José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Journal Club Iba: Complicações Imunológicas da Obesidade



Uma das maiores preocupações atualmente, principalmente das mulheres, é manter a silhueta. Sempre temos algum amigo (a) que está constantemente lutando contra a balança e fazendo dietas intermináveis. E não é para menos, pois a obesidade tem sido tratada com grande destaque nos últimos anos, devido ao fato de ser uma doença bastante frequente no mundo ocidental. Na verdade essa doença já está sendo considerada uma epidemia e um fator de grande preocupação dos órgãos reguladores de saúde em todo o mundo. O que sabemos é que a obesidade é uma das complicações da síndrome metabólica, e, claro, está intimamente relacionada ao sistema imune. Esse mês, um comentário publicado na Nature Immunology (Kanneganti& Dixit, 2012) discute as complicações imunológicas da obesidade. O tipo de reposta imune e as moléculas responsáveis por induzir a obesidade ainda se mantêm um assunto bastante controverso. A revisão apresenta diversos trabalhos que demonstram diferentes tipos celulares como sendo os mais importantes para indução do processo inflamatório capaz de desencadear a obesidade, dentre eles linfócitos T, linfócitos B e macrófagos. Abaixo seguem alguns dos tópicos discutidos:

-Alguns grupos demonstraram que a leucocitose do tecido adiposo, caraterizada pelo aumento de linfócitos nesse microambiente, é o principal responsável pelo desenvolvimento do fenótipo de obesidade;

-Outros trabalhos mostram que o acúmulo de macrófagos no tecido adiposo é o principal responsável pela obesidade. A polarização de macrófagos para os subtipos M1 (classicamente ativados) ou M2 (alternativamente ativados) dentro do tecido adiposo determina o aumento do mesmo em modelos de obesidade. Nesse contexto, o macrófago M1, inflamatório, é capaz de induzir a obesidade enquanto o macrófago do tipo M2 é considerado um regulador negativo desse processo;

-DAMPs como ceramidas, palmitatos, polipeptídios amiloides (IAPP – isletamyloidpolypeptide) ou até fragmentos de adipócitos foram descritos como agonistas da molécula NLRP3. Camundongos nocautes para moléculas do inflamassoma são protegidos da obesidade após a alimentação com dieta rica em gordura.

Dessa forma o tecido adiposo pode ser considerado um grande órgão imune que possui populações alteradas de células responsáveis por induzir inflamação.

Relacionando algumas dessas complicações, o artigo de Henao-Mejia e colaboradores (Nature, março de 2012) traz o papel da disbiose (condição de desequilíbrio da microbiota) mediada por inflamassoma regulando a progressão da doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD - Non-alcoholicfattyliverdisease) e da obesidade. O grupo mostra que camundongos nocautes para o inflamassoma (Asc-/-) desenvolvem um pior quadro de NAFLD ou obesidade (dependendo da dieta administrada) em relação ao camundongo WT. Isso se deve ao aumento da inflamação e a alteração da microbiota, que se torna transmissível para os animais WT quando estes estão alojados na mesma caixa que o animal Asc-/-. Mas como um camundongo nocaute para inflamassoma apresenta mais inflamação que o animal WT?

A inflamação nesse caso é induzida pela ativação de TLR4 e TLR9, pois uma vez que a microbiota está alterada, ocorre um aumento da permeabilidade intestinal, permitindo que as bactérias presentes no intestino ou seus produtos sejam translocados para a lâmina própria ou para o fígado, respectivamente. Esse mecanismo leva a uma sinalização capaz de produzir TNF-α e inflamação.
Adaptado de Elinavet al. 2012. Cell
Realmente, são diversas vias metabólicas e imunológicas que integradas promovem a inflamação capaz de desencadear a obesidade. Muitas perguntas ficam no ar. Afinal NLPR3 é uma molécula protetora ou indutora de obesidade? Quais seriam os mecanismos capazes de alterar a microbiota em humanos? Uma coisa todos nós concordamos, controlar a alimentação e fazer exercícios ainda é uma das melhores receitas para manter a forma e ficar longe das complicações da obesidade.
Post de Aline Sardinha e Jonilson Berlink.
FONTE: http://blogdasbi.blogspot.com.br/2012/08/journal-club-iba-complicacoes.html

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Novo critério muda cálculo do Indice de Massa Corporal

Pesquisa propõe redução do nível indicativo de obesidade e inclusão da massa gorda (gordura) no cálculo do IMC

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Mulher em uma balança
Balança: novo cálculo do IMC segue tendência mundial
Ribeirão Preto - Pesquisa da nutricionista Mirele Savegnago Mialich Grecco propõe que o indicativo de obesidade, o corte no Indice de Massa Corporal (IMC), hoje de 30 quilos por metro quadrado (kg/m2), seja de 28,38 kg/m2 para homens e 25,24 kg/m2 para mulheres. O trabalho também propõe uma nova fórmula para obter o IMC, que hoje leva em conta apenas peso e altura, passando a incluir a quantidade de massa gorda (gordura) do corpo. O estudo teve início no mestrado e continuou no doutorado, defendido em junho último no Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, sob orientação do professor Alceu Afonso Jordão Junior.

