José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Síndrome Metabólica eleva risco cardíaco Diabetes, hipertensão e obesidade são algumas doenças presentes na Síndrome

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Síndrome Metabólica eleva risco cardíaco Diabetes, hipertensão e obesidade são algumas doenças presentes na Síndrome

É fato que os obesos estão incluídos no grupo de risco suscetível ao desenvolvimento de inúmeras doenças. Porém, novas descobertas indicam que a Síndrome Metabólica pode atingi-los diretamente. Caracterizada pelo conjunto de alterações que aumentam os riscos para o surgimento de doenças como diabetes, alterações no colesterol, hipertensão arterial e obesidade, a patologia é causada pelo excesso de gordura no corpo e surge, em sua maioria, nos sedentários e em indivíduos que se alimentam inadequadamente.

A Síndrome Metabólica eleva ainda as chances para doenças cardiovasculares, que pode levar ao infarte, ao acidente vascular cerebral (AVC), além de aumentar a incidência de alguns tipos de câncer, segundo o endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Dr. Josivan Lima. O especialista revela que os homens são mais propensos à doença em razão da concentração de gordura na região da cintura, enquanto que as mulheres retêm o problema no quadril.

A hereditariedade pode ser determinante àqueles que desenvolvem a enfermidade, visto que o sujeito que advém de uma família onde os integrantes apresentam diagnósticos de hipertensão arterial, por exemplo, tem mais chance de portar a síndrome metabólica. No entanto, não é apenas o caráter genético que funciona como agente causador do problema, visto que maus hábitos alimentares como ingestão excessiva de gordura saturada, encontrada em alimentos industrializados, além do sedentarismo contribuem para o aumento dos casos.

"Geralmente, a patologia é silenciosa e aguardar pelos sintomas certamente agravará o quadro clínico. Ficar atento à saúde dos familiares, manter o peso condizente à sua altura e praticar exercícios físicos periodicamente, além da realização de testes laboratoriais são medidas preventivas certeiras no combate à síndrome", afirma o endocrinologista. Qualquer sinal exige atenção, pois as principais consequências decorrentes da síndrome são, além das doenças cardiovasculares, a apnéia do sono, os cálculos na vesícula e a artrose.

Critérios do diagnóstico

A confirmação do quadro clínico segue uma avaliação criteriosa que consiste em cinco etapas. Se o indivíduo apresentar no mínimo três destas doenças, já é considerado um portador da Síndrome Metabólica:

1- Taxa alta de glicemia (quantidade de açúcar no sangue);

2- Hipertensão arterial (igual ou superior à 14 por 9);

3- Aumento da circunferência da cintura (nas mulheres maior que 88 e nos homens acima de 102);

4- Taxas elevadas de triglicerídeos séricos (tipo de gordura);

5- Diminuição do HDL (o colesterol bom).

Para o tratamento das condições da síndrome metabólica, o Dr. Josivan explica que cada doença inserida no conjunto é combatida especificamente, contudo, o denominador comum para todas as doenças é o controle do peso e a realização de hábitos físicos por, no mínimo, 150 minutos por semana. No caso da síndrome, não se pode falar em cura e sim em controle, pois mesmo que o indivíduo consiga controlar o peso e posteriormente volte a engordar, os indícios iniciais retornam ao organismo.

Quanto à alimentação, o procedimento é o mesmo e os alimentos indicados para cada caso dependem da doença que o paciente apresenta. Se o quadro é de diabetes, o indivíduo precisa eliminar o consumo de açúcar da mesma forma que os portadores de hipertensão devem reduzir o consumo de sal na comida, por exemplo. Ainda que o controle seja a principal forma de combate ao problema, vale seguir as orientações médicas e manter o domínio sob a doença, além de hábitos saudáveis físicos e alimentares.
FONTE: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--95-20120214&tit=sindrome+metabolica+eleva+risco+cardiaco

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