José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Cartilha é instrumento para tornar alimentação nas escolas mais saudável e reduzir obesidade infantil

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cartilha é instrumento para tornar alimentação nas escolas mais saudável e reduzir obesidade infantil





A Secretaria Municipal de Saúde (Semed) lança a Cartilha Cantina Saudável, visando melhorar o atendimento nas cantinas das escolas públicas e privadas de Campo Grande que, desde a instituição da lei 4.992 (de 30 de setembro), estão proibidas de comercializar determinados produtos alimentícios, cuja ingestão em excesso pode prejudicar a saúde. Dentre as maiores preocupações dos nutricionistas está a questão da obesidade. Estudos mostram que cerca de 27% dos alunos crianças ou adolescentes estão acima do peso.
Na manhã desta segunda-feira (5), na sede da secretaria, houve o lançamento da Cartilha Cantina Saudável, que servirá de base de treinamento aos cantineiros, que passarão por uma semana de curso de capacitação na área, conforme a secretária de Educação, Maria Amendola da Motta.
“Todos os cantineiros não só da rede municipal, mas da estadual e da privada, foram convidados para a capacitação. Acredito que as principais questões são relacionadas ao hábito. Muitos dos bons hábitos alimentares já temos em casa, como não consumir fritura demais, ou refrigerante demais. O que deveria também ser seguido na escola”, explica.
Quanto à fiscalização do cumprimento à lei, Maria Amendola relata que ficará a cargo da própria administração da unidade educacional. “A fiscalização dentro da escola é do próprio gestor. Com relação à limpeza, à energia elétrica, tudo isto é obrigação dele. Agora, a questão da alimentação, também.”
Mudança de hábito
Para a nutricionista Lidiane Theodorico Britts – uma das responsáveis pelo material didático –, uma modificação na quanto ao que consumimos é fundamental para uma vida mais saudável. “Esta cartilha foi baseada nas tendências alimentares atuais e na questão do excesso de peso. É para justificar o projeto Cantina Saudável, ou seja, a importância de uma alimentação mais adequada e da higiene correta com relação à manipulação de alimentos.”
Lidiane lembra que os dados são alarmantes por ora. “Vale lembrar que, conforme dados do Ministério da Saúde, Campo Grande é a quarta Capital no ranking de obesos. Temos 47% de obesidade dentro da população. Artigos publicados recentemente em revistas especializadas, mostram que entre 23% e 27% dos alunos da rede municipal são crianças obesas.”
Nova lei
Campo Grande possui, 93 escolas municipais, 86 estaduais, 180 particulares e 1 federal. A partir de fevereiro de 2012, todas elas estarão sujeitas à lei 4.992, de 30 de setembro deste ano. A legislação ordena a proibição de venda de mercadorias artificiais ou industrializadas, como: balas, pirulitos, chiclete, biscoito recheado, refrigerante, suco artificial, salgadinho industrializado, frituras, pipoca industrializada, bebidas alcoólicas, alimentos industrializados com mais de 10% de gordura saturada e alimentos preparados com gordura vegetal hidrogenada.