O IMC atualmente utilizado foi proposto em 1835, pelo estatístico belga Lambert Adolphe Jacques Quételet, e adotado em 1997 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como referência de medida para a obesidade. Ele é obtido pela divisão do peso da pessoa (em quilos) pelo quadrado de sua estatura (em metros). Além de indicar obesidade para pessoas com IMC igual ou superior a 30,0 kg/m2, ele é referência também para o sobrepeso, que é de 25,0 kg/m2 a 29,9 Kg/m2, e para os considerados normais, que devem estar na faixa entre 18,5 kg/m2 e 24,9 kg/m2. São considerados desnutridos aqueles que estão abaixo de 18,5kg/m2.
O estudo, segundo a pesquisadora, segue uma tendência mundial e ela acredita que no futuro os pontos de corte serão vários e divididos por faixa etária, sexo e etnia, por exemplo. “Nesse sentido, os japoneses já conseguiram a redução do índice deles, que está na faixa de 23 kg/m2. Outros países estudam sua realidade, como nos Estados Unidos. Lá, a principal pesquisa, realizada com mais de 13 mil pessoas, propõe que a classificação de obesidade deve ficar por volta de 25 kg/m2. Levando-se em consideração o IMC tradicional, esse valor, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, atualmente, é o início do sobrepeso”, explica Mirele.
No mestrado, Mirele além de propor um valor mais baixo no corte para a obesidade, também desenvolveu um novo índice, levando-se em conta a massa gorda da pessoa. O peso é multiplicado por 3 e a massa gorda por 4, e o valor é dividido pela estatura (em centímetros). No doutorado, esse índice foi aplicado e ajustado, criando-se as faixas de classificação. Dentro dessa nova proposta, os valores de risco nutricional para subnutrição ficaram entre 1,35 a 1,65; para a normalidade, entre 1,65 e 2,0, e acima de 2,0, para a obesidade. 
FONTE:  http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/saude/noticias/novo-criterio-muda-calculo-do-indice-de-massa-corporal

Alimentos gordurosos pioram o círculo vicioso que leva à obesidade

por Enio Rodrigo, do O que eu tenho
t23 Alimentos gordurosos pioram o círculo vicioso que leva à obesidade 
Um alto consumo de alimentos ricos em gorduras piora a qualidade do sono, gerando o chamado “sono fragmentado”, aquele onde a pessoa acorda várias vezes durante a noite dificultando o estado de sono profundo. E um pior sono leva ao ganho de peso. Esse círculo vicioso foi observado por uma pesquisa americana recente.
A pesquisa comparou o ritmo de sono de modelos animais, com pesos normais, e divididos em dois grupos (um que consumia altas quantidades de alimentos ricos e gordura e outros com dieta mais equilibrada). Além de um sono mais fragmentado, os indivíduos que consumiam mais gorduras tinham também mais sono durante o dia, um reflexo esperado desse tipo de sono interrompido e também comum em pessoas com obesidade.
“Pesquisas com humanos já haviam indicado a relação entre qualidade do sono e sobrepeso ou obesidade. Outros já confirmaram que um melhor sono aumenta a resistência ao ganho de peso e maior controle da saciedade”, explica Catherine Kotz, uma das autoras do estudo apresentado à Sociedade para a Pesquisa de Comportamento Alimentar.
O estudo de Kotz indica que o grande vilão deste ciclo vicioso do ganho de peso e obesidade pode ser o consumo de alimentos gordurosos. Maior consumo de gorduras piora o ritmo do sono noturno e este, por consequência, diminui a saciedade e contribui para um maior consumo calórico e aumento do peso.
* Publicado originalmente no site O que eu tenho.
(O que eu tenho) 
FONTE: http://envolverde.com.br/saude/alimentacao/alimentos-gordurosos-pioram-o-circulo-vicioso-que-leva-a-obesidade/

Superproteção das crianças pode favorecer obesidade



Uma atitude de superproteção com as crianças pode conduzir a ansiedade e, consequentemente, à obesidade pelo consumo de alimentos como procura de segurança, avançou esta segunda-feira um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), citado pela agência Lusa.

Os resultados preliminares de um estudo desenvolvido por investigadores da FMUP indicam que as crianças, “sobretudo as meninas”, que sejam educadas por pais superprotectores e “demasiado zelosos, podem ser mais propensas ao desenvolvimento da obesidade”.
De acordo com os investigadores, a atitude superprotectora dos pais leva a que as crianças tenham a imagem de um “mundo ameaçador”, sentindo ansiedade e tendo, consequentemente, “um aumento de cortisol, a hormona do stress”.
Os casos, classificados como “vinculação insegura” pelos especialistas, poderão ter “efeitos menos positivos” no desenvolvimento das crianças, levando-as a uma procura de segurança através de “conforto em actos básicos”, como a comida ou o bem-estar emocional junto de alguém.
“Os dados sugerem que, quando existe vinculação insegura, os rapazes tendem a exteriorizar o comportamento, tornando-se agressivos, por exemplo, mas as meninas parecem internalizar as emoções, comendo”, explicou Inês Pinto, estudante do programa Doutoral em Metabolismo da FMUP e investigadora principal do estudo.
A investigadora adiantou que os níveis elevados de stress sentidos pelas meninas levam a que não consigam ter sucesso quando sujeitas a dietas, visto que a comida é “a forma de obterem uma sensação de conforto e segurança”, sendo que a tentativa de abdicarem dos alimentos as deixa “frustradas”, podendo “empurrá-las para outros comportamentos, como a bulimia”.
“São casos de alimentação emocional”, afirmou Inês Pinto, indicando que a solução para este tipo de problemas requer uma alteração de emoções e uma aprendizagem de como lidar com o stress, “através de intervenções psicoterapêuticas que corrijam a relação criança/cuidador”.
De acordo com a investigadora, os pais devem procurar ajuda para as meninas que tenham excesso de peso e uma personalidade introvertida, especialmente nos casos em que a alteração da dieta não surte qualquer efeito, mencionando ainda que os profissionais envolvidos terão que estar alerta para um possível “sofrimento não visível, que tem de ser observado por um especialista em saúde mental”.
“Reencaminhar uma criança ou adolescente para um psiquiatra tem de fazer parte das boas práticas da Pediatria e da Nutrição, quando as abordagens tradicionais falham”, concluiu Inês Pinto.
O estudo foi orientado pelo director do Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental da FMUP, Rui Coelho, e por Conceição Calhau, professora e investigadora na área do Metabolismo.
FONTE: http://www.blogdrarmando.com/2012/07/23/superproteccao-das-criancas-pode-favorecer-obesidade/

