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Daqui a 20 anos, um grande número de
habitantes da Terra serão mais gordos e mais doentes. A culpa é do
sedentarismo e da alimentação inadequada.
Esta dececionante conclusão pertente aos especialistas da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).
A obesidade será uma epidemia mesmo nos países em desenvolvimento e mais pobres da Europa e da Ásia Central, uma vez que lá se conseguirá vencer a fome.
No
entanto, os autores do relatório não indicam quando chegará a
abundância (ou se chegará mesmo) a África e ao Sudeste Asiático, onde
vive o maior número de pessoas com fome e onde a desnutrição é uma das
causas de morte mais frequentes.
Não obstante, os
especialistas há muito que observam uma tendência: a obesidade deixou de
ser só um problema dos países desenvolvidos para passar a sê-lo também
nos países em desenvolvimento. A culpa é da alimentação errada e do
agravamento das condições ecológicas, disse à Voz da Rússia Larissa Tabachnikova, médica nutricionista.
“Alimentos
refinados, vida sedentária, tudo isto em conjunto leva à obesidade. No
homem moderno, o gasto de calorias é muito menor. As calorias rápidas,
provenientes dos alimentos ricos em hidratos de carbono e que as pessoas
tanto gostam, levam ao aumento de peso. Nós não consumimos alimentos
“normais”, totalmente naturais, porque já nos desabituámos deles e não
conseguimos encontrá-los por muito que procuremos. Os alimentos estão
poluídos, contêm muitas impurezas. Este é mais um dos problemas ligados à
poluição do ambiente, que acaba por provocar a poluição do próprio
organismo do homem”.
Uma outra razão da obesidade,
segundo os psicólogos, é o fato de haver tendência a comer mais devido
ao stress. Para relaxar depois de um dia de trabalho, as pessoas
petiscam durante a noite, abusam dos doces e das bebidas alcoólicas.
Em
determinados países que só há pouco conheceram a prosperidade, as
pessoas ultimamente compram “para ter de reserva”, se lembrando dos
tempos de crise em que as prateleiras das lojas estavam vazias.
Por
último, a principal razão acaba sendo a aceleração do estilo de vida,
quando as refeições são feitas rapidamente e sem hora marcada.
Geralmente, nessas ocasiões come-se o que está à mão: sejam alimentos
ricos em hidratos de carbono ou uma excessiva refeição de fast food.
Há
uma teoria, bastante radical, sobre o problema do excesso de peso. A
obesidade seria vantajosa para as forças políticas que fazem lobby às
empresas farmacêuticas que vendem medicamentos para emagrecer e
equipamentos para clínicas de emagrecimento. Os adeptos desta teoria
afirmam que, de outra forma, na televisão e na Internet não haveria
tanta publicidade apelando às pessoas para emagrecerem através de
determinados produtos.
Na verdade, é difícil
acreditar em tal cinismo dos governos: acontece que anualmente morrem
2,8 milhões de pessoas devido à obesidade. Ao mesmo tempo, o número de
mortes devido à fome no fim da década passada atingiu um bilhão de
pessoas. A Humanidade terá, pois, que arranjar maneira de resolver este
paradoxo.
FONTE: http://portuguese.ruvr.ru/2012_04_24/FAO-humanidade-fome-alimentacao-obesidade/
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