José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Saúde depende do exercício e não do sedentarismo

sexta-feira, 16 de março de 2012

Saúde depende do exercício e não do sedentarismo

Saúde depende do exercício e não do sedentarismo
Um estudo, que teve participação portuguesa, afirma que um maior tempo diário de atividade física moderada ou intensa em crianças e adolescentes está diretamente associada a uma melhor saúde cardiometabólica, independentemente da quantidade do tempo sedentário. A pesquisa de investigadores da Universidade Técnica de Lisboa foi publicada no prestigiado Journal of the American Medical Association (JAMA).
O Laboratório de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana – Universidade Técnica de Lisboa (FMH - UTL) participou recentemente num estudo global que avaliou o impacto da prática de atividade física moderada e intensa e do comportamento sedentário na saúde cardiometabólica de crianças e adolescentes.
Uma das principais conclusões retiradas deste estudo foi que um maior tempo diário de atividade física moderada e intensa em crianças e adolescentes está diretamente associado a uma melhor saúde cardiometabólica, independentemente da quantidade de tempo sedentário diário.
Apesar de não estar determinada a quantidade exata de exercício físico para crianças e adolescentes terem uma saúde ótima, estudos recentes documentam que o risco de obesidade e problemas cardiometabólicos em crianças e adolescentes é proporcionalmente inverso à atividade física que praticam regularmente, explica a FMH - UTL, em comunicado.
Assim, as autoridades de saúde pública de todo o mundo concordam que as crianças e os adolescentes devem passar pelo menos 60 minutos por dia a fazer atividade física moderada ou intensa de forma a minimizar ou mesmo anular os efeitos nefastos do sedentarismo na infância e adolescência que conduzem ao aumento exponencial do risco de obesidade e patologias cardiometabólicas na juventude e na vida adulta.
O Estudo Global intitulado Atividade Física Moderada e Intensa, Sedentarismo e Fatores de Risco Cardiometabólicos em Crianças e Adolescentes utilizou uma amostra de 20871 crianças e adolescentes entre os 4 e os 18 anos, usando uma abordagem meta-analítica que combinou dados agrupados de 14 estudos realizados entre  1998 e 2009, na Austrália, Brasil, Europa e Estados Unidos da América.
Estes estudos mediram a atividade física e o sedentarismo objetivamente, através de acelerometria, de forma a analisar o impacto das duas variáveis na saúde cardiometabólica das crianças e dos adolescentes, explica o comunicado, mais à frente.
Para esta análise, os investigadores avaliaram o perímetro abdominal, a pressão arterial sistólica, os triglicéridos, o colesterol-HDL e a insulina.
Da amostra de crianças e adolescentes, cujos dados foram analisados neste estudo global, 74,9 por cento dos observados caracterizam-se por ter um peso dentro do considerado normal, 17,7 por cento têm excesso de peso e 7,4 por cento são obesos.
A análise indica, também, que os rapazes são significativamente mais ativos do que as raparigas e gastam em média cerca de 55 por cento mais de tempo em atividades físicas moderadas ou intensas do que as raparigas.
Registou-se, igualmente, que as crianças e adolescentes que praticam com maior frequência atividade física moderada ou intensa acumulam mais de 35 minutos por dia nesse nível de intensidade, comparado com pouco menos dos 18 minutos por dia das crianças e adolescentes com menor frequência de actividade física.
Na globalidade, os resultados do estudo global sugerem que a prática de exercício físico moderado e intenso está associada a menores concentrações de triglicéridos em crianças com peso normal ou excesso de peso, melhora a sensibilidade à insulina em crianças acima do peso e reduz a pressão arterial sistólica nos adolescentes.
Face aos resultados que o estudo apresentou, os investigadores são unânimes em afirmar que, embora se deva reduzir o comportamento sedentário e o tempo que os jovens passam a ver televisão, deve ser essencialmente enfatizado o aumento da participação dos jovens em atividades físicas moderadas ou intensas.
FONTE: http://tvnet.sapo.pt/noticias/detalhes.php?id=71026

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