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Alimentos, obesidade e agronegócio são temas importantes no livro “Muito Além da Economia Verde”, de Ricardo Abramovay




Os riscos envolvidos na ingestão e no cultivo de alimentos com excesso de agrotóxicos e de fertilizantes hidrogenados estão, há algum tempo, em pauta nos principais jornais brasileiros e estrangeiros. Em seu livro “Muito Além da Economia Verde”, lançado em junho, Ricardo Abramovay também aborda a questão e coloca em pauta a obesidade e o desmatamento. Os trechos do segundo capítulo destacados neste post foram escolhidos por trazerem observações pertinentes sobre a comida no mundo:
“Os progressos da produtividade nos últimos anos foram imensos, com a melhoria das raças e do manejo dos animais. Mas, mesmo assim, generalizar para o conjunto da humanidade o padrão americano de ingestão de carne (120 quilos por ano) ou mesmo o da média dos países desenvolvidos (mais de 80 quilos por ano) consumiria tal quantidade de produtos vegetais que conduziria, inevitavelmente, a um colapso na oferta de alimentos. O caso brasileiro é particularmente grave: o consumo de carne (bovina, suína e de frango) foi de 94 quilos per capita. A taxa média de crescimento no consumo, desde o início do século 21, foi de 1,6% ao ano.
Além disso, é sempre bom ter em mente que os 30% da superfície terrestre dedicados à pecuária eram ocupados, originalmente, por rica biodiversidade. Claro que a exploração humana dessas paisagens exige sempre algum nível de alteração de seus ecossistemas. O problema é que a pecuária é a maior responsável direta pela degradação da biodiversidade no planeta. Dos 35 ambientes mais importantes do mundo em riqueza biológica, nada menos do que 23 estão ameaçados pela pecuária. E o problema não está apenas na produção de carnes vindas de animais terrestres: de cada dez atuns, tubarões ou outros grandes peixes predadores que habitavam os oceanos na primeira metade do século 20, hoje há somente um. A situação é tão extrema que pesquisadores do Fisheries Centre da Universidade de British Columbia (Canadá) não hesitam em falar de guerra de extermínio ao caracterizarem as atividades pesqueiras atuais. A pecuária sozinha representa nada menos do que 18% de todas as emissões mundiais de gases de efeito estufa”.
“A produção de grãos multiplicou-se por quase 3 de 1960 a 2010: mas, nesse período, o consumo mundial de fertilizantes nitrogenados cresceu quase nove vezes”.
“Mas será que a erosão da biodiversidade e os recursos energéticos em que se apoia o crescimento da produção e do consumo de carne no mundo são contrapartidas inevitáveis do bem-estar? O consumo excessivo de carne “é a fonte primária de gordura saturada, responsável pelo alto risco de doenças cardiovasculares, diabetes e vários tipos de câncer. A sóbria revista britânica de saúde pública, em cujo editorial se encontra essa advertência, é corroborada por publicação científica americana voltada para doenças cardiovasculares que mostra a maior probabilidade de o alto consumo de carne se associar à obesidade. Trata-se de um padrão alimentar não apenas nocivo aos indivíduos mas que representa também um uso predatório dos recursos cada vez mais escassos diante de um planeta cuja população ainda vai crescer um terço e que ainda tem pela frente o desafio de eliminar os que hoje se encontram em situação de fome”.
Foto: Creative Commons
FONTE: http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/muito-alem-da-economia-verde/2012/07/19/alimentos-obesidade-e-agronegocio-sao-temas-importantes-no-livro-muito-alem-da-economia-verde-de-ricardo-abramovay/

Obesidade causa inflamação ou inflamação causa obesidade? Eis a questão!

A chave para a solução deste problema pode estar no equilíbrio da sua dieta
Segundo estudos divulgados na recente conferência da Harvard Medical School, há fortes evidências que a inflamação precede a obesidade. De acordo com um dos palestrantes da conferência, Eric Rimm, professor de Epidemiologia e Nutrição da referida instituição, nós não temos uma epidemia de obesidade, o que nos temos é uma epidemia de inflamação.
Para entender melhor esta situação precisamos primeiro observar a produção de ácido araquidônico (AA) também conhecido como gordura tóxica e como temos promovido tamanho desequilíbrio nutricional.
O nosso corpo precisa de AA. Mas fato é que em grande quantidade ele pode causar reações adversas para a saúde com consequências até mesmo letais.
Dois fatores alimentares têm causado tamanha elevação de AA em humanos. O primeiro deles tem sido o desequilíbrio entre ácido graxo ômega 6 e ácido graxo ômega 3; o segundo trata também da falta de equilíbrio entre proteína, gorduras e carboidratos na dieta. Esses dois fatores interagem com a enzima-chave (delta-5 desaturase) que produz AA.
Como a maioria das enzimas presentes em nosso corpo, a delta-5 desaturase é controlada primariamente por hormônios, especialmente a insulina e o glucagon, assim como pelo ácido graxo ômega 3 conhecido como ácido eicosapentaenóico (EPA). Em particular, altos níveis de EPA são necessários para inibir parcialmente a atividade da enzima delta-5 desaturase.
Até 1920, o consumo de ômega 6 era relativamente raro na alimentação americana, porque a maior fonte de gordura na dieta era porco, banha, manteiga e óleo de peixe. Eles foram substituídos por óleo vegetais baratos (milho, soja, girassol) que são ricos em ômega 6. Como o nível de ômega 6 aumentou na alimentação, nosso organismo passou a produzir mais ácido araquidônico (AA).  Concomitante a isso, o nível de ômega 3 proveniente de óleo de peixe diminuiu drasticamente.
Essa mudança no equilíbrio destes ácidos graxos na alimentação aumentou dramaticamente a produção de ácido araquidônico, aumentando assim, a inflamação silenciosa.
O que deixou essa situação ainda pior foi o fato de que simultaneamente houve um aumento de produção de insulina causada pelo aumento do consumo de alimentos refinados e processados, como carboidratos refinados, por exemplo, incluindo pizza, pasta, e pão.
Isso é praticamente o mesmo que jogar gasolina no fogo. Esses carboidratos refinados são virtualmente glicose pura, e quando eles entram na corrente sanguínea, a produção de insulina aumenta ativando a enzima delta-5 desaturase, que por sua vez produz mais ácido araquidônico.
Com isso, temos como consequência mais resistência à insulina e leptina.  Além disso, ocorre um aumento de inflamação a nível cerebral, o que causa a sensação de fome, e então ocorre essa epidemia chamada obesidade.
FONTE: http://www.drrondo.com/obesidade-causa-inflamacao-ou-inflamacao-causa-obesidade

