José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Novo critério muda cálculo do Indice de Massa Corporal

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Novo critério muda cálculo do Indice de Massa Corporal

Pesquisa propõe redução do nível indicativo de obesidade e inclusão da massa gorda (gordura) no cálculo do IMC

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Mulher em uma balança
Balança: novo cálculo do IMC segue tendência mundial
Ribeirão Preto - Pesquisa da nutricionista Mirele Savegnago Mialich Grecco propõe que o indicativo de obesidade, o corte no Indice de Massa Corporal (IMC), hoje de 30 quilos por metro quadrado (kg/m2), seja de 28,38 kg/m2 para homens e 25,24 kg/m2 para mulheres. O trabalho também propõe uma nova fórmula para obter o IMC, que hoje leva em conta apenas peso e altura, passando a incluir a quantidade de massa gorda (gordura) do corpo. O estudo teve início no mestrado e continuou no doutorado, defendido em junho último no Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, sob orientação do professor Alceu Afonso Jordão Junior.

O IMC atualmente utilizado foi proposto em 1835, pelo estatístico belga Lambert Adolphe Jacques Quételet, e adotado em 1997 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como referência de medida para a obesidade. Ele é obtido pela divisão do peso da pessoa (em quilos) pelo quadrado de sua estatura (em metros). Além de indicar obesidade para pessoas com IMC igual ou superior a 30,0 kg/m2, ele é referência também para o sobrepeso, que é de 25,0 kg/m2 a 29,9 Kg/m2, e para os considerados normais, que devem estar na faixa entre 18,5 kg/m2 e 24,9 kg/m2. São considerados desnutridos aqueles que estão abaixo de 18,5kg/m2.
O estudo, segundo a pesquisadora, segue uma tendência mundial e ela acredita que no futuro os pontos de corte serão vários e divididos por faixa etária, sexo e etnia, por exemplo. “Nesse sentido, os japoneses já conseguiram a redução do índice deles, que está na faixa de 23 kg/m2. Outros países estudam sua realidade, como nos Estados Unidos. Lá, a principal pesquisa, realizada com mais de 13 mil pessoas, propõe que a classificação de obesidade deve ficar por volta de 25 kg/m2. Levando-se em consideração o IMC tradicional, esse valor, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, atualmente, é o início do sobrepeso”, explica Mirele.
No mestrado, Mirele além de propor um valor mais baixo no corte para a obesidade, também desenvolveu um novo índice, levando-se em conta a massa gorda da pessoa. O peso é multiplicado por 3 e a massa gorda por 4, e o valor é dividido pela estatura (em centímetros). No doutorado, esse índice foi aplicado e ajustado, criando-se as faixas de classificação. Dentro dessa nova proposta, os valores de risco nutricional para subnutrição ficaram entre 1,35 a 1,65; para a normalidade, entre 1,65 e 2,0, e acima de 2,0, para a obesidade. 
FONTE:  http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/saude/noticias/novo-criterio-muda-calculo-do-indice-de-massa-corporal

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