De acordo com a nutricionista Lidiane Britts, o consumo em excesso destes produtos podem ter resultados prejudiciais para o organismo. “Temos estudos que apontam o risco do uso abusivo destes alimentos. Por exemplo, o corante, pode acarretar em câncer intestinal. A obesidade, provocada pelo excesso de gordura, pode incorrer em hipertensão. Tudo isto, acaba prejudicando a sociedade como um todo, pois são mais pessoas para recorrerem ao sistema de saúde, por exemplo. Esta lei e – com auxílio desta cartilha – é uma prevenção. É para que, daqui a alguns anos, não possamos ter graves consequências.”
A lei é motivo de pedido de liminar da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), que aponta que pode ocorrer um prejuízo financeiro às empresas. Para a secretária de Educação, Maria Amendola, não há este risco. “Ora, é uma questão de substituição. Uma questão de, por exemplo, deixar de vender um pastel frito e vender um assado. Fiquei surpresa com este pedido da Fiems, já que, achei que uma lei que é para beneficiar a saúde da sociedade deveria ser aceita de bom grado.”
Para Lidiane Britts, se a lei deixar de ser implantada, haverá “um retrocesso”. “Se a Fiems ganhar esta liminar, vamos ver, lá na frente [no futuro], consequencias, como o aumento nos casos da obesidade, e demais problemas, relacionados à alimentação inadequada.”
Para a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particulares de Mato Grosso do Sul, Maria da Glória Barcellos, tudo também é uma questão de “substituição” e de “saber a importância do projeto”. “As escolas particulares adotarão todas as medidas que serão dadas pela rede municipal e estadual. Quanto ao projeto, o importante é a escola e a cantina saberem que, é uma mudança de atitude. É esta mudança de atitude na criança que será a mola propulsora para mudança na família, porque nossas crianças têm este caráter de repassar o que aprende. Os benefícios do projeto são os de conscientizar os alunos de que mudanças no seu dia a dia são para uma vida mais saudável.”
Mandamentos para alimentação saudável
A cartilha traz o que chama de dez mandamentos para uma melhor forma de se alimentar: comer frutas e verduras; para cada duas colheres de arroz, comer uma de feijão; evitar gorduras e frituras; usar mensalmente uma colher de óleo para cada duas pessoas da casa; realizar três refeições principais e um lanche no dia; comer com calma e não diante da TV; evitar doces e alimentos calóricos; comer de tudo, mas caprichar nas verduras, legumes, frutas e cereais; praticar atividades físicas; controlar o estresse.
Quanto ao cronograma de mudanças, a cartilha traz três meses de adaptação para os cantineiros. Dentre as dicas dadas aos empresários estão: colocar figuras e fotografias de alimentos saudáveis no estabelecimento; desenvolver receitas novas (no curso também será oferecido este serviço aos cantineiros); deixar os alimentos mais saudáveis sempre à vista da gurizada; conversar com os clientes sobre as vantagens deste tipo de alimento; pedir aos fornecedores cartazes sobre frutas e poupas, por exemplo; etc.

