José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Especialistas discutem tratamentos contra a obesidade em Florianópolis

terça-feira, 16 de abril de 2013

Especialistas discutem tratamentos contra a obesidade em Florianópolis


Congresso apresenta novas técnicas de cirurgia de redução de estômago

Indicada para pessoas com obesidade mórbida, a gastrec­tomia vertical ou gastoplatia em manga, o tipo de operação de redução do estômago que mais cresce atualmente em todo mundo, é o tema do congresso Sleeve Brazil 2013, que come­çou na sexta-feira e termina neste sábado em Florianópolis. O evento, organizado pelos mé­dicos Alcides José Branco Filho, Nilton Tokio Kawahara e Ricar­do Baratieri, em parceria com o SOS Cárdio, reúne especialistas brasileiros e internacionais no tratamento da obesidade. Os médicos assistem a cirurgias acompanhadas de palestras, o que será repetido neste sábado.

Andrey Rodrigues/Divulgação/ND
Congresso cirurgia de redução de estômago
Cirurgias são transmitidas ao vivo para os participantes do congresso
O Brasil registrou 70 mil operações de redução de estô­mago no ano passado. Em 2003 foram 16 mil, sendo a capela o tipo mais comum.
A gastoplastia em manga (sleeve, em inglês) consiste na retirada de 85% do estômago do paciente. O órgão é grampeado, cortado e costurado. Segundo Alcides Branco Filho, respon­sável pelo serviço de cirurgias bariátricas da SantaCasa de Mi­sericórdia de Curitiba, a técnica foi criada há 12 anos, e se dife­rencia das demais porque não realiza intervenções no intes­tino. “Isso garante a absorção dos nutrientes”, diz. No Brasil, foi aprovada pelo Ministério da Saúde há três anos e é feita pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Um dos destaques do con­gresso é o médico canadense Michel Gagner, que aplicou a técnica de cirurgia por vídeo à gastrectomia. Um fino tubo com uma câmera na ponta é inserido na barriga, aumentando a visão em 20 vezes, também inflan­do-a com ar. A operação é feita a partir de outros três ou quatro furinhos nos quais são inseridos os instrumentos.
Gagner afirma que a redu­ção de estômago nunca deve ser encarada como uma solução para a obesidade, e que ela não significa a cura para o mal que tanto cresce nos últimos anos. “A pessoa não fica livre para ser obesa e depois ser operada. A operação tem riscos, e o melhor tratamento para a obesidade é a prevenção. No caso de obesida­de mórbida, as indicações clíni­cas, como remédios e dietas já não funcionam”, explica.
Poucos conseguem suportar a cirurgia
De acordo com o médico canadense Michel Gagner, apenas 1% dos pacientes indicados para fazer a operação consegue, ou por questões de plano de saúde ou condições físicas de suportar a operação. Conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), 50% dos homens e 48% das mulheres maiores de 20 anos estão acima do peso.
Em 1970 esses percentuais eram 18,5% e 28,7%, respectivamente. Segundo Gagner, em cerca de 20% dos casos a pessoa pode se tornar obesa novamente. O restante são casos de resultados considerados bons.

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