"8 truques para manter o peso!"


Atualmente, a investigação científica no âmbito da obesidade preocupa-se em perceber por que algumas pessoas conseguem manter o peso perdido durante muitos anos e por que outras (a maioria) tem muita dificuldade em fazê-lo.

Com esse objetivo, foi criado, nos Estados Unidos da América, um registo de controlo do peso, uma ferramenta muito útil para pessoas obesas.
Esse registo identifica o padrão de comportamentos adoptado por aqueles que são bem sucedidos na gestão do seu peso após a perda. O objetivo é fornecer ajuda a outras pessoas que necessitem de gerir o seu peso a longo termo.
O registo nacional de controlo do peso americano (NWCR) conta com a adesão de mais de 6.000 indivíduos que obtiveram sucesso a longo prazo na gestão do seu peso. Este é, por isso, o maior grupo bem sucedido na perda de peso e respetiva manutenção.
Com base no tratamento dos dados obtidos neste registo, na última década, foi identificado um padrão de comportamentos similar entre aqueles que obtiveram sucesso no controlo do seu peso, que permitiu elaborar oito recomendações para manter o peso após a perda:
1. A intervenção na manutenção do peso não deve ser idêntica à utilizada durante a perda de peso.
2. Certifique-se que é fisicamente ativo durante o processo de perda de peso.
3. As abordagens alimentares pobres em gorduras são melhores na prevenção do ganho de peso após a sua perda.
4. Tome o pequeno-almoço todos os dias.
5. Registe o seu peso periodicamente e regularmente, mantenha os registos alimentares e de atividade física diariamente.
6. Faça, pelo menos, uma hora de atividade física diária de intensidade moderada.
7. Mantenha um padrão alimentar regular.
8. Limite o tempo de permanência em frente à televisão.
O panorama português
Em Portugal, na Faculdade de Motricidade Humana, em parceria com a Direcção Geral da Saúde e com a Plataforma Contra a Obesidade e a Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, foi criado o Registo Nacional de Controlo do Peso (RNCP). 
Este registo nacional, de participação voluntária, permitirá identificar indivíduos adultos com sucesso na redução e manutenção do peso a longo prazo, caracterizar os métodos associados à perda de peso bem sucedida. Além disso, com este método será possível descrever as estratégias de manutenção do peso adoptadas. 
O RNCP conta já com cerca de 200 casos de sucesso que constituem exemplos a seguir, especialmente por quem tem excesso de peso ou obesidade, que é o caso de mais de metade da população adulta portuguesa.
Estes relatos podem ajudar mais portugueses a transformar as suas tentativas de perda e manutenção de peso em casos de sucesso.

