Ácido perfluoro-octanóico libera hormônios no organismo que levam à doença
Pesquisadores do Norwegian Institute of Public Health, na Noruega, descobriram relação entre os níveis do poluente ambiental ácido perfluoro-octanóico (PFOA) no sangue de mulheres grávidas e a incidência de obesidade em suas filhas. Segundo os especialistas, a má alimentação e o sedentarismo não são os únicos responsáveis pelo surto de obesidade mundial. Eles hipotetizam que as taxas de partículas e substâncias que desregulam o organismo, crescentes no meio em que vivemos, também podem contribuir para o sobrepeso.
Entre 1988 e 1989, foram avaliadas cerca de 1.000 mulheres grávidas. Quando estavam na 30ª semana de gravidez, elas passaram por coleta de sangue, posteriormente congelado para avaliação dos níveis do poluente PFOA. Em 2008, os filhos dessas gestantes foram contactados e convidados a participar do seguimento do estudo. Destes, 650 aceitaram participar e foram submetidos à medida de circunferência abdminal e do IMC (índice de massa corpórea).
Resultados
Após avaliar variáveis, como peso materno e estilo de vida, os pesquisadores constataram que as filhas de mulheres com maiores concentrações de PFOA no sangue durante a gravidez tinham três vezes mais chances de estar acima do peso com a idade de 20 anos. Também foi encontrada associação entre a exposição ao poluente antes do nascimento e os níveis elevados de insulina e leptina, hormônios ligados à obesidade.
Os pesquisadores, entretanto, não encontraram sinais do desenvolvimento de obesidade entre os filhos homens. O estudo indica que poluentes ambientais, além de dieta e atividade física, desempenham um papel na epidemia de obesidade que vemos hoje.
Sobre o PFOA
O PFOA pertence a um grupo de poluentes ambientais conhecidos como compostos per e polyfluorinatos (PFC). Esses compostos são utilizados em uma variedade de produtos de consumo e processos industriais, tais como impregnação, produtos têxteis, alguns extintores de incêndio e panelas antiaderentes (que não liberam a substância desde que não estejam queimadas ou arranhadas).
Os PFCs são transferidos da mãe para o filho através da placenta durante a gravidez e no leite materno após o nascimento. Muitos dos PFCs são persistentes e podem prejudicar os organismos vivos. Por isso, devem ser considerados como contaminantes ambientais.
Conheça os cuidados que a gestante deve ter com a alimentação
A má nutrição materna pode levar ao déficit no desenvolvimento do bebê. É muito comum pensarmos que a gestante deve comer por dois. Afinal, tem um ser se desenvolvendo e crescendo dentro do seu corpo. Mas não é bem assim. A gestante deve se alimentar bem, sim, mas com qualidade e sem exagerar na quantidade. A nutricionista Daniela Cyrulin, especialista do Minha Vida, indica uma lista dos nutrientes mais importantes para a gestante e o bebê:
Proteínas: Para garantir o crescimento e desenvolvimento do bebê e da formação da placenta, líquido amniótico, aumento do útero. Além disso, as proteínas são ricas em ferro, Vitaminas do complexo B e fósforo. Onde são encontradas: carne, clara do ovo, peixe, frango, leguminosas.
Cálcio: Responsável pela formação dos ossos e dentes do bebê, além de reposição do cálcio materno. Previne o aparecimento de pressão alta no final da gestação. Onde é encontrado: leite e derivados, vegetais verde-escuros.
Ferro: Previne a anemia. Garante a distribuição de oxigênio para o feto e a mãe. Onde é encontrado: gema do ovo, carne, frango, peixe, beterraba, agrião.
Fósforo e Vitamina D: Ajudam no uso do cálcio para a formação de ossos e dentes e fortalecimento dos mesmos. Onde são encontrados: proteínas e o sol.
Ácido fólico: Sua deficiência pode provocar má formação do sistema nervoso do bebê (principalmente no 1o trimestre de gestação). Encontrado em: espinafre, brócolis, feijão, frutas cítricas, pão integral.
Vitamina C: Aumenta a absorção do ferro. Aumenta a imunidade contra infecções respiratórias. Onde é encontrada: frutas cítricas.
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Magnésio: Relaxa a musculatura do útero e das artérias uterinas, evitando contrações fora de hora e pressão alta. Encontrado nas proteínas.
Cobre: Ajuda a evitar a anemia, além de ser responsável pela formação de elementos importantes do sistema neurológico do bebê. Encontrado no chocolate (cacau).
Complexo B: Atua no crescimento do cérebro e desenvolvimento do sistema neurológico. Encontrado nas proteínas.
Ômega-3: Desenvolve a visão (formação da retina), regula a pressão e ajuda a evitar a depressão pós-parto. Onde é encontrado: salmão, peixes de água fria.
FONTE: http://www.minhavida.com.br/familia/materias/14769-poluente-pode-prejudicar-o-feto-na-gravidez-e-aumentar-risco-de-obesidade
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