José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Educação alimentar

sexta-feira, 9 de março de 2012

Educação alimentar

Restaurantes de refeições rápidas do Estado de São Paulo têm dois meses para se adaptar...

Restaurantes de refeições rápidas do Estado de São Paulo têm dois meses para se adaptar à lei de minha autoria sancionada pelo governador Geraldo Alckmin em dezembro. No fim de abril, as chamadas redes de fast food já devem estar preparadas para divulgar em cardápios, embalagens e painéis os dados nutricionais e calóricos dos alimentos.
Mais do que oferecer ao consumidor o direito à informação sobre a quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras e sódio que ingere a cada refeição, a lei é o primeiro passo para educar nossa população sobre a maneira adequada de se alimentar. É medida preventiva para evitar doenças relacionadas à obesidade, que já atinge 15% dos brasileiros.
O Ministério da Saúde alertou a sociedade no último ano, quando realizou pesquisa apontando que metade dos brasileiros (48%) está acima do peso. Isso, graças à nova era a qual vivemos e não podemos ignorar. A melhora da situação econômica no Brasil e as novas ferramentas de propaganda impulsionaram o consumo em todas as áreas. Opções atrativas no que se refere à alimentação rápida deram espaço ao consumo inadequado.
Neste cenário, crianças adaptadas à geração virtual e que não praticam atividades físicas são as principais vítimas. A exposição à refeição rápida, saturada de gorduras e excessivamente calórica, provocou sobrepeso no dobro dos meninos e quase triplicou entre as meninas nos últimos 20 anos - segundo pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O reflexo da nova lei será positivo em todos os sentidos: favorecerá pessoas em dieta, seja devido a doenças como diabetes e hipertensão ou para evitar a obesidade e, sobretudo, reduzirá os custos do Estado com Saúde pública.
Na Assembleia Legislativa, discutimos outras dezenas de projetos com a mesma intenção de evitar a obesidade porque entendemos que é preciso criar a cultura do conhecimento e educar o consumidor a se alimentar adequadamente.
Os estabelecimentos estão sob fiscalização da Vigilância Sanitária, se descumprirem a norma terão de pagar multa equivalente a R$ 7.000. Nosso objetivo não é prejudicar os empresários, mas mostrar que todos são parte fundamental neste processo de adaptação.

Alex Manente é deputado estadual pelo PPS, líder do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo e coordenador da legenda no Grande ABC.

Palavra do Leitor
FONTE: http://www.dgabc.com.br/Columnists/Posts/73/6743/educacao-alimentar.aspx

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