Saúde alimentar e prevenção de obesidade começam cedo


Saúde alimentar e prevenção de obesidade começam cedo Foto: Divulgação
Obesidade é problema de saúde pública, diz coordenadora de programa de saúde

No mundo moderno, muitas pessoas costumam se alimentar incorretamente, ou por falta de tempo ou apenas porque gostam de sanduíches gordurosos, batatas fritas e salgadinhos. Os nutritivos legumes, frutas e verduras são colocados em segundo plano. Daí surgem os problemas de obesidade - que já afetam até mesmo crianças. Poder comer de tudo é bom, mas é preciso evitar exageros.
 
Aliás, segundo os especialistas é importante ter consciência de que a saúde alimentar começa cedo. Começa, na verdade, na fase em que o bebê ainda está no útero da mãe e se estende pela vida inteira.
 
Para atender quem deseja adotar uma alimentação saudável, a Secretaria de Saúde de Londrina conta com Programa de Vigilância Nutricional à Criança, que atende também adolescentes e familiares para prevenir a obesidade.
 
A enfermeira Lilian Poli de Castro, que coordena o programa saúde da criança e aleitamento materno da diretoria de ações de saúde da Secretaria Municipal da Saúde, explica que o principal objetivo é fazer vigilância nutricional de crianças, adolescentes e familiares nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O programa, implantado em janeiro do ano passado, está a todo vapor.
 
Segundo a enfermeira, o atendimento é desenvolvido por equipe multidisciplinar que envolve 10 nutricionistas do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), fisioterapeuta, educador físico, enfermeira e toda o grupo de cada UBS. “É necessário combater as formas inapropriadas de alimentação infantil visando prevenir adultos obsesos”, enfatiza Lilian.
 
Alimentação adequada
 
O programa ganha força a cada dia, conforme a profissional. “Já observamos o grande interesse da população em participar”, afirma. Ela explica que a iniciativa tem como base a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) que tem como um dos objetivos do milênio reduzir em 2/3 a mortalidade infantil no Planeta.
Lilian explica que o programa inclui várias etapas. A preventiva visa a orientação da gestante, acompanhamento da mãe após o nascimento da criança.
Outra fase é a de vigilância e acompanhamento de familiares e crianças e adolescentes sobre o peso, a obesidade, os distúrbios alimentares e exames alterados. Segundo ela, hoje é preconizado pelo Ministério da Saúde o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e continuado com alimentos oportunos. “O acompanhamento da alimentação nos dois primeiros anos de vida pode ser determinante para a saúde infantil”, explica.
A enfermeira destaca que é necessário combater as formas inapropriadas de alimentação infantil, visando assegurar mais saúde a todos. “Obesidade é um problema de saúde pública. Estamos começando a desenvolver um trabalho de base envolvendo as famílias para que tenham consciência para evitar que as crianças tenham problemas no futuro”, ressalta.
Texto: Leidi Pinheiro - Londrix Comunicação
FONTE:  http://www.planetasercomtel.com.br/viver-bem/128566/saude-alimentar-e-prevencao-de-obesidade-comecam-cedo.html

Hábitos que previnem obesidade infantil



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Conheça alguns hábitos que previnem a obesidade infantil.

A obesidade infantil é um problema mundial e vem alertando pais de todo o mundo. Conheça os hábitos que previnem o aumento exagerado de peso em crianças.

Dados recentes mostram que o número de crianças acima do peso vem aumentando no país. Para se ter ideia, o número já era alarmante no ano de 2010. Naquele ano, cerca de 15% das crianças eram obesas no Brasil. A obesidade infantil pode ser fatal, por isso merece grande atenção e orientação. Conheça abaixo quais são os hábitos que previnem a obesidade infantil.
FONTE: http://www.mundodastribos.com/habitos-que-previnem-obesidade-infantil.html

OBESIDADE INFANTIL ...