Fonte: Marcelo Eduardo - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A Secretaria Municipal de Saúde (Semed) lança a Cartilha Cantina Saudável, visando melhorar o atendimento nas cantinas das escolas públicas e privadas de Campo Grande que, desde a instituição da lei 4.992 (de 30 de setembro), estão proibidas de comercializar determinados produtos alimentícios, cuja ingestão em excesso pode prejudicar a saúde. Dentre as maiores preocupações dos nutricionistas está a questão da obesidade. Estudos mostram que cerca de 27% dos alunos crianças ou adolescentes estão acima do peso.
Na manhã desta segunda-feira (5), na sede da secretaria, houve o lançamento da Cartilha Cantina Saudável, que servirá de base de treinamento aos cantineiros, que passarão por uma semana de curso de capacitação na área, conforme a secretária de Educação, Maria Amendola da Motta.
“Todos os cantineiros não só da rede municipal, mas da estadual e da privada, foram convidados para a capacitação. Acredito que as principais questões são relacionadas ao hábito. Muitos dos bons hábitos alimentares já temos em casa, como não consumir fritura demais, ou refrigerante demais. O que deveria também ser seguido na escola”, explica.
Quanto à fiscalização do cumprimento à lei, Maria Amendola relata que ficará a cargo da própria administração da unidade educacional. “A fiscalização dentro da escola é do próprio gestor. Com relação à limpeza, à energia elétrica, tudo isto é obrigação dele. Agora, a questão da alimentação, também.”
Mudança de hábito
Para a nutricionista Lidiane Theodorico Britts – uma das responsáveis pelo material didático –, uma modificação na quanto ao que consumimos é fundamental para uma vida mais saudável. “Esta cartilha foi baseada nas tendências alimentares atuais e na questão do excesso de peso. É para justificar o projeto Cantina Saudável, ou seja, a importância de uma alimentação mais adequada e da higiene correta com relação à manipulação de alimentos.”
Lidiane lembra que os dados são alarmantes por ora. “Vale lembrar que, conforme dados do Ministério da Saúde, Campo Grande é a quarta Capital no ranking de obesos. Temos 47% de obesidade dentro da população. Artigos publicados recentemente em revistas especializadas, mostram que entre 23% e 27% dos alunos da rede municipal são crianças obesas.”
Nova lei
Campo Grande possui, 93 escolas municipais, 86 estaduais, 180 particulares e 1 federal. A partir de fevereiro de 2012, todas elas estarão sujeitas à lei 4.992, de 30 de setembro deste ano. A legislação ordena a proibição de venda de mercadorias artificiais ou industrializadas, como: balas, pirulitos, chiclete, biscoito recheado, refrigerante, suco artificial, salgadinho industrializado, frituras, pipoca industrializada, bebidas alcoólicas, alimentos industrializados com mais de 10% de gordura saturada e alimentos preparados com gordura vegetal hidrogenada.
De acordo com a nutricionista Lidiane Britts, o consumo em excesso destes produtos podem ter resultados prejudiciais para o organismo. “Temos estudos que apontam o risco do uso abusivo destes alimentos. Por exemplo, o corante, pode acarretar em câncer intestinal. A obesidade, provocada pelo excesso de gordura, pode incorrer em hipertensão. Tudo isto, acaba prejudicando a sociedade como um todo, pois são mais pessoas para recorrerem ao sistema de saúde, por exemplo. Esta lei e – com auxílio desta cartilha – é uma prevenção. É para que, daqui a alguns anos, não possamos ter graves consequências.”
A lei é motivo de pedido de liminar da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), que aponta que pode ocorrer um prejuízo financeiro às empresas. Para a secretária de Educação, Maria Amendola, não há este risco. “Ora, é uma questão de substituição. Uma questão de, por exemplo, deixar de vender um pastel frito e vender um assado. Fiquei surpresa com este pedido da Fiems, já que, achei que uma lei que é para beneficiar a saúde da sociedade deveria ser aceita de bom grado.”
Para Lidiane Britts, se a lei deixar de ser implantada, haverá “um retrocesso”. “Se a Fiems ganhar esta liminar, vamos ver, lá na frente [no futuro], consequencias, como o aumento nos casos da obesidade, e demais problemas, relacionados à alimentação inadequada.”
Para a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particulares de Mato Grosso do Sul, Maria da Glória Barcellos, tudo também é uma questão de “substituição” e de “saber a importância do projeto”. “As escolas particulares adotarão todas as medidas que serão dadas pela rede municipal e estadual. Quanto ao projeto, o importante é a escola e a cantina saberem que, é uma mudança de atitude. É esta mudança de atitude na criança que será a mola propulsora para mudança na família, porque nossas crianças têm este caráter de repassar o que aprende. Os benefícios do projeto são os de conscientizar os alunos de que mudanças no seu dia a dia são para uma vida mais saudável.”
Mandamentos para alimentação saudável
A cartilha traz o que chama de dez mandamentos para uma melhor forma de se alimentar: comer frutas e verduras; para cada duas colheres de arroz, comer uma de feijão; evitar gorduras e frituras; usar mensalmente uma colher de óleo para cada duas pessoas da casa; realizar três refeições principais e um lanche no dia; comer com calma e não diante da TV; evitar doces e alimentos calóricos; comer de tudo, mas caprichar nas verduras, legumes, frutas e cereais; praticar atividades físicas; controlar o estresse.
Quanto ao cronograma de mudanças, a cartilha traz três meses de adaptação para os cantineiros. Dentre as dicas dadas aos empresários estão: colocar figuras e fotografias de alimentos saudáveis no estabelecimento; desenvolver receitas novas (no curso também será oferecido este serviço aos cantineiros); deixar os alimentos mais saudáveis sempre à vista da gurizada; conversar com os clientes sobre as vantagens deste tipo de alimento; pedir aos fornecedores cartazes sobre frutas e poupas, por exemplo; etc.

Fonte: Marcelo Eduardo - Capital News (www.capitalnews.com.br)

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