Rio -  Estudo publicado ontem pela revista científica inglesa ‘Plos Medicine’ revela que a obesidade pode reduzir a vitamina D no organismo. Mas, em contrapartida, a falta da vitamina por si só não causa obesidade. Segundo os especialistas, o resultado da pesquisa é mais um sinal de alerta para a necessidade de controle de peso e para medidas que evitem as consequências da carência da vitamina.
O estudo teve a participação de mais de 42 mil voluntários, que responderam a 21 perguntas. A estratégia foi comparar os genes referentes à obesidade com aqueles que correspondem à carência de vitamina D.
Os resultados apontam para uma relação direta entre eles. Estima-se, com isso, que cada 10% do aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) leva à redução das concentrações da vitamina D em 4,2%.
De acordo com a endocrinologista Ana Cristina Belsito, do Hospital São Vicente,um provável motivo para essa associação é que, nos obesos, há um maior depósito da vitamina D nas células de gordura, dificultando seu aproveitamento pelo organismo. “Outra alteração é o aumento da concentração de cálcio nas células, dificultando a quebra de gordura, o que favorece o acúmulo de peso”.
Macapá, Porto Alegre e Natal são as capitais com mais obesos no país | Foto: Reprodução Internet
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A vitamina D atua na formação de dentes e ossos e no aumento força muscular além de melhorar o sistema imunológico. Ela pode ser encontrada em alimentos como frutos do mar, principalmente peixes oleosos, como o salmão e, na gema do ovo”, alerta a médica.
Segundo ela, a deficiência da vitamina está relacionada ao surgimento de osteoporose e à perda de massa muscular, além de maior predisposição para desenvolver tumores, transtornos cognitivos, prisão de ventre e cansaço.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a porcentagem de pessoas acima do peso na população brasileira já passa de 40%. Influenciam nesse índice o consumo excessivo de carnes vermelhas com gordura e leite integral e o sedentarismo.
Maus hábitos influenciam
Segundo o Ministério da Saúde, 29,8% da população bebe refrigerante pelo menos cinco vezes por semana.

Além disso, apenas 20,2% ingerem a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde, de cinco ou mais porções por dia de frutas e hortaliças.

Os homens se exercitam mais do que as mulheres: 39,6% fazem exercícios com regularidade, enquanto entre as mulheres, a frequência é de 22,4%.

FONTE: http://odia.ig.com.br/portal/cienciaesaude/mais-um-mal-da-obesidade-1.545349