Nutricionistas da Itália querem resgatar dieta mediterrânea


CULTURA

Nutricionistas da Itália querem resgatar dieta mediterrânea

País ostenta fama de excelente cozinha, tanto em termos de sabor quanto de saúde. Mas estilo de vida moderno força italianos a abrir mão de suas tradições alimentares. E já são campeões europeus de obesidade infantil.
Há anos a dieta mediterrânea é considerada um modelo de nutrição saudável. Ela é rica em azeite de oliva, leguminosas e verduras, frutas e nozes, fibras e carboidratos não refinados, além de uma quantidade moderada de peixe e vinho, poucos laticínios e um mínimo de carne vermelha ou de aves.
Além de reduzir o risco de moléstias cardíacas e obesidade, constatou-se que essa dieta reduz a glicose sanguínea e promove perda de peso entre diabéticos tipo 2.
Um estudo recente realizado na Universidade de Navarra, na Espanha, demonstrou, ainda, que a alimentação mediterrânea aumenta a capacidade mental dos idosos e é melhor do que uma dieta de baixa gordura para os pacientes com risco de demência vascular.
Naturalmente, um dos países que mais se associa à dieta mediterrânea é a Itália, tão admirada e respeitada por sua reputação culinária. No entanto, a situação dos italianos modernos parece não ser nada melhor do que a de outras nações industriais, quando se trata de comer de forma saudável.
Vegetais na base, poucos produtos processados e animais: princípio da alimentação mediterrânea
Alimentação mudou com a vida
A Itália era tradicionalmente o país da pausa de almoço de três horas. As mães cozinhavam, a cada dia, suntuosos banquetes – deliciosos, nutritivos e frescos –, que eram seguidos por longas sestas.
Isso é coisa do passado, afirma Giulio Marchesini, professor de Ciências da Alimentação da Universidade de Bolonha e diretor da Clínica de Doenças Metabólicas e Dietéticas do Hospital Sant'Orsola. "A alimentação mudou porque a vida mudou", diz, referindo-se às pressões da sociedade moderna.
Segundo ele, hoje em dia os italianos estão sempre com pressa e não têm mais tempo de ir para casa na hora do almoço. "Às vezes comemos de pé, também jogando ou estudando ou fazendo alguma coisa no computador." Além disso, os italianos consomem atualmente muito mais comida embalada e processada do que antes.
A Itália contemporânea sofre de uma epidemia de obesidade e de um avanço radical do diabetes tipo 2, diz o especialista em nutrição. "Estamos no topo da lista da obesidade infantil na Europa, e isso é um problema, pois uma criança obesa tem quase 100% de probabilidade de se tornar um adulto obeso."
É certo que a maioria dos italianos segue consumindo muito azeite, massas e vegetais, mas muitos não têm ideia do que compõe, exatamente, uma dieta mediterrânea saudável. Alimentos de preparo fácil, como presunto, salame e queijo, são agora ingeridos diariamente; sobretudo no norte do país, a dieta é abundante em carne de porco, vaca e gorduras animais.
Peixe é alimento animal número um
Benefícios para a saúde
Na última década, uma série de estudos tem repetidamente enfatizado as vantagens da dieta mediterrânea na contenção de moléstias que vão desde o mal de Alzheimer e Parkinson, a doença cardíaca coronária e o infarto até o câncer.
Em 2013, a fundação inglesa Western Sussex Hospitals comparou os resultados de 20 estudos, a fim de investigar o impacto de sete dietas populares sobre os adultos portadores de diabetes tipo 2.
Tanto a variante mediterrânea como as de baixo carboidrato, de alta proteína e de baixo índice glicêmico reduziram o açúcar no sangue dos participantes. Porém a surpresa foi que a dieta mediterrânea acusou sucesso muito maior na redução do peso do que as de baixo carboidrato e de baixa gordura.
Marchesini aponta uma outra razão importante por que todos deveriam seguir a dieta mediterrânea: os recursos econômicos e ecológicos globais. "As dietas não mediterrâneas, ou seja, ricas em carne, não são mais sustentáveis em termos do impacto ambiental sobre o planeta."
Ele e sua equipe se empenham para promover o retorno ao modelo mediterrâneo. Pois, como ele enfatiza, a questão não é apenas o que se coloca na boca. Em sua clínica de doenças metabólicas e dietéticas em Bolonha, os pacientes não são mais enviados para casa com dietas para redução de peso.
"Oferecemos cursos educacionais e uma equipe de nutricionistas e clínicos. Temos especialistas em exercícios físicos, um psicólogo – tudo o que pode ajudar as pessoas a mudar seu estilo de vida", descreve o professor.
E Marchesini também põe em prática aquilo que prega: come muitas leguminosas, frutas, legumes e verduras, e todos os dias vai para o trabalho de bicicleta – faça chuva, faça sol.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Estudo monta novo cálculo para necessidades energéticas diárias das crianças

Método desenvolvido pelos especialistas é uma esperança contra obesidade infantil

Reprodução
DO MSN


Os médicos e pais podem não estar percebendo o número de calorias que as crianças com obesidade infantil estão comendo. É o que sugere um novo estudo publicado online dia 30 de julho na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology. O trabalho, desenvolvido por médicos do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos EUA, prevê uma atualização do modelo matemático utilizado para calcular as necessidades de calorias diárias em crianças e adolescentes.

