José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Obesidade pode aumentar o risco de desenvolver câncer

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Obesidade pode aumentar o risco de desenvolver câncer

Uma alimentação saudável pode reduzir as chances de câncer em pelo menos 30%.
Obesidade pode aumentar o risco de desenvolver câncer. A afirmação é do oncologista Amândio Soares, membro da Sociedade Brasileira de Cancerologia, que explica que o acúmulo de gordura pode gerar inflamações em pessoas obesas, além de alterar o funcionamento dos hormônios sexuais – como estrógeno e progesterona em mulheres e andrógenos para os homens.
Já o oncologista Rodolfo Gadia acrescenta que os motivos da obesidade influenciar no câncer podem ser individuais. Um estudo conduzido pela sociedade americana de oncologia observou que as mulheres que engordam entre 9 e 14 kg depois dos 18 anos sofrem, em média, 40% mais riscos de terem câncer de mama devido o descontrole hormonal causado pela produção destes hormônios pelo tecido gorduroso em excesso. “Os principais tumores que podem se desenvolver na obesidade são de mama, intestino, próstata e endométrio. Estes foram comprovados cientificamente”, disse.
O aumento do risco de câncer de intestino grosso tem sido mais frequentes em homens, de acordo com Amândio Soares. Esta mesma relação, segundo ele, não foi identificada nas mulheres, em que a incidência é maior na mama. Ele afirma que o aumento do risco do câncer de mama depende também do status menopausal. “Após a menopausa, as mulheres obesas têm um risco 1,5 vezes maior de desenvolver câncer de mama, quando comparadas às mulheres com peso adequado, além de um risco maior de morrer em consequência desta doença.”

Alimentação e prevenção

Amândio Soares afirma que o acúmulo de gordura pode gerar inflamações em pessoas obesas
Segundo o oncologista Rodolfo Gadia, uma alimentação saudável pode reduzir as chances de câncer em pelo menos 30%. Baseado em estudos, alguns alimentos devem ser evitados ou usados com moderação, inclusive com pessoas propensas a obesidade. Amândio Soares explica que existem alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos, como por exemplo, os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos, como picles, salsichas e outros embutidos e enlatados. “No estômago estes componentes se transformam em nitrosaminas que têm ação carcinogênica potente”, disse.
Amândio afirma também que os riscos são altos para quem consome alimentos defumados e churrascos, que são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão – o mesmo encontrado na fumaça do cigarro – e que tem ação carcinogênica. “Algumas mudanças nos nossos hábitos alimentares podem nos ajudar a reduzir os riscos de desenvolvermos câncer. Consumir fibras, por exemplo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias cancerígenas com a parede do intestino grosso”, disse.

Incidência do Câncer e obesidade no país

O aumento no índice de câncer no Brasil foi registrado por estudos do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que estimam 520 mil novos casos de câncer em 2012 no país. Os tipos mais incidentes entre 2012 e 2013 serão o câncer de pele, próstata, mama e pulmão. São esperados um total de 257.870 casos novos para o sexo masculino e 260.640 para o sexo feminino.
Da mesma forma, é crescente o número de pessoas obesas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em todas as regiões do país, faixas etárias e faixas de renda houve um aumento contínuo do percentual de pessoas com excesso de peso e obesas. Os dados mostram que 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos estão nesta estatística. Estima-se que, em dez anos, os obesos constituirão 30% da população brasileira, mesmo padrão dos Estados Unidos.
FONTE: http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/obesidade-pode-aumentar-o-risco-de-desenvolver-cancer/

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