Estimuladas
a brincar com seus filhos, mães foram observadas por especialistas
treinados que avaliaram o relacionamento entre mães e filhos e a reação
das crianças. Os índices analisados foram: a idade dos pequenos
(crianças de 1 a 3 anos), os aspectos comportamentais maternos (apoio,
respeito pela autonomia da criança, intromissão e hostilidade) e a
segurança observada nos filhos quando estavam perto e longe de suas
mães.
A Ohio State University (Estados Unidos) foi a percurssora do estudo,
que classifica a sensibilidade materna como a habilidade da mãe em
reconhecer o estado emocional de sua criança e responder com
consistência e carinho, evitando assim reações como estresse, raiva
extrema, ansiedade e dificuldade na relação interpessoal.
Os pesquisadores usaram pontuações de zero a seis para explicar os
fatores acima relacionados. Cada ponto reflete uma amostra de ligação
insegura da criança ou baixa sensibilidade da mãe. Uma pontuação igual
ou maior a três indica um relacionamento de qualidade pobre.
O próximo passo foi o cálculo do índice de massa corpórea (IMC) da
criança usando seu peso e altura em idade próxima aos 15 anos. O IMC foi
convertido em percentuais por idade e sexo, com base na tabela de
crescimento desenvolvida pelo Centers for Disease Control and
Prevention. De acordo com essas diretrizes, a criança é considerada
obesa se o percentual for equivalente ou maior a 95 nessa tabela.
De 100% das crianças envolvidas na pesquisa, 24,7% foram
classificadas como portadoras de um relacionamento pobre com suas mães
durante a infância. Entre elas, a prevalência de obesidade na
adolescência foi de 26,1%. A ocorrência de obesidade foi menor entre
aqueles que mantiveram boas relações: 15,5%, 12,1% e 13% entre mães e
filhos com pontuação de dois, um e zero, respectivamente. Desse modo, os
filhos que tiveram relacionamentos de baixa qualidade com suas mães,
logo no começo da vida, eram quase duas vezes e meia mais propensos à
obesidade quando adolescentes do que aquelas crianças que mantiveram
relacionamentos melhores com suas mães.
De acordo com o estudo, a associação entre as experiências durante a
infância e a obesidade na adolescência tem origem no cérebro. O sistema
límbico do cérebro controla a resposta ao estresse, assim como o ciclo
sono-vigília, fome e sede e mais uma variedade de processos metabólicos,
principalmente por meio da regulação hormonal.
A conclusão do estudo foi a de que pais sensíveis criam um vínculo
afetivo saudável com seus filhos, melhorando a resposta ao estresse.
Essa resposta bem regulada pode interferir na forma como a criança dorme
e se ela come em resposta à angústia emocional – e esses são dois dos
fatores que influenciam a probabilidade de obesidade.
FONTE: http://genicsmedicina.com.br/blog/2012/07/02/maes-podem-evitar-o-risco-de-obesidade-infantil/
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