José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Sedentarismo reduz em quase 80% o equilíbrio de mulheres

terça-feira, 24 de abril de 2012

Sedentarismo reduz em quase 80% o equilíbrio de mulheres

O equilíbrio é o fator que mais sofre com a ausência da atividade física durante a fase da terceira idade
O equilíbrio é o fator que mais sofre com a ausência da atividade física durante a fase da terceira idade
Adriel Arvolea

A falta de atividades físicas na terceira idade afeta diretamente nas reações metabólicas, neuromotoras e funcionais, segundo estudo da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com o Celafiscs (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul). O levantamento acompanhou cerca de 300 mulheres, com idades a partir dos 50 e acima de 70 anos, todas em fase sedentária. O equilíbrio é o fator que mais sofre com a ausência da atividade física durante a terceira idade.

Ao serem submetidas a um teste com duração de 30 segundos, as participantes, na faixa etária entre 50 e 59 anos, conseguiram manter-se equilibradas por, aproximadamente, 24 segundos. Já as entrevistadas a partir de 70 anos realizaram o mesmo exame em apenas 13,40 segundos, o que aponta uma queda de 78,8% na capacidade de equilíbrio. O sedentarismo na terceira idade, também, compromete a agilidade das pessoas. Ao serem expostas a um exercício de locomoção, para andar um curto trajeto, as participantes com 50 e 59 anos realizaram o percurso em 2,5 segundos. Já as mulheres acima de 70 anos caminharam em 3,11 segundos, o que aponta aumento de 24% no grau de dificuldade. O reflexo, também, é comprometido pela falta da atividade física, com perda de força e de massa muscular por falta de exercício físico.

Nayara Boer Manoel, especialista em Fisiologia do Exercício e Treinamento Resistido na saúde, doença e envelhecimento, pela Faculdade de Medicina da USP, explica que a mulher sofre várias degenerações em seu organismo com o tempo, alterações posturais em atividades do dia a dia, além da redução da densidade mineral óssea - o que desencadeia a osteopenia e osteoporose, alterações hormonais, em especial na menopausa, e várias outras patologias metabólicas e musculoesqueléticas. Para uma rotina saudável, destaca a prática de exercício físico, contínuo e acompanhado por um profissional coerente, associado a uma alimentação saudável que respeite três princípios básicos: variedade, equilíbrio e moderação. “A manutenção da aptidão física como um todo abrange a coordenação, velocidade, força, flexibilidade, potência e resistência. Os parâmetros de condição aeróbia são determinantes no envelhecimento saudável e estimulado de formas diferentes pelos diversos tipos de exercício físico”, orienta.

O treinamento de força, por exemplo - popular musculação -, promove a saúde musculoesquelética, com ausência de dores e uma boa capacidade funcional, oferecendo maior proteção a cartilagens, ligamentos e tendões, além da manutenção da estrutura óssea e muscular. “A prática desse exercício, em específico, ao longo da vida, previne desencadeamento de doenças crônicas, tais como diabetes tipo II, hipertensão arterial, dislipidemia, obesidade e até mesmo depressão, doenças estas agravadas com o envelhecimento”, esclarece.

Dentre os malefícios do sedentarismo na terceira idade, a profissional destaca que o idoso passa por diversas alterações fisiológicas, dentre elas a redução da capacidade cardiovascular e a significativa perda de massa muscular (até 30% de perda da musculatura dos 50 aos 80 anos), resultando na diminuição de força, tornando-o, muitas vezes, incapacitante e dependente de terceiros para realização de suas próprias atividades diárias. No entanto, a opção é individual de ser ativo e praticar demais hábitos de vida saudáveis (como a alimentação), lembrando sempre que as consequências de nosso estilo de vida, cedo ou tarde, se manifestarão, de forma positiva ou negativa. 
FONTE http://jornalcidade.uol.com.br/rioclaro/dia-a-dia/saude/90035-Sedentarismo-reduz-em-quase-80-o-equilibrio-de-mulheres

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