José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Cirurgias bariátricas infantis nem sempre são permitidas

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cirurgias bariátricas infantis nem sempre são permitidas


Obesidade
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), operações de estômago devem acontecer em pessoas acima dos 16 anos. Porém, se o caso for grave e houver consentimento familiar e da equipe médica responsável, crianças mais novas podem recorrer ao método. E essa medida vem sendo cada vez mais comum, refletindo o quadro preocupante da obesidade no Brasil, abordado neste Dia Nacional de Prevenção da Obesidade (11 de outubro).

“Já chegamos a realizar o procedimento em pequenos de 12 e 13 anos que sofriam as graves consequências do aumento excessivo de peso. A pouca idade não compromete o sucesso da operação, que ajuda a crescer com muito mais saúde, mas chegar a essa condição é que deve ser um alerta para os pais”, comenta o cirurgião do aparelho digestivo Luiz Vicente Berti, membro da SBCBM, que explica como essa situação se tornou realidade.

“Antigamente a infância era muito mais ativa. As crianças brincavam nas ruas, corriam muito mais e se exercitavam. Com a atual falta de tempo, o avanço da tecnologia e a falta de segurança, isso deixou de ser realidade. Os pais deixaram de, por exemplo, preparar uma lancheira saudável para que os filhos levem à escola, optando por separar o dinheiro que a criança pode gastar com o lanche, que quase sempre é composto de doces ou salgados gordurosos”, lamenta o especialista.

Segundo Berti, as consequências podem ser muito graves, com surgimento de doenças cardíacas, hipertensão e diabetes. “Enxergo uma situação ainda mais preocupante nos próximos 20 ou 25 anos. Além dessas doenças do corpo, acredito que as mais graves são as doenças da alma, uma vez que as crianças obesas tendem a ser mais tímidas, tristes e apresentar problemas sociais, além serem alvo de bullying constantemente”.

Para evitar o problema, a família deve estar sempre atenta e pensar bem em como pode mudar os hábitos de todo o núcleo familiar. Muitas vezes, o jeito de falar pode desencadear em um problema ainda maior, deixando a criança mais retraída. “Os pais são o exemplo, é essencial que eles sejam os primeiros a promover mudanças no estilo de vida. Só assim será possível criar filhos mais saudáveis”, conclui.


FONTE: http://www.bolsademulher.com/familia/obesidade-116057.html

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