Uma nova ferramenta promete calcular o risco de uma criança desenvolver obesidade infantil logo no nascimento.
Os criadores esperam que sua descoberta estimule os pais das crianças a prevenir a doença cedo o suficiente para melhorar a saúde do filho.
Previsões nocivas
Segundo Anita, a ferramenta poderia ser usada para identificar crianças sem quase nenhum risco de se tornarem obesas, sendo que as outras teriam riscos de graus variados. Mas seria apropriado realizar prevenções focadas em todas elas.
Há algumas ressalvas que devem ser feitas. Anita afirmou ao NewScientist que a fórmula não funciona em algumas mutações genéticas que resultam em genespresentes nos bebês, porém ausentes nos pais. Essa alteração aumenta o risco de obesidade infantil
Charlotte Wright, da Universidade de Glasgow, Reino Unido, afirma que cerca de 25% das previsões da fórmula são alarmes falsos que podem levar os pais a tomarem medidas desnecessárias com suas crianças – em alguns casos, as consequências podem ser nocivas.
Estigmatização
Neil Thomas, da Universidade de Birmingham, Reino unido, acredita na precisão do modelo, mas ele questiona a eficácia da ferramenta na prática. Um problema, por exemplo, é se deveríamos coletar o BMI de pais obesos – a estigmatização pode levar os que estão em risco a serem excluídos.
Ainda que os pais consigam prever o risco de obesidade com a ferramenta, eles podem não saber exatamente o que fazer para evitar o problema, diz Neil. Seria necessário que as pessoas adotassem mudanças no estilo de vida, mas “várias pressões sociais trabalham contra isso”, diz ele.
FONTE: http://www.jornalciencia.com/saude/corpo/2232-risco-de-obesidade-infantil-pode-ser-previsto-no-nascimento-diz-pesquisa
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