As facilidades e a grande oferta de alimentos impróprios, aliados aos hábitos de sedentarismo facilitados pela modernidade, são os grandes propulsores dos níveis de obesidade em todo o mundo. No Brasil, quase a metade da população está acima do peso e especificamente no Estado de São Paulo, 45,7% da população está com sobrepeso e 13,8% sofrem com a obesidade. Os homens são os que mais colaboram com esta estatística, sendo 53,4 % com sobrepeso e 15,2% já em níveis de obesidade, segundo última pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde.
Na busca por alternativas que ajudem no emagrecimento da população, o balão intragástrico vem ganhando destaque por seus índices de sucesso em médio e longo prazo. A aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o balão Orbera™, da empresa Allergan, para pessoas com índice de massa corpórea (IMC) a partir de 27, ampliou o acesso ao balão a um maior número de pessoas que tem a chance de reverter o problema da obesidade antes de seu agravamento.
A procura pelo método cresceu no interior de São Paulo, cujos níveis de sobrepeso e obesidade seguem a tendência das grandes metrópoles. Segundo o endoscopista e especialista em Cirurgia Geral pela Universidade de Paulo (USP), Willian Richard Hamaue, atuante na cidade de Itapetininga, o procedimento é de fácil realização, não requerendo grandes ou sofisticadas estruturas, o que também facilita o seu acesso pela população. “Outro grande diferencial do procedimento para a fácil adesão da população é o fato de não ser cirúrgico e ser reversível”, relata o médico.
Como funciona o Orbera™ - O dispositivo se baseia em um balão de silicone, inserido vazio no estômago através de endoscopia, em ambiente hospitalar ou ambulatorial, sendo posteriormente preenchido com soro e azul de metileno estéril (na quantidade de 400 a 700ml). O procedimento dura em média 20 minutos, com o paciente sendo liberado no mesmo dia. O balão deve permanecer no estômago por seis meses, período este em que o paciente consegue eliminar, em média, 15% do excesso de peso.
Mas o balão não atua sozinho, especialmente se o paciente quiser manter o peso conquistado em longo prazo. Baseado em programa multidisciplinar, o objetivo do balão é estimular o paciente para a perda desenvolvendo uma reeducação de hábitos de vida, que passa pela alimentação equilibrada, a realização de atividade física, e, se possível, acompanhamento psicológico – já que muitas vezes os fatores emocionais tem grande interferência nos comportamentos do obeso.
Desta forma, além do médico que efetivamente coloca o balão no paciente, ainda é importante que todo o processo de emagrecimento seja acompanhado por endocrinologista, nutricionista, preparador físico e psicólogo, antes, durante e depois da retirada do balão.
De acordo com o dr. Hamaue, o acompanhamento da equipe multidisciplinar é fundamental para que o paciente sinta-se amparado e seja orientado corretamente. “O segredo do sucesso do procedimento é o paciente entender que o balão, sozinho, não realiza milagre, mas que ajuda muito na incorporação de hábitos saudáveis que culminarão na redução do peso, de forma efetiva.
Fonte para entrevista:
Dr. Willian Richard Hamue
Médico formado pela Faculdade de Medicina da USP | Especialização em Cirurgia Geral pelo Hospital das Clínicas da USP | Especialização em Endoscopia Digestiva pelo Hospital das Clínicas da USP| Atuante na Clínica HP – Itapetininga.
FONTE: http://quantanoticia.com.br/site/index.php/template/destaques/item/1311-niveis-de-obesidade-cada-vez-maiores-elevam-procura-por-balao-intragastrico-no-interior-de-sao-paulo
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