José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Os riscos das dietas milagrosas

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Os riscos das dietas milagrosas

O Ministério da Saúde realizou um estudo que mostra que quase metade da população adulta (48,1%) está acima do peso. Deste total, 15% são obesos. Há cinco anos, a proporção era de 42,7% para o excesso de peso e de 11,4% para a obesidade.

Entre os brasileiros gordinhos, a maioria procura emagrecer com as famosas dietas "milagrosas". Restritivas, elas retiram da alimentação diária nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo. Outras são ainda mais radicais e as pessoas ingerem apenas líquido ou frutas.

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Apesar do resultado rápido, essas dietas não são recomendadas por especialistas, porque a retomada da alimentação normal faz com que o peso anterior retorne facilmente. De acordo com a nutricionista Suelen Cadamuro, a pessoa não adquire hábitos saudáveis e sofre muito. O carboidrato quando retirado da dieta alimentar faz muita falta. É uma importante fonte de energia, por exemplo, e não pode ser eliminado totalmente.

"As pessoas que fazem esse regime do carboidrato, normalmente ficam fracas, cansadas e sem muitos reflexos. Podemos comparar a situação com um brinquedo que precisa de três pilhas para funcionar e tem apenas duas. Ele não vai funcionar e da mesma forma acontece com o ser humano", exemplifica a nutricionista.
Divulgação

Alimentação deve ser rica em frutas e verduras. Nutricionista recomenda seis refeições balanceadas por dia
O ideal é que o indivíduo que quer perder peso, procure um profissional para que um sistema de reeducação alimentar seja programado. "O paciente deve ser acompanhado por um nutricionista e um endocrinologista. Primeiro fazemos todos os exames para saber que tipo de dieta deve ser recomendada e também saber se a pessoa tem alguma doença como hipotireoidismo, por exemplo, que deve ser tratado com medicação", explica Suelen.

Somente após a avaliação nutricional, o paciente estará em condições de adquirir novos hábitos alimentares. "O que é recomendado para uma pessoa, pode não ser para a outra", enfatiza a nutricionista. Fatores como a raça, o tipo sanguíneo e a genética devem ser levados em conta, antes de indicarmos o tratamento".

Para atingir o peso ideal, o paciente deve entender que o organismo precisa de tempo, é uma nova realidade. Algumas pessoas perdem um quilo por mês e levam até um ano para receberem alta do tratamento.
O processo é lento, porém eficaz.

Suelen explica que a reeducação alimentar inclui seis refeições diárias e a ingestão de alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras, sem a restrição de carboidratos e gorduras. Esses nutrientes devem ser ingeridos em pequenas quantidades e na hora certa. Comece o dia bem alimentado e diminua progressivamente. O jantar, por exemplo deve ser ingerido três horas antes de dormir porque o processo da digestão é mais lento no período noturno.
FONTE: http://www.odiario.com/saude/noticia/521642/os-riscos-das-dietas-milagrosas/

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