José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Risco de obesidade infantil pode ser previsto no nascimento, diz pesquisa

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Risco de obesidade infantil pode ser previsto no nascimento, diz pesquisa


Uma nova ferramenta promete calcular o risco de uma criança desenvolver obesidade infantil logo no nascimento.
Os criadores esperam que sua descoberta estimule os pais das crianças a prevenir a doença cedo o suficiente para melhorar a saúde do filho.
  A ferramenta foi desenvolvida por Anita Morandi, da Universidade de Verona, na Itália. Ela e seus colegas analisaram dados de 4.032 finlandeses nascidos em 1986. Mais precisamente, eles queriam investigar quais fatores poderiam ajudar a prever obesidade real. Esses fatores incluíam o índice de massa corporal (BMI, na sigla em inglês), peso ao nascer, a profissão da mãe e se ela fumava durante a gravidez.
  Dos dados, eles derivaram uma fórmula chamada “calculadora de risco de obesidade”, que foi testada em dados de nascimento de 1.503 crianças italianas que hoje têm entre 4 e 12 anos de idade, além de 1.032 crianças americanas com 7 anos. Com a fórmula, eles previram que alguns bebês tinham risco de se tornarem obesos – no fim das contas, 75% deles realmente se tornaram.
Previsões nocivas
Segundo Anita, a ferramenta poderia ser usada para identificar crianças sem quase nenhum risco de se tornarem obesas, sendo que as outras teriam riscos de graus variados. Mas seria apropriado realizar prevenções focadas em todas elas.
Há algumas ressalvas que devem ser feitas. Anita afirmou ao NewScientist  que a fórmula não funciona em algumas mutações genéticas que resultam em genespresentes nos bebês, porém ausentes nos pais. Essa alteração aumenta o risco de obesidade infantil
Charlotte Wright, da Universidade de Glasgow, Reino Unido, afirma que cerca de 25% das previsões da fórmula são alarmes falsos que podem levar os pais a tomarem medidas desnecessárias com suas crianças – em alguns casos, as consequências podem ser nocivas.
  Um outro fator há de ser considerado: o ambiental. Afinal, tudo aquilo que cerca a criança pode acabar aumentando ou diminuindo o risco dela desenvolver a doença, segundo o pesquisador de saúde, Joan Costa-i-Font da Escola de Economia de Londres. E estes, segundo ele, são difíceis de prever.
Estigmatização
Neil Thomas, da Universidade de Birmingham, Reino unido, acredita na precisão do modelo, mas ele questiona a eficácia da ferramenta na prática. Um problema, por exemplo, é se deveríamos coletar o BMI de pais obesos – a estigmatização pode levar os que estão em risco a serem excluídos.
Ainda que os pais consigam prever o risco de obesidade com a ferramenta, eles podem não saber exatamente o que fazer para evitar o problema, diz Neil. Seria necessário que as pessoas adotassem mudanças no estilo de vida, mas “várias pressões sociais trabalham contra isso”, diz ele.
FONTE: http://www.jornalciencia.com/saude/corpo/2232-risco-de-obesidade-infantil-pode-ser-previsto-no-nascimento-diz-pesquisa

Nenhum comentário:

Postar um comentário