De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
(SBCBM), operações de estômago devem acontecer em pessoas acima dos 16
anos. Porém, se o caso for grave e houver consentimento familiar e da
equipe médica responsável, crianças mais novas podem recorrer ao método.
E essa medida vem sendo cada vez mais comum, refletindo o quadro
preocupante da obesidade no Brasil, abordado neste Dia Nacional de
Prevenção da Obesidade (11 de outubro).
“Já chegamos a realizar o
procedimento em pequenos de 12 e 13 anos que sofriam as graves
consequências do aumento excessivo de peso. A pouca idade não compromete
o sucesso da operação, que ajuda a crescer com muito mais saúde, mas
chegar a essa condição é que deve ser um alerta para os pais”, comenta o
cirurgião do aparelho digestivo Luiz Vicente Berti, membro da SBCBM,
que explica como essa situação se tornou realidade.
“Antigamente a
infância era muito mais ativa. As crianças brincavam nas ruas, corriam
muito mais e se exercitavam. Com a atual falta de tempo, o avanço da
tecnologia e a falta de segurança, isso deixou de ser realidade. Os pais
deixaram de, por exemplo, preparar uma lancheira saudável para que os
filhos levem à escola, optando por separar o dinheiro que a criança pode
gastar com o lanche, que quase sempre é composto de doces ou salgados
gordurosos”, lamenta o especialista.
Segundo Berti, as
consequências podem ser muito graves, com surgimento de doenças
cardíacas, hipertensão e diabetes. “Enxergo uma situação ainda mais
preocupante nos próximos 20 ou 25 anos. Além dessas doenças do corpo,
acredito que as mais graves são as doenças da alma, uma vez que as
crianças obesas tendem a ser mais tímidas, tristes e apresentar
problemas sociais, além serem alvo de bullying constantemente”.
Para
evitar o problema, a família deve estar sempre atenta e pensar bem em
como pode mudar os hábitos de todo o núcleo familiar. Muitas vezes, o
jeito de falar pode desencadear em um problema ainda maior, deixando a
criança mais retraída. “Os pais são o exemplo, é essencial que eles
sejam os primeiros a promover mudanças no estilo de vida. Só assim será
possível criar filhos mais saudáveis”, conclui.
FONTE: http://www.bolsademulher.com/familia/obesidade-116057.html
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