José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Relatório publicado na The Lancet afirma que obesidade é uma crise de saúde global que supera a fome.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Relatório publicado na The Lancet afirma que obesidade é uma crise de saúde global que supera a fome.

Obesidade É Crise Maior do que a Fome

A obesidade é uma crise de saúde global maior do que a fome. Além disso, é a principal causa de incapacidade em todo o mundo. A afirmação é de um relatório publicado recentemente na revista médica britânica The Lancet.

Para criar o relatório Global Burden of Disease Report, cerca de 500 pesquisadores de 50 países compararam dados de saúde do período entre 1990 e 2010. A conclusão foi o que eles denominaram de uma grande mudança nas tendências globais de saúde.

De acordo com o documento, mais de 65 milhões de pessoas ou 40% da população brasileira estão com excesso de peso, enquanto 10 milhões são obesos.

O relatório também aponta que todos os países, com exceção dos subsaarianos, enfrentam taxas de obesidade alarmantes – um aumento de 82% globalmente nas últimas duas décadas. 

Nos países do Oriente Médio há mais obesos do que nunca, com um aumento de 100% desde 1990.

Dessa forma, problemas de saúde relacionados a índices de massa corporal (IMC)elevados agora superam os relacionados à fome. 

Topo da Lista

Pela primeira vez, doenças não transmissíveis, como diabetes, acidente vascular cerebrale doenças cardíacas estão no topo da lista de causas que deixaram as pessoas enfermas por mais tempo.

Segundo Ali Mokdad, coautor do estudo e professor da Universidade de Washington (EUA), houve uma grande mudança na mortalidade. Crianças que faleciam de doenças infecciosas estão se saindo muito bem com a imunização. No entanto, “o mundo agora é obeso e estamos vendo o impacto disso”, afirmou.

Ali Mokdad acrescentou que o estilo de vida ocidental está sendo adaptado em todo o mundo com as mesmas consequências.

“Estamos vendo até uma grande porcentagem de pessoas que sofrem de dor nas costas agora. Se pudéssemos reduzir as taxas de obesidade, veríamos o número de doenças não transmissíveis e de dor diminuírem também”, explicou.

O relatório aponta que, em média, as pessoas são atormentadas por doença ou dores durante os últimos 14 anos de vida, comprometendo a qualidade da mesma.

Nos países ocidentais, as mortes por doenças cardíacas são abaixo de 70%, mas o número de pessoas diagnosticadas com doenças cardíacas está aumentando em taxas alarmantes.

Desafio

De acordo com a Dra. Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial de Saúde, as doenças não transmissíveis são um desafio global de “proporções epidêmicas”.

Em um discurso para a Assembleia Geral da ONU, ano passado, ela disse que são um “desastre em câmera lenta”. No mesmo ano, a ONU aprovou uma “declaração política” destinada a conter a onda crescente de doenças não transmissíveis.

Assim, mudar o foco de tratar doenças não transmissíveis a preveni-las pode ser muito benéfico, inclusive para a economia.

A estimativa é de elas vão custar mais de US$ 30 trilhões nos próximos 20 anos. 

FONTE: http://www.abeso.org.br/lenoticia/962/obesidade-e-crise-maior-do-que-a-fome.shtml

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