Restaurantes de refeições rápidas do Estado de São Paulo têm dois meses para se adaptar...
Restaurantes de refeições rápidas do Estado de São Paulo têm dois meses para se adaptar à lei de minha autoria sancionada pelo governador Geraldo Alckmin em dezembro. No fim de abril, as chamadas redes de fast food já devem estar preparadas para divulgar em cardápios, embalagens e painéis os dados nutricionais e calóricos dos alimentos.
Mais do que oferecer ao consumidor o direito à informação sobre a quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras e sódio que ingere a cada refeição, a lei é o primeiro passo para educar nossa população sobre a maneira adequada de se alimentar. É medida preventiva para evitar doenças relacionadas à obesidade, que já atinge 15% dos brasileiros.
O Ministério da Saúde alertou a sociedade no último ano, quando realizou pesquisa apontando que metade dos brasileiros (48%) está acima do peso. Isso, graças à nova era a qual vivemos e não podemos ignorar. A melhora da situação econômica no Brasil e as novas ferramentas de propaganda impulsionaram o consumo em todas as áreas. Opções atrativas no que se refere à alimentação rápida deram espaço ao consumo inadequado.
Neste cenário, crianças adaptadas à geração virtual e que não praticam atividades físicas são as principais vítimas. A exposição à refeição rápida, saturada de gorduras e excessivamente calórica, provocou sobrepeso no dobro dos meninos e quase triplicou entre as meninas nos últimos 20 anos - segundo pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O reflexo da nova lei será positivo em todos os sentidos: favorecerá pessoas em dieta, seja devido a doenças como diabetes e hipertensão ou para evitar a obesidade e, sobretudo, reduzirá os custos do Estado com Saúde pública.
Na Assembleia Legislativa, discutimos outras dezenas de projetos com a mesma intenção de evitar a obesidade porque entendemos que é preciso criar a cultura do conhecimento e educar o consumidor a se alimentar adequadamente.
Os estabelecimentos estão sob fiscalização da Vigilância Sanitária, se descumprirem a norma terão de pagar multa equivalente a R$ 7.000. Nosso objetivo não é prejudicar os empresários, mas mostrar que todos são parte fundamental neste processo de adaptação.
Alex Manente é deputado estadual pelo PPS, líder do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo e coordenador da legenda no Grande ABC.
Palavra do Leitor
FONTE: http://www.dgabc.com.br/Columnists/Posts/73/6743/educacao-alimentar.aspx
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