José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Obesidade infantil e a síndrome de Prader-Willi

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Obesidade infantil e a síndrome de Prader-Willi

POSTADO POR MARIA CRISTINA RAMOS BRITTO EM 20 DE SETEMBRO DE 2013. CATEGORIA SAÚDE,SÍNDROME
obesidade-infantil
Os casos de obesidade infantil têm crescido em ritmo preocupante nos últimos tempos. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que, em 20 anos, os casos de obesidade mais do que quadruplicaram entre crianças de 5 a 9 anos, chegando a 16,6%, entre os meninos, e 11,8% , entre as meninas. No período de 1989 a 2009, o sobrepeso mais do que dobrou entre meninos, e triplicou entre meninas.
Os riscos que o excesso de peso representam para as crianças são vários: pressão alta e aterosclerose; complicações endócrinas, que incluem resistência à insulina, predisposição a diabetes tipo 2 e elevação dos níveis de triglicerídeos e colesterol; problemas respiratórios, cansaço, insônia e apneia do sono; artrose, artrites e desvios na postura; problemas de pele, como acnes, micoses e dermatites. Tem-se verificado também amadurecimento prematuro, com idade óssea avançada e menstruação precoce. No aspecto psicológico, percebe-se baixa autoestima e depressão, pioradas por causa do bullying de que os gordinhos são vítimas. Como se vê, crianças com peso acima do esperado, considerando idade e altura, desenvolvem doenças que antes eram características dos adultos.
Ainda pouco conhecida, a síndrome de Prader-Willi, descrita em 1956, é uma alteração genética que leva a problemas de desenvolvimento físico e emocional e dificuldades de aprendizagem, entre outros, e faz com que seus portadores sofram de fome frequente, que provoca compulsão alimentar e consequente ganho constante e excessivo de peso. Pesquisas supõem que as crianças que nascem com este transtorno possuem uma desordem no hipotálamo, que impede o processamento da mensagem de saciedade. Os sinais aparecem nos primeiros meses de vida, com o bebê mostrando dificuldade para se movimentar e aprender a andar.
Mas, na maioria dos casos, a predisposição genética é o fator que menos contribui para o aumento de peso, sendo que as causas mais significativas são mudanças no padrão alimentar, com o aumento do consumo de alimentos de alto valor calórico, ricos em sal e gordura trans, encontrados em salgadinhos, embutidos, biscoitos e sorvetes; o sedentarismo e a redução da prática de atividades físicas nas horas de lazer, passadas diante da televisão ou do computador; e diferentes hábitos durante as refeições, como não ter horários definidos para as mesmas, não se sentar à mesa e parar de comer para fazer outras atividades, como brincar. A criança gordinha tem grande chance de se tornar um adulto obeso, em constante luta com a balança. A prevenção da obesidade deve começar cedo, com adoção de hábitos saudáveis por toda família.

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