José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Hipertensão resistente

quinta-feira, 15 de março de 2012

Hipertensão resistente

Todas as pessoas que tem pressão alta acima de 12 por 8 sabem que precisam tomar uma medicação adequada, fazer exercícios, dietas e se necessário emagrecer e baixar o colesterol, parar de fumar e beber. Stacie Daugherty e colaboradores cardiologistas da Universidade de Colorado em Denver, nos EUA descobriram que um em cada 50 pacientes que são diagnosticados com hipertensão, fazem tudo direitinho mas continuam a desenvolver uma hipertensão resistente dentro de 18 meses.
Os autores realizaram um estudo com 205.750 pacientes com hipertensão (pressão arterial sistólica [PAS] ≥ 140 mmHg e pressão arterial diastólica [PAD] ≥ 90 mmHg), que foram tratados com medicamentos anti-hipertensivos, entre 2002 e 2006 constatados dentro dos arquivos de dois planos de saúde, que inclusive dava o medicamento para tratamento .
Todos os pacientes foram seguidos durante o desenvolvimento de hipertensão resistente.Eles foram então divididos em grupos de hipertensão controlada e não controlada com base na sua pressão arterial e depois trocaram pelo menos três anti-hipertensivos.
Em seguida, o grupo de pacientes que usou pelo menos três medicamentos para tentar equilibrar a pressão arterial foi seguido por 1 ano
Os autores identificaram 3960 (1,9%) pacientes - aproximadamente um em cada 50, com hipertensão resistente (a pressão arterial foi controlada com o uso de 4 ou mais anti-hipertensivos em 1 ano) um período médio de 1,5 anos do tratamento inicial.
Estes pacientes com pressão resistente eram mais freqüentemente do sexo masculino (49,6 vs 44,9%), de raça branca (60,4 vs 56,8%), mais velhos (60,6 vs 58,7 anos), e mais propensos a ter diabetes (17,7 vs 9,6%) do que os pacientes com hipertensão arterial não-resistentes (PA não-controlada em pelo menos com três medicamentos em1 ano).
Durante um período de seguimento médio de 3,8 anos, as taxas de eventos cardiovasculares (infarto do miocárdio não fatal, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral ou doença renal crônica) foram significativamente maiores em pacientes com hipertensão resistente do que aqueles com hipertensão não resistente (18,0 vs 13,5%, p < 0,001).
Após ajuste para as características do paciente, a pressão arterial resistente foi associada com um risco aumentado de 47% para eventos cardiovasculares.
Essas descobertas são significativas, como a prevalência de hipertensão resistente deverá aumentar devido ao aumento da expectativa de vida e aumento da prevalência de fatores comumente associados à hipertensão resistente, tais como obesidade, diabetes e doença renal crônica.

FONTE: http://ram.uol.com.br/materia.asp?id=2084

Fonte :: Circulation 2012 Mar 18

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