José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Obesidade e o coração

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Obesidade e o coração

Parece lógico que uma pessoa magra de qualquer sexo o coração tem que trabalhar menos, pois o sangue circula numa área menor do corpo. Se a obesidade começa na infância e na adolescência esse esforço extra no obeso causa uma alteração anatômica no coração A obesidade por si só causa mudanças na estrutura e no tamanho do coração, além de alterar funcionamento e modificar a função elétrica, que regula os batimentos causando uma fibrilação atrial (arritmia cardíaca em que o coração não bate e relaxa, mas fica batendo de uma forma irregular).
A obesidade causa a expansão da aurícula esquerda e do ventrículo esquerdo, comprometendo a função cardíaca.O aurícula esquerda é responsável por receber o sangue rico em oxigênio dos pulmões e enviá-lo para o ventrículo esquerdo, que bombeia esse sangue para todo o corpo. Vários estudos científicos que comprovam os danos que a obesidade causa para a saúde do coração alem dos danos do colesterol. Para ter mais força para impulsionar o sangue numa pessoa obesa o organismo aumenta as paredes da aurícula esquerda , que fica alargada com isso aumenta o risco de arritmia cardíaca e fibrilação atrial.Associado com a alteração no ventrículo esquerdo que faz com que o coração utilize mais força para conseguir bombear o sangue, causa a insuficiência cardíaca, com pernas inchadas, falta de fôlego, canseira aos menores esforços
Esses danos no coração, causados pela obesidade, podem ser revertidos com a perda de peso.Um estudo, realizado pela Faculdade de Medicina da Geórgia, nos Estados Unidos, avaliou os benefícios da cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como redução do estômago, nas disfunções cardíacas causadas pela obesidade.Os pesquisadores avaliaram 1156 pacientes obesos mórbidos, sendo que 733 pacientes foram submetidos a cirurgia bariátrica e 423 receberam tratamento clínico da doença cardíaca. A idade média dos participantes era de 43 anos e o Índice de massa corporal (IMC) era de 47,9 no grupo cirúrgico e de 45 no grupo clínico.
Após dois anos, os pacientes foram avaliados novamente e aqueles que foram submetidos à cirurgia reduziram o IMC em 15,4, enquanto o outro grupo registrou uma redução de apenas 0,03. A perda de peso foi associada a uma estabilização ou reversão parcial das alterações cardíacas, que eram causadas pela obesidade. Os pacientes que passaram pela cirurgia também tiveram redução na pressão arterial, colesterol ruim e melhora na resistência na insulina, controlando também o diabetes tipo II dos pacientes.No início e no final do estudo os pacientes passaram por uma avaliação de altura, peso, freqüência cardíaca, pressão arterial, glicemia, colesterol e outros fatores.A cirurgia bariátrica é recomendada quando o índice de massa corporal (IMC) é maior que 40kg/m² em pessoas com idade superior a 18 anos, seja homem ou mulher.Os pesquisadores também avaliaram os movimentos e a estrutura do coração dos pacientes por meio de ecocardiografia e exames de ultrasom.


Fonte :: J Thorac Cardiovasc Surg. 2011 Nov;142(5):1052-61
http://ram.uol.com.br/materia.asp?id=2015

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