Obesidade

O número de obesos tem aumentado rapidamente no Brasil, a obesidade é uma doença, genética, progressiva e caracteriza pelo acumulo de gordura no organismo, e com esse acumulo gerando outras doenças associadas (co-morbidades).
Foram realizados estudos comparativos do Setor de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP onde mostrou que, em apenas duas décadas (entre 1974 e 1997), o número de pessoas obesas no Brasil triplicou. Outra pesquisa, realizada pela (OMS) Organização Mundial de Saúde indicou que o aumento da obesidade é um problema que atinge dezenas de países.
A Obesidade, o sobre peso é um risco para saúde como desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial e alguns tipos de câncer.
Mas fica a pergunta por que esta aumentando tão rapidamente a taxa de obesos?
As pessoas engordam simplesmente porque consomem mais calorias do que gastam. A obesidade esta ligada diretamente a alimentação e ao sedentarismo, mas claro que podem depender de outros fatores como a genética das pessoas, fatores culturais e étnicos, sua predisposição biológica e estilo de vida.
Como a perda de peso é algo que  precisa ser prevenido ao invés de combater, pois  requer muita força de vontade e disciplina. E o cuidado começa já na infância.
FONTE: http://blog.nutribrands.com.br/obesidade/

Depressão e obesidade dão aposentadoria na Justiça

Fernanda Brigatti
do Agora
Doenças da "vida moderna", a obesidade e a depressão dificilmente dão direito à aposentadoria por invalidez no posto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mas na Justiça já são consideradas como motivos para a incapacidade total para o mercado de trabalho.
O advogado previdenciário Flávio Brito Brás afirma que as doenças psiquiátricas, principalmente, têm índice alto de negativa de aposentadoria por invalidez no posto.
Ele explica que os sintomas nem sempre são visíveis e não faltam exames laboratoriais que comprovem a existência do problema.
O STJ (Superior Tribunal de Justiça), no entanto, já mandou o INSS conceder o benefício à segurada que tinha um histórico de crises de depressão profunda e síndrome do pânico.
Em outro caso, a aposentadoria foi concedida a uma segurada diagnosticada com quadro neurótico grave e transtorno de ansiedade e de depressão. 
FONTE: http://www.agora.uol.com.br/grana/ult10105u1128215.shtml

Excesso de gordos no Hemisfério Norte está a entortar a terra

Por João Henrique

Depois de milhares de anos sem problemas, o planeta Terra está a passar por preocupantes desequilíbrios estruturais ao nível da crosta terrestre.
Numa altura em que o número de obesos no mundo supera o de famintos, 1500 milhões contra 925 milhões, dados da Cruz Vermelha, as autoridades já consideram à boca pequena que é necessário mudar as prioridades e passar a investir um pouco mais em campanhas contra a obesidade em vez de lutar contra a desnutrição. A pressão exercida pelos obesos no Hemisfério Norte está a criar ondas sísmicas e grandes fissuras nas camadas rochosas que cobrem toda a superfície da terra e poderá ter consequências catastróficas. “Ou reduzimos o número de gordos no Hemisfério Norte ou temos de colocar metade deles no Hemisfério Sul para fazer equilíbrio para o planeta não tombar”, enunciou um geólogo. JH
FONTE: http://inimigo.publico.pt/Noticia/Detail/1555525

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Comer menos e melhor pode evitar a obesidade

Candidato se reúne com integrantes do projeto ‘Ciclovia Já’

Aelson Ribeiro/Divulgação
Clique para ampliar
Guilherme Maluf se reuniu com grupo de ciclistas
ASSESSORIA
Candidato a prefeito por Cuiabá, Guilherme Maluf (PSDB) encontrou com um grupo de ciclistas nesta sexta-feira (27) na praça 8 de abril para estreitar a relação com o movimento e declarar seu apoio a luta pela construção das ciclovias na capital.

Uma das bandeiras de Guilherme é transformar Cuiabá na capital das bicicletas do centro-oeste, melhorando assim a qualidade de vida e a saúde da população, diminuindo a poluição e amenizando o problema da mobilidade urbana que tem sido uma realidade frequente nos últimos anos.

Para o médico Guilherme Maluf, a bicicleta é mais do que um transporte ecologicamente correto. “A bicicleta pode reduzir o número de obesos, já que Cuiabá é a 7ª capital do país em obesidade”.

Seu Eriseu, um dos integrantes do grupo lembrou ainda do papel social das ciclovias. “Quando se investe em ciclovia está deixando de gastar com saúde, evitando que ocorram acidentes e mortes no trânsito”, lamentou.

A equipe tem registrado um ato público desde o ano passado em forma de petição e reúnem assinaturas para sensibilizar o poder público pela causa das ciclovias na capital. O documento já conta com mais de 1500 assinaturas, mas precisa chegar a 17mil para virar projeto de lei de iniciativa popular. Em Cuiabá cerca de 10 grupos ciclísticos apoiam esse movimento.

A 'Ciclovia Já' é um projeto desenvolvido por um grupo de ciclistas entre 17 e 50 anos, moradores do bairro CPA, Coxipó, Bandeirantes e Goiabeiras. Desde fevereiro em Cuiabá, toda última sexta-feira de cada mês o grupo realiza a 'pedalada', celebração intitulada ‘Massa Crítica’.

Guilherme Maluf aproveitou para convidar o grupo para o ‘Pedala Cuiabá’, evento ciclístico de sua campanha que acontece no próximo dia 5 (domingo) na Av. Beira Rio, a concentração será em frente ao Museu do Rio.

FONTE: http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=263&cid=128266

Obesidade é questão de saúde pública, diz especialista

O tratamento de obesidade tem deficiências crônicas, tanto no que diz respeito ao acesso a cirurgia quanto à difusão de informações, diz médico

Getty Images
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O aprimoramento do sistema de saúde pública em São Paulo não pode ser pensado a curto prazo, afirmam especialistas ouvidos pela reportagem. Nesse processo, defendem, é necessário investir em gestão, escolher um modelo de atendimento a ser implantado no médio e longo prazo e ter um planejamento metropolitano para a área.

