José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: OBESIDADE: na Adolescência

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

OBESIDADE: na Adolescência

O homem busca sempre o que é mais rápido, porque este torna a sua vida mais confortável. Computadores, carros, comidas congeladas, fast- foods e entregas em domicílio são alguns exemplos. O conforto é uma das palavras-chave que definem a sociedade de hoje. No entanto, a mesma qualidade de vida que o conforto dos nossos dias nos proporciona também traz alguns malefícios a saúde, como doenças cardíacas, hormonais e obesidade, que tem atingido nossos contemporâneos cada vez mais cedo em suas vidas
Pesquisas mostram que 15% das crianças e 8% dos adolescentes de hoje são obesos e que oito em cada dez crianças continuarão obesas na fase da adolescência . Por considerar os dados em tela muito preocupantes, este trabalho será focado na obesidade em adolescentes.

          A adolescência, como é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), vai dos 10 aos 19 anos, 11 meses e 29 dias. É caracterizada por mudanças psicológicas, sociais e somáticas que, aliadas ao intenso crescimento físico (aumento de 50% do peso e de 15% na estatura antes de atingir a altura final do adulto) geram significativo aumento nas necessidades nutricionais e energéticas, o que leva a um maior apetite por comida.
 Em geral, os adolescentes, devido as suas rotinas “pulam” refeições, principalmente o café da manhã, ou fazem “refeições rápidas” compostas por alimentos gordurosos. A satisfação do apetite por meio da escolha de alimentos com alta densidade calórica e a falta de atividade física é a combinação perfeita para um adolescente tornar-se obeso. Outro fator que contribui muito para a obesidade em crianças e em adolescentes é a televisão. Além de promover hábitos alimentares inadequados, também induz o sedentarismo. Há estudos mostrando que cada hora em frente à televisão aumenta as chances de obesidade em 2%.
uem nunca ouviu falar que todo “gordinho” é feliz? Tal conclusão não se sustenta perante os fatos. Estudos mostram que adolescentes obesos possuem maior propensão à depressão. Sim! Depressivos! Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constatou que 78,3% dos adolescentes acima do peso apresentavam sintomas de depressão, quando comparados com os 21,7% dos adolescentes eutróficos.

            A obesidade na adolescência é um problema grave. Segundo Associação Brasileira de Estudos a Obesidade (ABESO), uma criança de dois anos obesa possui o dobro da probabilidade de tornar-se um adulto obeso do que uma outra eutrófica.

            Devemos estar engajados na prevenção e no tratamento precoce da obesidade, de modo a estabelecermos as bases de uma população futura mais saudável. Para isto, parafraseando o que ensinou Hipócrates, devemos fazer da nossa alimentação o nosso remédio.

BIBLIOGRAFIA:

GODOY-MATOS, Amélio F. De et al . Management of obesity in adolescents: state of art.Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v. 53, n. 2, Mar. 2009

TERRES, Nicole Gomes et al . Prevalência e fatores associados ao sobrepeso e à obesidade em adolescentes. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 40, n. 4, Aug. 2006 .

LIMA, Severina Carla Vieira Cunha; ARRAIS, Ricardo Fernando; PEDROSA, Lúcia de Fátima Campos. Avaliação da dieta habitual de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. Rev. Nutr., Campinas, v. 17, n. 4, Dec. 2004.

FONTE: http://bioqumicadaobesidade.blogspot.com.br/2010/12/obesidade-na-adolescencia.html

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