José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Obesidade: como tratar a chamada ‘epidemia do terceiro milênio’

sexta-feira, 30 de março de 2012

Obesidade: como tratar a chamada ‘epidemia do terceiro milênio’

$alttext
No Brasil, de acordo com o IBGE, 36% da população é obesa ou está acima do peso adequado
Muitos especialistas denominam a obesidade como sendo a “epidemia” do terceiro milênio, apenas para se ter uma ideia, segundo pesquisas, um terço da população mundial é considerada obesa. No Brasil, de acordo com o IBGE, 36% da população é obesa ou está acima do peso adequado. Os números preocupam já que a obesidade está associada a várias doenças, como diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, lesões articulares e maior risco de certos tipos de câncer.
Em geral uma pessoa desenvolve obesidade no organismo quando a quantidade de gorduras ingeridas é muito maior que as gorduras queimadas. Contudo, o fato para isso acontecer tem inúmeras causas, dentre elas fatores genéticos, ambientais, psicológicos e até sociais, além da comilança exagerada.

BEM ESTAR
Conforme a educadora física, Gisele Bernardon Gaideczka, saúde é sinônimo de bem estar na vida de qualquer um. “Ter saúde é quando adotamos um padrão fora dos riscos de desenvolvermos doenças, e isso é possível em muitos casos com a prática de atividades físicas regulares, uma alimentação balanceada e boas noites de sono”, diz.
Como dito anteriormente, a obesidade pode ser desenvolvida por diferentes fatores, dentre eles o excesso de alimentos aliado a falta da prática de exercícios. Mas como controlar os impulsos e não comer além da conta, para evitar se tornar uma pessoa obesa? A psicóloga Salete Damian (CRP 12/10870) destaca que controlar a fome emocional é a parte mais complicada. “A fome emocional pode ser entendida como uma forma de fuga, uma tentativa de aliviar a tensão do dia a dia, a solidão, ansiedade, o que ocorre depois é o terrível sentimento de culpa associado ou medo de engordar mais e mais”.
Além de estar relacionada a várias doenças, a obesidade, conforme relata a educadora física, ainda causa outros transtornos como dificuldades para dormir e respirar, complicações para se locomover ou se acomodar em alguns lugares. “Em geral é preciso muita dedicação para contornar a obesidade. Às vezes na busca por resultados imediatos, muitos aderem a remédios que prometem milagres para emagrecer, mas que podem ser perigosos”, alerta.
Conforme a psicóloga, um dos fatores que pode desencadear obesidade está associado a algum evento marcante na vida. “O organismo como em tudo, reage de uma forma para se proteger da ansiedade maior do evento, e como um mecanismo de defesa o psíquico utilizou neste caso a comida para aliviar uma dor que talvez naquele momento o indivíduo não conseguiria suportar. A muito sentimento e emoção envolvida e o individuo não conseguiu ‘metabolizar’ da maneira adequada”, comenta.
Salete ainda ressalva que nesse caso em geral, ocorre uma falta de autoconhecimento da parte do indivíduo “uma inabilidade em se conectar consigo mesmo, e deixando os sentimentos ignorados, podemos entender essa fuga na alimentação, como uma liberação do estresse do dia a dia, mas o que na verdade ocorre é um engolir tudo sem saborear nada”, explica ela que acrescenta: “O autoconhecimento, acredito ser a chave principal para este controle, ter controle de si mesmo, se conhecer é o primeiro passo”.

PADRÕES

Atualmente e já há alguns anos, conforme relata a psicóloga, dentre os critérios de beleza repassados pela mídia a magreza é a que desponta em primeiro lugar. “É como se estes ‘ideias de corpos’ repassados fossem o suficiente para se inserir ou ser visto em meio a uma sociedade, mas estes padrões na maior parte das vezes não se encaixam no material genético das pessoas, o que ocorre é uma busca desenfreada por uma imagem distorcida de beleza afetando a partir daí a autoestima do indivíduo.

ADEQUAÇÕES

Para controlar o peso e se livrar da obesidade a educadora física aconselha o acompanhamento de profissionais. “Para facilitar o tratamento adequado de se perder peso é importante procurar especialistas como professores de educação física, nutricionistas e até um psicólogo para tratar da questão emocional que pode ter problemas de autoestima. Isso possibilita uma perca de peso de maneira mais fácil e sistemática”, destaca. A orientação médica também é importante nestes casos.
Os obesos não são pessoas mais complicadas ou comprometidas que as demais. É comum que pessoas obesas que estão em tratamento apresentam mais sintomas depressivos, ansiosos e de transtornos alimentares. Quanto mais grave a obesidade, maiores os níveis de psicopatologia. Ou seja, podemos entender que a obesidade é a causa dos transtornos psicológicos e psiquiátricos e não a consequência dos mesmos. “A comida sempre lembrou afeto, só que uma extensão disso instala-se uma patologia, na qual a comida pretende suprir a falta de afeto ou quando a qualidade deste afeto é insuficiente, ‘insatisfação’ afetiva”, compara a psicóloga.
Buscar o equilíbrio da mente, do corpo e do espirito são pontos relevantes para se garantir uma boa saúde. Ter disciplina e criar o hábito da prática de exercícios, além de respeitar os limites do corpo também ajudam a desenvolver de maneira mais satisfatória a vida além de garantir que muitas doenças fiquem longe de problemas de saúde. 
FONTE: http://www.adjorisc.com.br/jornais/folhadooeste/impressa/variedades/obesidade-como-tratar-a-chamada-epidemia-do-terceiro-milenio-1.1063033

Nenhum comentário:

Postar um comentário