José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Obesidade é maior entre meninas, diz estudo

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Obesidade é maior entre meninas, diz estudo


Letícia e o marido Fernando buscam estimular os hábitos saudáveis nos dois filhos desde cedo

Pesquisa feita em Santa Cruz apontou crescimento significativo dos índices de sobrepeso em crianças e adolescentes
Mais do que um incômodo estético que pode motivar o bullying, em especial durante a infância e a adolescência, a obesidade representa perigo à saúde, já que é a causa de doenças cardiovasculares. Em Santa Cruz do Sul, os índices de sobrepeso entre crianças e adolescentes acenderam a luz de alerta para um grave problema de saúde pública.
Um estudo interdisciplinar realizado entre professores e mestrandos vinculados ao mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) evidenciou 18,6% e 22,3% de excesso de peso em meninos, nos anos de 2005 e 2008, respectivamente. Nas meninas, o percentual foi de 22,6% e 14,6%. A pesquisa envolveu 414 estudantes – com idades entre 7 e 17 anos, de escolas públicas e privadas de Santa Cruz – e foi publicada em forma de artigo na Revista da Associação Médica Brasileira.
Para chegar aos resultados, o grupo observado em 2005 foi reavaliado três anos depois. A obesidade foi investigada por meio do índice de massa corpórea (IMC) e percentual de gordura. Em relação ao IMC, as meninas tiveram uma redução, ao passo que registraram aumento significativo de gordura corporal.
“Isso pode ser explicado pela transição hormonal que ocorre durante a puberdade, quando há estimulação do desenvolvimento de gordura corporal pelo hormônio estrogênio, aumentando o acúmulo de gordura e reduzindo a proporção de massa muscular”, esclarece a professora Miria Suzana Burgos, coordenadora da pesquisa e do mestrado em Promoção da Saúde da Unisc. Ela salienta que o IMC não reflete a composição corporal, pois indica apenas se o peso está adequado para a altura, sem distinguir valores de gordura ou massa magra.
Os dados preocupam, uma vez que crianças e adolescentes apresentam riscos significativos de desenvolver doenças crônicas quando adultas, como diabete e complicações cardiovasculares. Embora a obesidade tenha múltiplas causas, Miria acredita que o estilo de vida inadequado é o principal responsável pelo aumento da incidência do problema. “Ações multidisciplinares são fundamentais, com o engajamento de diversos profissionais, principalmente os da área da saúde e escolar”, sugere.
Uma alimentação balanceada e a prática de atividade física são essenciais no combate ao sobrepeso. Para introduzir hábitos saudáveis desde cedo nos filhos, frutas e verduras têm espaço garantido nas compras da administradora Letícia Lederer Tornquist, 38 anos. Misturar a cenoura e a beterraba com o feijão foi a estratégia para, aos poucos, acostumar Felipe e Pedro, de 4 e 2 anos, a comerem alimentos ricos em vitaminas.
“Hoje eles comem porque meu marido, Fernando, e eu, damos o exemplo. Eles querem nos imitar”, conta. Exceções como refrigerantes e chocolates, só nos finais de semana. “Ainda assim, preferimos o meio amargo porque é mais saudável”, diz.
FONTE: http://www.gaz.com.br/noticia/388496-obesidade_e_maior_entre_meninas_diz_estudo.html

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