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Além dessas questões, um outro problema começa a gerar grande preocupação nos experts do setor: a obesidade cada vez mais crescente da população.
Na avaliação do cirurgião Andrey Carlo Sousa Silva, membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, este é um problema de saúde pública. Andrey Carlos alerta que dentre todos os tratamentos oferecidos pela rede pública de saúde, o de obesidade tem deficiências crônicas, tanto no que diz respeito ao acesso a cirurgia quanto à difusão de informações para evitar o problema. "O Brasil tem hoje 45% da população acima do peso. Estamos muito próximo dos Estados Unidos, que apresentam índice de 53%. Além disso, a obesidade infantil aumentou em 240% nos últimos oito anos", destaca.
FONTE: http://saude.ig.com.br/alimentacao-bemestar/2012-07-25/obesidade-e-questao-de-saude-publica-diz-especialista.html

 

Mídia e obesidade infantil

Obesidade é questão de saúde pública, diz especialista

Obesidade é questão de saúde pública, diz especialista

Getty Images
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O aprimoramento do sistema de saúde pública em São Paulo não pode ser pensado a curto prazo, afirmam especialistas ouvidos pela reportagem. Nesse processo, defendem, é necessário investir em gestão, escolher um modelo de atendimento a ser implantado no médio e longo prazo e ter um planejamento metropolitano para a área.

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Além dessas questões, um outro problema começa a gerar grande preocupação nos experts do setor: a obesidade cada vez mais crescente da população.
Na avaliação do cirurgião Andrey Carlo Sousa Silva, membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, este é um problema de saúde pública. Andrey Carlos alerta que dentre todos os tratamentos oferecidos pela rede pública de saúde, o de obesidade tem deficiências crônicas, tanto no que diz respeito ao acesso a cirurgia quanto à difusão de informações para evitar o problema. "O Brasil tem hoje 45% da população acima do peso. Estamos muito próximo dos Estados Unidos, que apresentam índice de 53%. Além disso, a obesidade infantil aumentou em 240% nos últimos oito anos", destaca.
FONTE: http://saude.ig.com.br/alimentacao-bemestar/2012-07-25/obesidade-e-questao-de-saude-publica-diz-especialista.html

 

Tire suas dúvidas sobre a cirurgia de redução de estômago


Getty Images
Obesidade: esclareça suas dúvidas sobre essa doença

A solução para a obesidade está no bisturi? A barriga de chope ameaça a saúde? Como perder peso e nunca mais recuperá-lo? Existe gordura invisível?
Todas estas dúvidas podem ser respondidas hoje (27), pelo médico cirurgião gástrico Luiz Vicente Berti. A partir das 16h, ele participa do chat na TV iG e vai responder as principais dúvidas sobre emagrecimento saudável, cirurgia bariátrica (chamada também de redução de estômago) e os principais avanços da medicina para tratar a epidemia de obesidade que afeta todos os países do mundo.
Luiz Vicente Berti é cirurgião do aparelho digestivo e diretor do Centro de Cirurgia Obesidade e Metabólica. Com 20 anos de experiência em cirurgia, o especialista é um dos precursores da cirurgia bariátrica e já realizou mais de 3.500 operações do tipo.
FONTE: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2012-07-27/tire-suas-duvidas-sobre-a-cirurgia-de-reducao-de-estomago.html

Descoberto novo tipo de gordura boa, a gordura bege

Descoberto novo tipo de gordura boa, a gordura bege
Parece haver uma transição entre os tipos de gordura. Enquanto a gordura branca armazena energia, e nos faz engordar, as gorduras marrom e bege queimam energia. [Imagem: Wu et al./Cell]
A cor da gordura
Também chamada de "gordura boa", a gordura marrom encontrada no corpo humano agora tem uma companheira - a gordura bege.
É o que garante um novo estudo no qual os pesquisadores pela primeira vez caracterizaram plenamente esse tipo de tecido que, ao contrário do que possa parecer, combate a obesidade e tem importante papel no sistema imunológico.
As descobertas podem levar a formas mais específicas para enfrentar a obesidade e o diabetes, eventualmente por meio do incremento dessas células de gordura bege, dizem os pesquisadores.
Tipos de células de gordura
O estudo parece indicar que existem células gorduras de diversos tipos e diversas funções, eventualmente com alterações de funções.
"Nós identificamos um terceiro tipo de célula de gordura," explica Bruce Spiegelman, da Escola de Medicina de Harvard (EUA). "Há a gordura branca, a gordura marrom, e agora a gordura bege. Este terceiro tipo de gordura bege está presente na maioria ou em todos os seres humanos."
Na verdade, sempre se pensou que a gordura marrom existisse apenas em bebês, servindo para mantê-los aquecidos.
Mas dados de imageamento médico mais recentes - e mais precisos - mostram que os adultos também mantêm um pouco dessa gordura saudável.
Origem da gordura marrom
Mas a equipe de Spiegelman já havia mostrado anteriormente que a gordura marrom queimadora de energia, encontrada no meio da gordura branca armazenadora de energia em adultos, não era exatamente a gordura marrom clássica que se vê em bebês.
A gordura marrom dos bebês vem dos músculos, enquanto nos adultos as células de gordura marrom surgem do "escurecimento" da gordura branca.
No novo estudo, a equipe de Spiegelman clonou células bege retiradas do tecido adiposo de camundongos para estudar a sua atividade em nível genético.
Os perfis de expressão mostraram que, geneticamente, as células bege estão em um ponto entre a gordura branca e a gordura marrom.
Inicialmente, elas têm baixos níveis de UCP1 (proteína desacopladora 1), um ingrediente chave para a queima de energia e geração de calor, níveis semelhantes aos da gordura branca.
Mas as células bege também têm uma notável capacidade de incrementar sua expressão de UCP1, iniciando um programa de queima de energia que é equivalente àquele da gordura marrom clássica, a dos bebês.
Irisina
A equipe também descobriu que as células bege respondem a um hormônio conhecido como irisina, para ativar o programa de queima de energia.
Isso é particularmente notável porque a irisina é liberada pelos músculos mediante exercícios físicos, e é responsável por alguns dos benefícios que a atividade física traz.
Ou seja, a irisina pode ser o tratamento há muito procurado para aumentar a queima de células de gordura.
Além do potencial terapêutico, as novas descobertas podem levar a novas e melhores maneiras para caracterizar as significativas diferenças entre as pessoas quanto ao número de células bege que cada uma possui, diz o Dr. Spiegelman.
FONTE: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=gordura-bege&id=8004