O novo modelo tenta estimar com mais precisão as necessidades energéticas para meninas e meninos em crescimento. Ele prevê que o metabolismo das crianças é mais alto que o dos adultos, e leva em conta a queda na atividade física que pode acontecer com a idade - como crianças ativas que se transformam em adolescentes mais sedentários. Em suma, o modelo mostrou que é preciso muito mais calorias para as crianças ganharem peso do que os especialistas haviam realizado.

Por exemplo, o velho modelo estimava que para uma garota de cinco anos entrar na faixa do sobrepeso aos 10 anos, ela precisaria comer cerca de 40 calorias extras por dia - o equivalente a uma maçã pequena. O novo modelo prevê que ela precisaria comer muito mais do que isso - cerca de 400 calorias extras por dia, o equivalente a uma porção média de batatas fritas no fast-food - para obter o mesmo resultado.

Usando dados históricos coletados pelos Centros dos Estados Unidos para Controle e Prevenção de Doenças, os pesquisadores calcularam que as crianças hoje em dia tem uma média de 13 quilos a mais do que as crianças da mesma idade no final de 1970, antes do início da epidemia de obesidade. Para ganhar esses quilos extras, as crianças consumiram cerca de 200 calorias a mais por dia.

Segundo os pesquisadores, essa diferença nas calorias pode ser ainda mais gritante em determinadas faixas etárias, variando inclusive conforme o sexo. Por exemplo, o modelo estima que um menino de 11 anos de idade hoje come cerca 320 calorias extras por dia, se comparado com seus colegas de peso saudável - e consequentemente está 18 quilos acima do peso. Enquanto isso, uma menina que tem a mesma idade e também está com 18 quilos a mais do que o recomendo precisou consumir 301 calorias extras diárias.

Os autores afirmam que os novos números dão aos pais e médicos um roteiro mais preciso para entender como algumas crianças chegaram à obesidade infantil. No entanto, eles afirmam que o método não é exatamente o caminho de volta a um peso normal. Isso porque cortar as calorias apontadas pelo cálculo seria apenas diminuir o excesso ? e para emagrecer seria necessário consumir menos calorias ainda. 

Proteja seu filho da obesidade infantil

Manter as crianças dentro de uma dieta saudável dá trabalho, principalmente quando elas adoram ir ao supermercado e ficam com olhos gulosos para cima da sprateleiras de salgadinhos, doces e congelados. Segundo dados do Ministério da Saúde, uma em cada três crianças no Brasil está acima do peso, podendo chegar à obesidade (situação em que os quilos sobrando já são encarados como doença). "Educar o paladar das crianças é a melhor forma de evitar problemas com a balança na idade adulta", afirma a nutricionista Raquel Maranhão, da empresa BeSlim. Ela e outros especialistas listam uma série de guloseimas campeãs de popularidade entre a turma infantil, mas que devem ser consumidas com muita moderação:

Alimentos congelados

Hambúrgueres, empanados de frango, lasanhas e outras refeições prontas podem levar a obesidade, hipertensão e aumento do risco de doenças cardiovasculares. Segundo a nutricionista Raquel Maranhão, da empresa BeSlim, esse tipo de alimento possui um alto teor de gordura, sódio e conservantes. "O ideal é consumi-los, no máximo, uma vez por semana e prepara-los grelhados ou assados ao forno, evitando a adição de óleos e molhos gordurosos", diz. A frequência com que esses alimentos devem ser consumidos é de uma a duas vezes ao mês.

