José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: EUA aprovam o primeiro medicamento contra a obesidade em 13 anos

sábado, 14 de julho de 2012

EUA aprovam o primeiro medicamento contra a obesidade em 13 anos

Substância age sobre os receptores de serotonina no cérebro, levando a pessoa a comer menos e mesmo assim sentir-se satisfeita

Belviq lorcaserina
Belviq: droga atua diminuindo o apetite e é indicada apenas para pacientes com IMC acima de 30 (Divulgação/Arena Phamaceuticals)
O governo americano aprovou nesta quarta-feira o uso da nova droga lorcaserina — cujo nome comercial é Belviq — para tratar da obesidade. Ela age especificamente nos receptores de serotonina presentes no cérebro, levando a pessoa a comer menos e mesmo assim sentir-se saciada. Ela é a primeira droga contra obesidade aprovada nos últimos 13 anos pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula alimentos e drogas nos Estados Unidos.

Saiba mais

SEROTONINA
Um neurotransmissor (substância química que realiza a comunicação entre os neurônios) que auxilia a regulação do humor, do sono, da atenção e do apetite. Está associado aos mecanismos de recompensa do cérebro.
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
Índice que mede a gordura corporal, baseado no peso e na altura do indivíduo. Ele é calculado ao se dividir o peso da pessoa pelo valor de sua altura elevada ao quadrado. As pessoas que têm o índice maior do que 30 são consideradas obesas.
DIABETES TIPO 2
Enquanto o diabetes tipo 1 ocorre pela falta da produção de insulina, no de tipo 2 a insulina continua a ser produzida normalmente, mas o organismo desenvolve resistência ao hormônio. É causado por uma mistura de fatores genéticos e pelo estilo de vida: 80% a 90% das pessoas que têm o tipo 2 da diabetes são obesas.
A droga foi aprovada para o uso em adultos com um índice de massa corporal de 30 ou mais (calcule aqui seu IMC), que podem ser considerados obesos, ou com um índice de 27 e que sofram de algum problema relacionado ao peso, como pressão alta, diabetes tipo 2 ou colesterol alto.
O remédio foi testado em aproximadamente 8.000 pacientes obesos e acima do peso, que usaram o remédio entre 52 e 104 semanas. Com o tratamento, todos os participantes receberam aconselhamentos sobre como alterar o estilo de vida para reduzir o consumo de calorias e aumentar os exercícios. Os pacientes que se trataram com a lorcaserina tiveram uma perda de peso de 3% a 3,7% maior do que aqueles que se trataram com placebo.
Cerca de 38% dos pacientes que sofriam com diabetes tipo 2 e receberam a droga perderam pelo menos 5% de seu peso, enquanto somente 16% dos pacientes com diabetes que receberam o placebo tiveram o mesmo resultado. Já entre os pacientes que não sofriam de diabetes, 47% dos que usaram a droga perderam peso, contra 23% dos tratados com placebo.
O FDA, no entanto, recomenda que a droga deixe de ser administrada para os pacientes que não conseguirem perder peso depois de 12 semanas de tratamento. Para eles, a droga não terá nenhum efeito significativo.
Entre os efeitos colaterais constatados estão a síndrome de serotonina, que é causada pelo excesso do neurotransmissor e pode levar à morte. Os especialistas dizem que a droga não deve ser misturada com outros medicamentos que aumentem os níveis de serotonina no cérebro ou ativem seus receptores, incluindo algumas drogas contra a depressão e enxaqueca.
Segundo a Anvisa, a droga ainda não consta em seus sistemas, sinalizando que a empresa responsável por sua fabricação ainda não deu entrada para aprová-la no Brasil.
FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/eua-aprovam-o-primeiro-medicamento-contra-a-obesidade-em-13-anos--2?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

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