Comer menos e melhor é mais importante que fazer mais exercício

o ritmo metabólico dos membros da tribo não era diferente da dos cidadãos do mundo moderno  
O ritmo metabólico dos membros da tribo não era diferente da dos cidadãos do mundo moderno (Adem Altan/AFP)
Investigadores usaram uma tribo de caçadores da Tanzânia para perceber a obesidade e concluiram que "a grande razão pela qual os ocidentais estão a ficar gordos é porque comem demasiado - não tanto porque se exercitam de menos”.

Não é novidade que há cada vez mais pessoas obesas. Estima-se que em 2015 uma em cada dez pessoas do mundo seja obesa e que um terço da população mundial tenha excesso de peso, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Porém, até agora, os cientistas ainda não tinham conseguido perceber exactamente se isso se devia mais à falta de exercício ou às grandes quantidades de comida ingerida, sendo certo que o padrão actual combina estes dois erros: vida sedentária e grandes porções de comida contendo gorduras saturadas e muito açúcar.

Precisamente para tentar perceber qual destes dois erros é actualmente mais responsável pelos níveis de obesidade existentes no mundo, cientistas dos EUA, Reino Unido e Tanzânia decidiram ir estudar uma tribo que mantivesse os níveis de actividade física dos humanos da era pré-industrial, altura a partir da qual as máquinas começaram a fazer o trabalho quase todo por nós.

Este estudo - publicado na revista científica PLoS ONE - foi realizado junto da tribo Hadza, que vive no norte e centro da Tanzânia, mais concretamente junto de 30 homens e mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos. Precisamente porque estas pessoas continuam a levar a cabo as suas tarefas de caça e recolecção de alimentos com instrumentos e ferramentas rudimentares, foi medida a actividade física despendida por estes humanos no seu dia-a-dia. Surpreendentemente, os investigadores concluíram que apesar de os níveis de actividade física dos seres humanos desta tribo serem mais elevados, quando se fez a comparação com os humanos ocidentais - tendo em conta as diferenças de altura e peso - ficou claro que o ritmo metabólico dos membros da tribo não era diferente da dos cidadãos do mundo moderno.

Herman Pontzer, do departamento de antropologia do Hunter College, em Nova Iorque, e que coordenou o estudo, afirmou - citado pela BBC - que toda a gente partiu da assunção que os membros da tribo gastariam centenas de calorias a mais que os adultos que vivem na Europa e nos EUA, mas que afinal os gastos de energia não são assim tão diferentes. E, por isso, a responsabilidade pela epidemia de obesidade deverá antes ser assacada à quantidade e qualidade da comida que ingerimos e não tanto à falta de exercício.

“Para mim isto revela que a grande razão pela qual os ocidentais estão a ficar gordos é porque comem demasiado - não tanto porque se exercitam de menos”, afirmou Herman Pontzer, citado pela BBC.

“Ser activo é muito importante para a saúde, mas isso apenas não nos mantém magros - precisamos de comer menos para que isso aconteça”, acrescentou.
FONTE: http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/comer-menos-e-melhor-e-mais-importante-que-fazer-mais-exercicio-1556426

Marca-passo no cérebro será testado contra obesidade

Usado há quase duas décadas no controle dos sintomas da doença de Parkinson, o marca-passo cerebral será testado pela primeira vez no Brasil para obesidade mórbida e depressão.

A esperança é adicionar mais uma opção ao arsenal de tratamentos, como medicamentos e cirurgia.

As pesquisas serão desenvolvidas no Centro de Neurociência do HCor (Hospital do Coração) em parceria com o Ministério da Saúde, por meio do IEP (Instituto de Ensino e Pesquisa) do hospital.

Dois neurocirurgiões brasileiros que acabam de voltar ao país depois de uma longa temporada nos EUA serão os responsáveis pelos estudos.

Professores de neurocirurgia na UCLA (Universidade da Califórnia), Antonio De Salles e Alessandra Gorgulho têm vasta experiência na área.

O grupo de pesquisa do qual fazem parte realizou estudos para o tratamento da depressão com essa técnica. E ambos já desenvolveram pesquisas com a estimulação elétrica cerebral em primatas e suínos para tratar a obesidade mórbida.

"Trata-se de uma ferramenta útil e poderosa que está sendo usada cada vez mais em outras áreas. Com o advento da tecnologia, o potencial de crescimento é enorme", afirma Gorgulho.

Ela diz que no Canadá há uma linha de pesquisa que estuda a técnica para mal de Alzheimer e o próprio casal já fez estudos em animais para o tratamento de estresse pós-traumático.

COMO FUNCIONA

No tratamento da doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento, eletrodos são inseridos no cérebro e ligados a um marca-passo colocado sob a pele.

Por meio de impulsos elétricos, os sinais do cérebro que geram tremores e rigidez muscular são inibidos. O tratamento é reversível.

Já para tratar a depressão um dos novos estudos vai testar a eficácia da neuromodulação no nervo trigêmeo, cujas fibras carregam informações sensoriais e as projetam para estruturas do cérebro envolvidas na doença.

