A obesidade, causada pelo sedentarismo está lotando hospitais de Dourados. De acordo com o médico Jorge Luiz Baldasso, 90% dos pacientes clínicos apresentam doenças causadas pelo peso acima do ideal. Só para se ter uma idéia, no Pronto Socorro Municipal e estimativa é de dois mil atendimentos clínicos por mês. A grande maioria, segundo estima Baldasso, procura tratamento para doenças causadas pela obesidade e a situação do paciente é de emergência. Segundo o médico, são casos como pressão alta, infartos, derrames, insuficiência cardíaca, entre outros, que podem levar a morte.
O problema é ainda mais grave, segundo Baldasso, quando se mistura álcool e fumo. “Cada vez mais o número de pacientes com estes tipos de doenças aumenta no País. Em Dourados não é diferente. È preciso uma mudança de comportamento urgente da população para resolver o problema”, destaca.
Na opinião dele, se algo não for feito de forma imediata para mudar a qualidade de vida da população, Dourados corre sérios riscos de sofrer um “surto” de pacientes doenças cardiovasculares. “É preferível prevenir a obesidade do que tratá-la. É necessário a promoção de ações de saúde nas escolas, com orientação sobre dieta e atividades físicas, além de melhorias da estrutura urbana da cidade como as ciclovias, pistas de caminhada, estímulo ao esporte e adequar o programa de obesidade às necessidades do município”, destaca Baldasso.
Pesquisa realizada pelo médico e pelo bioquímico Roberto Alva, mostra que mulheres e homens estão engordando praticamente na mesma proporção em Dourados. “Isto se aplica inclusive nos anos de fertilidade feminina, o que sugere a gravidez não ser fator determinante no aumento de peso”, destaca. No total são 74 mil acima do peso em Dourados segundo estimativa feita com doadores de sangue no Hemocentro. A estimativa mostra ainda que destes 38.6 mil são homens e 35.9 mil são mulheres. Dos 43 mil com sobrepeso, 23 mil são homens e 20 mil mulheres. Dos 29 mil obesos, 14.5 mil são do sexo feminino e 14.5 mil são homens. Dos 1.5 mil obesos mórbidos, 501 são do sexo masculino e 1 mil feminino.
TRATAMENTO
De acordo com Baldasso, a cada mês mais de 60 pacientes são atendidos no Programa de Prevenção e Tratamento da Obesidade em Dourados. O tratamento é baseado em educação alimentar e atividades físicas. A perda média de peso entre os pacientes que aderiram ao programa – 1,95 quilos no primeiro mês - e a melhora significativa da indisposição, fadiga e dores que 74,3% deles relataram demonstra, segundo Baldasso, que o programa da Secretaria de Saúde, apesar de simples e de não se valer do uso de medicamentos, é eficiente e bem sucedido, embora não seja suficientemente abrangente para atender em larga escala o grande número de obesos que compõe a população do município.
Segundo ele, o tratamento da obesidade precisa ser levado a sério. O especialista observa que cada organismo responde de uma maneira ao tratamento, mas que de maneira geral, o paciente deve cumprir duas regras básicas para perder peso com saúde. A primeira é a de criar o habito diário de realizar atividade física. A segunda é manter uma dieta com alimentos ricos em nutrientes e fibras, com diminuição de gorduras e carboidratos.
Segundo o médico, dependendo do empenho do paciente, pode-se alcançar o peso ideal em até 6 meses. “O ideal é que antes de qualquer iniciativa para perder peso o paciente procure o médico para avaliação. Emagrecer é fácil, o principal obstáculo é a falta de persistência do paciente”, define.
FONTE: http://www.douradosagora.com.br/brasil-mundo/ciencia-e-saude/obesidade-lota-hospitais-em-dourados

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