José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Humanidade a braços com a obesidade

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Humanidade a braços com a obesidade


Humanidade a braços com a obesidade

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Daqui a 20 anos, um grande número de habitantes da Terra serão mais gordos e mais doentes. A culpa é do sedentarismo e da alimentação inadequada.
Esta dececionante conclusão pertente aos especialistas da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).
A obesidade será uma epidemia mesmo nos países em desenvolvimento e mais pobres da Europa e da Ásia Central, uma vez que lá se conseguirá vencer a fome.
No entanto, os autores do relatório não indicam quando chegará a abundância (ou se chegará mesmo) a África e ao Sudeste Asiático, onde vive o maior número de pessoas com fome e onde a desnutrição é uma das causas de morte mais frequentes.
Não obstante, os especialistas há muito que observam uma tendência: a obesidade deixou de ser só um problema dos países desenvolvidos para passar a sê-lo também nos países em desenvolvimento. A culpa é da alimentação errada e  do agravamento das condições ecológicas, disse à Voz da Rússia Larissa Tabachnikova, médica nutricionista.
“Alimentos refinados,  vida sedentária, tudo isto em conjunto leva à obesidade. No homem moderno, o gasto de calorias é muito menor. As calorias rápidas, provenientes dos alimentos ricos em hidratos de carbono e que as pessoas tanto gostam, levam ao aumento de peso. Nós não consumimos alimentos “normais”, totalmente naturais, porque já nos desabituámos deles e não conseguimos encontrá-los por muito que procuremos. Os alimentos estão poluídos, contêm muitas impurezas. Este é mais um dos problemas ligados à poluição do ambiente, que acaba por provocar a poluição do próprio organismo do homem”.
Uma outra razão da obesidade, segundo os psicólogos, é o fato de haver tendência a comer mais devido ao stress. Para relaxar depois de um dia de trabalho, as pessoas petiscam durante a noite, abusam dos doces e das bebidas alcoólicas.
Em determinados países que só há pouco conheceram a prosperidade, as pessoas ultimamente compram “para ter de reserva”, se lembrando dos tempos de crise em que as prateleiras das lojas estavam vazias.
Por último, a principal razão acaba sendo a aceleração do estilo de vida, quando as refeições são feitas rapidamente e sem hora marcada. Geralmente, nessas ocasiões come-se o que está à mão: sejam alimentos ricos em hidratos de carbono ou uma excessiva refeição de fast food.
Há uma teoria, bastante radical, sobre o problema do excesso de peso. A obesidade seria vantajosa para as forças políticas que fazem lobby às empresas farmacêuticas que vendem medicamentos para emagrecer e equipamentos para clínicas de emagrecimento. Os adeptos desta teoria afirmam que, de outra forma, na televisão e na Internet não haveria tanta publicidade apelando às pessoas para emagrecerem através de determinados produtos.
Na verdade, é difícil acreditar em tal cinismo dos governos: acontece que anualmente morrem 2,8 milhões de pessoas devido à obesidade. Ao mesmo tempo, o número de mortes devido à fome no fim da década passada atingiu um bilhão de pessoas. A Humanidade terá, pois, que arranjar maneira de resolver este paradoxo.
FONTE: http://portuguese.ruvr.ru/2012_04_24/FAO-humanidade-fome-alimentacao-obesidade/

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