Pela primeira vez, os eletrodos serão implantados sob a pele nesse nervo e conectados a um marca-passo para tratar a depressão. A pesquisa deverá ter 22 participantes.

Para a obesidade mórbida o objetivo é implantar eletrodos cerebrais em uma área responsável pela saciedade em seis pacientes que não obtiveram sucesso com a cirurgia bariátrica.

"Também será a primeira vez que os eletrodos serão implantados nesse alvo do hipotálamo para obesidade. A ideia é verificar segurança e viabilidade", diz Gorgulho.

Segundo Henrique Ballalai, da Academia Brasileira de Neurologia, um estudo como esse faz bastante sentido porque há áreas do cérebro que controlam o apetite.

"Mas tem que ter um grande comprometimento; não se pode pensar que isso poderá ser usado para estética", diz.

Otávio Berwanger, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa do HCor, diz que a pesquisa visa uma nova alternativa para os pacientes com obesidade avançada que falharam com todas as opções de tratamento.

Ele ressalta, porém, que se tratam de pesquisas iniciais, que devem ter início em 2013. Apesar de a técnica cirúrgica ser segura e conhecida, é necessário que os estudos apontem que ela também é eficaz para essas novas aplicações.
FONTE:  http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/fisiologia/22930-marca-passo-no-cerebro-sera-testado-contra-obesidade

Obesidade é questão de saúde pública



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Um problema começa a gerar grande preocupação nos experts do setor: a obesidade cada vez mais crescente da população
Foto: Divulgação


O aprimoramento do sistema de saúde pública em São Paulo não pode ser pensado a curto prazo, afirmam especialistas ouvidos pela Agência Estado. Nesse processo, defendem, é necessário investir em gestão, escolher um modelo de atendimento a ser implantado no médio e longo prazo e ter um planejamento metropolitano para a área. Além dessas questões, um outro problema começa a gerar grande preocupação nos experts do setor: a obesidade cada vez mais crescente da população. Na avaliação do cirurgião Andrey Carlo Sousa Silva, membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, este é um problema de saúde pública.

Andrey Carlos alerta que dentre todos os tratamentos oferecidos pela rede pública de saúde, o de obesidade tem deficiências crônicas, tanto no que diz respeito ao acesso a cirurgia quanto à difusão de informações para evitar o problema. "O Brasil tem hoje 45% da população acima do peso. Estamos muito próximo dos Estados Unidos, que apresentam índice de 53%. Além disso, a obesidade infantil aumentou em 240% nos últimos oito anos", destaca.

Para o médico, se medidas urgentes não forem adotadas, o perfil do brasileiro será o de obeso. Dentre as medidas, ele destaca os investimentos em educação. "A sala de aula é o caminho para evitarmos problemas futuros de obesidade e outras patologias decorrentes do aumento excessivo de peso. Ensinar a criança sobre alimentação, práticas esportivas, cuidados básicos da saúde, é garantir um paciente a menos quando na fase adulta", explica.

Ele adverte, contudo, que se a saúde já estiver comprometida pela obesidade, outro problema há de ser enfrentado: a falta de tratamento na rede pública e de vagas para cirurgias. "Hoje, o paciente espera entre 5 a 7 anos para ser operado. Muitas vezes, morre antes de conseguir ser atendido", comenta. "A falta de vontade política tem causado muita dor e sofrimento. Recursos existem, porém, o que falta, é um choque de gestão para atender a população obesa", destaca o especialista.

OUTROS DESAFIOS
- Na avaliação do médico e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Marcos Balzi, há dois grandes desafios a serem enfrentados na cidade de São Paulo: insuficiência de recursos e ineficiência dos serviços. "Investe-se pouco em saúde e há desperdício no sistema", aponta o professor. Na questão dos recursos, ele defende que seja revista a proposta da constituição de oferecer um sistema "integral e universal" de saúde. "O poder público tem que oferecer alternativas através de prioridades. O processo de priorização não está tão claro no sistema de saúde (atualmente). Doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, deviam ser priorizadas nas ações públicas", afirma. Para ele, é necessário também uma gestão mais eficiente, para "evitar desperdícios" e "agilizar as tomadas de decisão".

Já o professor do Departamento de Saúde Pública da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Valdemar Pereira de Pinho defende um modelo com a atenção básica à saúde coberta pelo programa Saúde da Família para cada grupo de até 4,5 mil pessoas. Ele defende que os prontos-socorros deveriam ser voltados para emergências e urgências. Pinho afirma, no entanto, que o "gigantismo" de São Paulo e a "região metropolitana", que envia usuários para os centros municipais, "dificultam o planejamento". "(Nas cidades menores) há uma estimativa da população e demanda. São Paulo engloba alguns milhões de pessoas a mais, que circulam pela cidade vindos da região metropolitana. Isso é uma grande dificuldade para o planejamento", afirma o professor. Para ele, as cidades da Grande São Paulo deveriam fazer planos conjuntos para a saúde.

Tanto Balzi quanto Pinheiro concordam que apenas um mandato não é o suficiente para implantar uma rede que atenda todas as necessidades da população. "Não é um ou quatro anos que daria para fazer isso. Mas ter um plano de aumentar gradualmente, ano a ano, de forma contínua seria o mais eficiente", defende Pinheiro. Balzi alerta para a visão de "curto prazo" que domina o debate. "Uma questão é a visão de curto prazo que o Sistema de Saúde tem. É um sistema complexo, dinâmico e muito criativo. Necessita de planejamento de longo prazo. Não podem ser considerados investimentos de curto prazo, sob risco de criar esqueletos (prédios) sem recheio (equipamentos e médicos)".
Fonte: Agência Estado
FONTE:  http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/saude/noticia/2012/07/25/obesidade-e-questao-de-saude-publica-357011.php