Dados estatísticos recolhidos de uma pesquisa norte-americana sobre Saúde e Nutrição, realizada de 1999 a 2008, mostra que menos de um quarto dos pais de crianças com sobrepeso se lembra de ter sido alertado pelo médico de que seu filho estava acima do peso. Para os pesquisadores da Universidade do Norte da Califórnia, a falta de conhecimento impede que algo seja feito para reverter a situação.
“Se soubessem que seus filhos estavam acima do peso, os pais poderiam ter motivo as crianças a manterem uma alimentação mais saudável e a praticarem mais atividades físicas, mas muito poucos disseram terem ouvido a partir de seu médico que as crianças estavam
com sobrepeso”, diz Eliana M. Perrin, principal autora do estudo.
A pesquisa envolveu quase 5 mil crianças, com idades entre 2 e 15 anos e que tinham um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior 85, medidos com base na altura e peso.
Durante esse tempo, apenas 22% dos pais relataram que um médico ou outro profissional de saúde disse que seu filho estava acima do peso. No entanto, esse percentual aumentou de 19,4% em 1999 para 23,4% e 2004, e depois para 29,1% entre 2007 e 2008. Mesmo entre os pais de crianças claramente obesas, apenas 58% lembram de terem sido alertados por um médico.
E porque isso acontece? Sendo os pesquisadores, pode ser que os médicos hesitem em discutir o assunto devido ao estigma da obesidade. Também, alguns profissionais de saúde podem não estar familiarizados com o índice de massa corporal, gráficos e definições relacionadas com sobrepeso e obesidade. Ou, alguns médicos podem não ser diligentes o suficiente para tornar a mensagem clara, particularmente para os pais que não querem ouvir.
Em pesquisas futuras, Perrin acredita ser necessário descobrir o quanto a comunicação sobre o peso das crianças influencia o comportamento dos pais e se ouvir que seu filho está acima do peso é um alerta mesmo tão motivador para mudança de hábitos. “Precisamos descobrir onde está esta falha na comunicação para que possamos fazer melhor no futuro. Nosso grupo de pesquisas está trabalhando em ambas questões”, finaliza.
FONTE: http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=399299
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