Consumo exagerado de sódio contribui para a obesidade e outras doenças
A estudante Thaís de Souza da Silva (23) está acima do peso porque
não mantinha hábitos de vida saudáveis. “Comia muito fast food – pelo
menos três vezes por semana. Também comia muita fritura, gordura e
doces”, conta. Estes são alguns dos alimentos ricos em sódio, substância
que, quando ingerida em excesso, auxilia no desenvolvimento da
obesidade.
O Ministério da Saúde também
quer que a população brasileira consuma menos sódio. Além de não
incentivar o uso exagerado de sal no preparo dos alimentos, o órgão
também firmou um contrato com a Associação Brasileira das Indústrias Alimentares (ABIA)
para reduzir o teor de sódio em alimentos processados no Brasil. A
expectativa é retirar, até 2020, mais de 20 mil toneladas de sódio do
mercado brasileiro. O termo de compromisso prevê a redução da substância
em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais, macarrões
instantâneos, bisnagas, pão de forma, pão francês, mistura para bolos,
salgadinhos de milho, batata frita/palha, biscoitos e maionese.
O sódio regula a quantidade de líquidos que ficam dentro e fora das
células. Quando há excesso do nutriente no sangue, ocorre uma alteração
no equilíbrio entre esses líquidos sobrecarregando o coração e os rins,
situação que pode levar à hipertensão. O coordenador substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde,
Eduardo Nilson, destaca que substituir temperos e observar as
embalagens dos alimentos industrializados são maneiras práticas de
diminuir o consumo de sódio. “A primeira etapa é o uso racional do sal
de cozinha, tanto no preparo, quanto no consumo, buscando se possível
até substitutos, outros temperos, para diminuir o uso desse sal. E, além
disso, no caso dos alimentos processados, sempre comparando embalagens.
Na rotulagem nutricional vai se ver porque tem uma grande variedade
para a mesma categoria entre teores de sódio.”, explica.
Há um mês Thaís procurou ajuda no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)
para combater à obesidade. “O tratamento do NASF se baseia na
alimentação saudável. Então a nutricionista montou um plano que muda os
hábitos alimentares e incentiva a prática de exercícios físicos”,
destaca a estudante. Ela também conta que eliminou o fast food de sua
vida e que já diminuiu bastante o consumo de doces.
Dados do Ministério da Saúde revelam que o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta, anualmente, R$ 488 milhões com o tratamento de doenças associadas à obesidade. Os números integram pesquisa da Universidade de Brasília (UnB),
que analisou dados de internação e de atendimento de média e alta
complexidade relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26
doenças relacionadas ao problema. “Este é o momento de o Brasil agir em
todas as áreas, prevenção e tratamento, atuando com todas as faixas
etárias e classes sociais, com um esforço pra quem tem obesidade grave”,
ressalta o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Recomendação – A Organização Mundial de Saúde (OMS)
recomenda que o ideal é não ultrapassar o limite de consumo de 2 gramas
de sódio por dia, o equivalente a 5 gramas de sal. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários, valor além do dobro do recomendado.
O termo de compromisso estabelece o acompanhamento das informações da
rotulagem nutricional dos produtos e as análises laboratoriais de
produtos coletados no mercado e da utilização dos ingredientes à base de
sódio pelas indústrias.
Qualidade de Vida – Além de combater à obesidade, a
redução do sódio da alimentação evita o desenvolvimento de hipertensão
arterial, uma das Doenças Crônicas Não Transmissíveis combatidas pelo
Ministério da Saúde.
FONTE: http://www.blog.saude.gov.br/consumo-exagerado-de-sodio-contribui-para-a-obesidade-e-outras-doencas/
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