 Salsicha

Paixão da maioria das crianças, as salsichas são comumente consumidas em lanches, acompanhadas de condimentos, purê de batatas, queijos amarelos e pão branco. Essa combinação acaba acrescentando muitas gorduras à refeição. "A melhor forma de consumir a salsicha é em uma refeição padrão, com arroz, feijão e legumes", conta Raquel Maranhão. Outro problema das salsichas é que elas são preparadas com restos de carnes de animais, incluindo partes altamente gordurosas, fora os conservantes e produtos utilizados para realçar o sabor.

A nutricionista explica que o melhor é evitar a adição de sal, molhos, óleos e demais gorduras à preparação. "Além de cozidas em água, as salsichas também podem ser feitas na forma grelhada ou cozida ao forno", completa. Outra dica é optar pela salsicha de frango, mais saudável que a versão com carne vermelha. O consumo deve ser feito no máximo de 15 em 15 dias. 
hambúrguer com batata frita - 

Fast Food

Esse é outro vilão famoso amado pela maioria das crianças. Rico em sal, gordura e conservantes, os fast foods devem ser evitados e no seu lugar consumidos os lanches naturais. A nutricionista Paula Castilho, da Sabor Integral Consultoria em Nutrição, afirma que o fast food pode ser consumido uma vez por mês no máximo. "Ao escolher o lanche, é importante dar preferência aos sucos, hambúrgueres de frango ou peixe e lanches que contenham saladas, além de evitar molhos, batata frita e não adicionar catchup ou mostarda à refeição". 
frango e batata fritos - 

Frituras

"Para que o alimento seja frito, é utilizada uma grande quantidade de óleo e isso prejudica a saúde do coração, além de acrescentar muitas calorias ao prato", afirma Raquel Maranhão. Segundo a nutricionista, as preparações empanadas são ainda mais prejudiciais e calóricas, pois levam farinhas em sua preparação. "O ideal é sempre optar por preparações grelhadas, cozidas ou assadas, que são muito saborosas e bem recebidas pelas crianças." 
doces -

Guloseimas

Balas, chocolates e outros doces, geralmente, são bombas de açúcar, que não só podem levar ao ganho de peso como ao aparecimento de cáries. A nutricionista Paula Castilho dá a dica: "Podemos optar por balas de goma sem açúcar, gelatinas, frutas mais doces como a banana ou outras frutas com adição de mel". Se você não quer eliminar as guloseimas do cardápio dos seus filhos, restrinja o consumo a porções de 30 gramas, três vezes por semana. 
batata chips - 

Salgadinhos industrializados

Que criança não gosta de comer um pacote de salgadinhos entre as refeições ou durante um passeio com a família? Se o seu filho é amante desses produtos, prefira as versões assadas ou de soja, que têm menos gorduras (a embalagem informa a forma de preparo). "Algumas marcas já vendem salgadinhos sem conservantes e até mesmo integrais, duas ótimas opções", afirma Paula Castilho. Entretanto, o consumo de salgadinhos também deve se limitar a duas vezes por mês no máximo. 
bolachas recheadas - 

Bolinhos e bolachas recheadas

De acordo com as nutricionistas, esses alimentos são ricos em gordura trans e colesterol, tornando-se uma ameaça à saúde do seu filho de consumidos em excesso. "Da mesma forma que os salgadinhos, a frequência de consumo é de uma ou duas vezes ao mês e em pequenas quantidades, como uma unidade de bolinho ou três unidades de bolacha", afirma Raquel Maranhão. Nestes casos, ela firma que a melhor opção são os biscoitos de aveia, mais saudáveis e apetitosos. 
criança comendo um croissant - 

Lanches da escola

Apesar de os lanches da cantina serem assados, eles oferecem recheios muito gordurosos, à base de queijos amarelos e calabresa. As nutricionistas afirmam que a melhor opção é sempre o lanche feito em casa, pois assim a quantidade e os ingredientes adicionados têm a procedência e a quantidade controlada, além da possibilidade de variar o cardápio e deixar a dieta da criança mais rica. "As melhores opções são lanches feitos com queijo branco e verduras", afirma Raquel Maranhão.