José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Imigrantes brasileiros criam “dieta saudável” para filhos na CA

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Imigrantes brasileiros criam “dieta saudável” para filhos na CA

image Em outubro de 2011, o Centro Rudd apresentou os resultados do seu relatório durante o Encontro Anual de Saúde Pública em Washington - DC., revelando as empresas estão ampliando suas campanhas, sobretudo visando a população negra e hispânica

Márcia de Paula e Lucas da Silva formam um casal brasileiro vivendo em Los Angeles, CA, trabalhando e criando duas filhas jovens, Alexas (14) e Sabrina (10)
Educar os filhos pode ser bem complicado, especialmente quando se busca incentivar o consumo de água em abundância, a prática de esportes e, sobretudo, a ingestão de alimentos saudáveis. Márcia de Paula e Lucas da Silva formam um casal brasileiro vivendo em Los Angeles (CA), trabalhando e criando duas filhas jovens, Alexas (14) e Sabrina (10).
“Tem sido muito difícil tentar controlar o que as minhas filhas estão comendo diariamente. Em casa, nós temos sempre disponíveis muitas frutas, verduras e água. Mas é difícil concorrer com todos aqueles produtos nas máquinas automáticas existentes nas escolas. Minhas filhas sempre acabam comendo as batatas fritas, o chocolate, as bebidas açucaradas em lugar do lanche servido na escola. De alguma forma, esse tipo de guloseima se apresenta de forma muito mais atraente, estragando o apetite delas no resto do dia,” disse Márcia durante entrevista recente em Venice Beach, Califórnia.
Quando Márcia e Lucas abriram sua galeria de molduras (Universal Gallery) na década de 90, suas agendas ficaram bem apertadas. Márcia sempre gostou de cozinhar e preparava alimentação suficiente para a semana e a estocava no refrigerador. Mas entre deixar as crianças na escola, cuidar dos negócios, da casa, fazer compras e tomar cuidado com outros assuntos pessoais, o dia acabava ficando curto, sendo obrigada a parar num restaurante de comidas rápidas à caminho de casa ao sair do trabalho.  A comida caseira sempre ficava em segundo plano, dada a comodidade e disponibilidade dos restaurantes de comidas rápidas. Essa rotina começou a incomodar a família quando eles perceberam que seu nível de energia estava baixo enquanto seu peso aumentava.
“As crianças adoravam as comidas rápidas, os hambúrgueres e batatas fritas, mas sentíamos que faltava uma aproximação maior entre nós como família. Acreditamos que fazer as refeições caseiras juntos pode contribuir para um melhor relacionamento entre pais e filhos”, disse ela.  
Assim que os negócios começaram a melhorar, Márcia encontrou mais tempo para cuidar da família. Ela fez questão que eles comecem o que ela havia preparado para a semana e as visitas a restaurantes de comidas rápidas diminuíram.
“Eu cresci com meu pai sempre se preocupando com a qualidade dos alimentos que comíamos. Quando ele ficou mais velho e apresentou alguns problemas de saúde, ele mudou inteiramente sua dieta, reservando também um espaço para exercícios físicos. Essas pequenas mudanças contribuíram para que ele tivesse uma vida mais saudável e perdesse peso.  Eu estou tentando passar para minhas filhas esse valores, servindo como exemplo. Acredito que os filhos podem se “inspirar” ao ver os pais engajados em alguma atividade física e se alimentando bem”, conclui Márcia.
Quando a família soube do relatório divulgado pela Fundação Robert Wood Johnson juntamente com o Centro Yale Rudd Para Políticas de Alimentação e Obesidade sobre as táticas de marketing desenvolvidas pela indústria de bebidas açucaradas visando o público jovem, os pais ficaram bastante preocupados, sobretudo com a ausência de informações referentes à quantidade de cafeína presentes nos rótulos de muitos produtos energéticos e adocicados.
“As companhias de bebidas açucaradas e energéticas deveriam ser obrigadas a publicar em seus rótulos e embalagens as quantidades exatas de cafeína contida em suas fórmulas. Seria muito mais fácil argumentar com nossos filhos sobre as consequências do abuso de bebidas altamente calóricas que contenham cafeína se tivéssemos as informações disponíveis,” disse Márcia.
Essa é uma preocupação que aflige membros da comunidade brasileira nos Estados Unidos, como é refletido nas maneiras pelas quais a família Silva negocia o consumo de bebidas açucaradas.
“Minhas filhas adoram bebidas açucaradas, e não temos a ilusão de parar de consumi-las tão cedo. Então, o negócio é consumi-las com moderação, substituindo-as por água sempre que possível”, concluiu Márcia.
FONTE: http://www.brazilianvoice.com/bv_noticias/bv_comunidade/42054-Imigrantes-brasileiros-criam-dieta-saudvel-para-filhos.html

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