José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Programa para controlar a obesidade

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Programa para controlar a obesidade


Programa para controlar a obesidade
Lages, 03 e 04/11/2012, Correio Lageano



O Brasil é exemplo de conquistas na área de segurança alimentar e nutricional. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o país conseguiu reduzir a desnutrição infantil a patamares iguais aos dos países desenvolvidos. A obesidade também é uma questão a ser tratada e, para isso, vem o Plano Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade. Em Lages, há projetos com orientação multiprofissional para mudar maus hábitos de alimentação e conscientizar sobre como ter um corpo saudável.

O programa nacional, recém lançado, sugere melhorar o padrão de consumo de alimentos, valorizar o consumo dos alimentos regionais, realizar preparações tradicionais e promover o aumento da disponibilidade de alimentos adequados e saudáveis à população. Estratégias para a troca de alimentos processados por básicos, como grãos integrais, leguminosas, oleaginosas, frutas, hortaliças e pescados; para promover a prática de atividade física, especialmente em ambientes de trabalho, ambientes urbanos seguros e escolas também estão incluídos.
O ministério irá financiar 30 projetos de educação alimentar em universidades públicas; educação alimentar nos serviços socioassistenciais, com oferta de cartilhas; campanha de alimentação saudável nas Centrais de Abastecimentos (Ceasas), em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); formação de mil agentes multiplicadores para a educação alimentar; e um curso de educação à distância para 2 mil técnicos do Bolsa Família.
A educadora física, Sara Córdova Duarte, faz parte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF III), formado por um assistente social, psicólogo, farmacêutico, educador físico e nutricionista que também orienta a população em relação ao sobrepeso. No bairro Habitação, o último grupo teve início em agosto e término em outubro. Mas acontece há três anos e o projeto já foi trabalhado no bairro Santa Catarina Centenário e Copacabana. Durante dez encontros, os profissionais mostraram a importância da mudança de hábito para controlar triglicerídeos, reduzir colesterol e aumentar a qualidade de vida.
 Duarte explica que os participantes levam informação à família e o foco não é a balança. A pessoa é pesada no primeiro dia e depois no final, para não ficar obcecada em perder peso. “O objetivo é reeducar para mudanças saudáveis. Entra a atividade física de acordo com o perfil de cada pessoa, ao que ela tem acesso e gosta”, afirma a educadora física.
 
 
Autoestima
A educadora física Sara Córdova Duarte observa que a pessoa que chega com sobrepeso tem o perfil depressivo, quieto ou bravo. Conforme vai mudando os hábitos, o intestino funciona melhor, assim melhora o humor. “Isso também dá mais ânimo para continuar. Temos casos de gente que saiu de uma depressão; e outro de uma pessoa com cirurgia bariátrica que desmarcou”, relata.
Ela afirma que não tem como manter o peso se não se movimentar. No frio, ingere-se mais alimentos calóricos para manter o calor. Por isso, na região da Serra Catarinense, a necessidade de atividade física é maior para compensar a ingestão de alimentos calóricos.

Luciana Aparecida Monteiro é auxiliar de serviços gerais e participou do grupo de sobrepeso. Ela fazia muitos pães caseiros por semana, comprava dois ou três pacotes de trigo. Já perdeu 6,5kg e percebeu mudanças até na autoestima. Comia pão, macarrão, não comia muita salada, “Eu vi que é bom para mim e para minha família. Como agora eu estou mudando, eles mudam também”, diz Monteiro.

Obesos
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 74 milhões de pessoas estão com excesso de peso no país. A maior parte são adultos, mas há 5,7 milhões de crianças entre 5 e 9 anos, e 6,8 milhões de adolescentes entre 10 e 19 anos. 

Foto: Francielli Campiolo

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