José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Obesidade Infantil

terça-feira, 14 de março de 2017

Obesidade Infantil

“Ele é tão fofinho, tão saudável!”. Quantas vezes já não presenciamos manifestações de afeto como esta direcionadas àquela criança robusta, de pernas e braços roliços, visivelmente acima do peso? Como se as gordurinhas a mais declarassem o sinal de uma criança bem nutrida, bem alimentada, saudável. Não são raros os “olhares de carinho” em que este equívoco está presente. É preciso estar atento! Ao contrário do que se pensa, criança gordinha não é sinal de criança saudável. 
Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada entre 2008-2009, pelo IBGE, uma em cada três crianças brasileiras com idade entre 5 e 9 anos estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Entre os jovens de 10 a 19 anos, um em cada cinco apresenta excesso de peso. 
O problema já afeta 1/5 da população infantil e pode resultar em uma geração futura de obesos, hipertensos, diabéticos, com riscos cardiovasculares, renais e cerebrais aumentados, além do surgimento de distúrbios psicossociais, provocados pelo estigma da obesidade, exercendo grande relevância sobre a estruturação da personalidade e auto-estima do indivíduo.
O aumento de peso é consequência do consumo excessivo de alimentos (principalmente os mais calóricos) e da redução da atividade física. A utilização cada vez mais frequente de alimentos industrializados, geralmente de alto teor calórico devido à utilização de gorduras saturadas, e os avanços tecnológicos (televisão, videogames, computadores) proporcionaram maior sedentarismo entre crianças e adolescentes.
Desta forma, a obesidade infanto-juvenil traz graves ameaças à saúde. Porém, com a prática cotidiana de alguns princípios básicos, a alimentação e qualidade de vida de seu (a) filho (a) podem melhorar e muito:
1. Ensine seus filhos a mastigar bem os alimentos;
2. Controle o consumo de alimentos com muitas calorias e pouco nutritivos como frituras, doces e refrigerantes;
3. Inclua diariamente hortaliças e frutas na alimentação de seu filho, pois são fontes preciosas e indispensáveis de vitaminas e sais minerais necessários ao crescimento saudável de todas as crianças;
4. Alimentos não devem ser utilizados pelos adultos como forma de premiação de atitudes adequadas dos filhos ou retirados como forma de punição;

5. Diminua o tempo que a criança dedica em frente à TV, computador ou videogame, pois o sedentarismo é um dos fatores que contribuem diretamente para a obesidade. Incentive brincadeiras que utilizem movimentação física;
6. As crianças aprendem a comer alimentos que a família, os professores e os amigos oferecem. Sirva de exemplo!
7. Na medida do possível e do seguro, integre seu filho à cozinha. Convide-o a participar da preparação de um prato saudável, ensinando-o sobre como fazer escolhas alimentares mais saudáveis. Este momento especial propicia à criança a associação de bons momentos a boas práticas alimentares.
8. É essencial que a hora da refeição seja um momento de tranquilidade e prazer, tanto para os pais quanto para os filhos. Não traga a tensão e as preocupações para a mesa, e ressalte a seu filho o gosto dos alimentos, expressando o quão saborosos eles são.
9. Misturar verduras ao arroz, ao feijão ou às carnes é uma ótima estratégia que enriquece nutricionalmente a refeição. Por exemplo: você pode cozinhar o brócolis, batê-lo no liquidificador, coar e utilizar esta água para cozinhar o arroz. Ou utilizar a água do cozimento da beterraba para fazer o mesmo. Lembre-se sempre  de que refeições mais coloridas são mais saudáveis e mais atraentes para as crianças.
10. Caso a criança se recuse a se alimentar naquele momento, não substitua a refeição pela oferta de outros alimentos como bolachas, iogurtes ou outros poucos saudáveis que são bem aceitos por elas. Esta troca se torna muito “vantajosa” para a criança e, provavelmente, será solicitada outras vezes. O ideal é guardar o prato até o momento em que a criança apresentar fome.
nutricionista
FONTE: http://ideiasbemtemperadas.com/obesidade-infantil/

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