José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Crianças brasileiras sofrem com a obesidade infantil

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Crianças brasileiras sofrem com a obesidade infantil

No país, cerca de três milhões de crianças com menos de 10 anos apresentam excesso de peso

Getty Images
A obesidade no Brasil é uma doença que atinge não só adultos, mas, também as crianças. Ela é originária do aumento do acúmulo de gordura no corpo e pode ser generalizada ou não. Na prática, identifica-se a obesidade infantil por meio de uma relação de peso e altura, no chamado índice de massa corporal (IMC).

Segundo a médica pediatra e professora de medicina do exercício da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Flavia Meyer, as causas da obesidade infantil estão ligadas aos fatores genéticos e comportamentais, como a ingestão de alimentos calóricos e a diminuição da atividade física. “Algumas doenças crônicas podem estar associadas ao desenvolvimento da obesidade, porém, nem sempre justificam a diminuição da atividade física”, explica.

Muitos alimentos também podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade nas crianças. Para a nutricionista especialista em nutrição materno infantil, Andréia Ceschin de Avelar, alimentos muito calóricos como biscoitos recheados, bolos com cobertura e recheios, salgadinhos fritos, doces em exagero, chocolates, sorvete, e refrigerantes são alguns exemplos de alimentos que podem contribuir para a obesidade infantil.

É difícil determinar, com exatidão, o número de crianças que sofrem dessa doença, explica a medica Flavia Meyer. Mas já existem muitos estudos epidemiológicos que dão uma idéia do problema. Meyer diz que a prevalência da obesidade infantil vem apresentando um rápido aumento nas últimas décadas, já sendo considerada como uma epidemia em alguns países.  De acordo com a doutora, no Brasil, cerca de três milhões de crianças com menos de 10 anos de idade apresentam excesso de peso e nos últimos 30 anos o número subiu de 4% para 18% nos meninos e de 7,5% para 15,5% nas meninas.

A médica pediatra conta ainda que a obesidade na criança é preocupante, já que pode sofrer doenças metabólicas assim como os adultos, por exemplo, o aumento do colesterol, tendência a diabetes e pressão alta. “As crianças também podem apresentar problemas ortopédicos, dificuldade para realizar atividades físicas e esportivas e isso as leva ao sedentarismo”, diz.

Prevenindo a obesidade

A prevenção da obesidade pode vir de atitudes simples como uma alimentação equilibrada e exercícios físicos.  A nutricionista Andréia Ceschin de Avelar explica que o ideal é que a criança tenha uma alimentação variada e equilibrada contendo frutas, legumes, verduras, leite, queijos, carnes, frango e peixes.  A profissional também ressalta que quanto mais fresco for o alimento, melhor e recomenda evitar alimentos congelados, já que estes produtos costumam ter maior teor de gorduras e sódio. 

Os pais também devem fazer sua parte e ajudar o filho na luta contra a obesidade. Meyer lembra que é importante identificar a causa do aumento de peso  para poder planejar um manejo bem sucedido. “Os pais podem ajudar muito e, às vezes, junto com os filhos conseguem mudar o estilo de vida da família”, afirma.

Para as crianças que estão sofrendo de obesidade, a nutricionista Andréia Ceschin de Avelar recomenda alimentos com menos calorias e menos gorduras em sua composição.  “As frutas são uma ótima opção, barras de cereais sem coberturas de chocolate, iogurtes preparados com leite desnatado, biscoitos sem recheios em pequena quantidade e sanduíches mais leves”, concluí a nutricionista.
FONTE: http://www.oestadorj.com.br/?pg=noticia&id=8867

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