Eu não poderia deixar de comentar sobre esta matéria, que certamente deixou estarrecido quem a assistiu.
É preocupante o estado de saúde físico e emocional desta
moça, que foi da obesidade mórbida à anorexia, e caso não receba atendimento
adequado urgentemente, perderá a sua vida.
Para quem não viu a reportagem dela, aqui está o vídeo:
Nesses anos de atendimentos a pacientes que realizam a
cirurgia de redução de estômago, tenho visto que muitos não fazem ideia da
importância do suporte psicológico deste processo todo. Inclusive esta mesma
maioria demonstra estar interessada em
fazer apenas a avaliação psicológica, que, diga-se de passagem é
obrigatoriamente um dos requisitos para que se opere, pois acredito que se não
fosse assim , nem se submeteriam à avaliação, além de não retornarem para fazer
o acompanhamento psicológico no pós-operatório.
Infelizmente,
tenho visto muitos se concentrarem apenas em emagrecer, depositando suas
expectativas na cirurgia, acreditando que a mesma não lhe deixará mais com
fome, que pelo estômago estar menor não caberá tanta quantidade de alimento, e
que os esforços não serão mais necessários...
Acreditem, muitos não se preocupam com a saúde, nem
física e nem emocional, revelam que imaginam, que após a cirurgia serão mais
felizes, que se amarão mais, e que não haverá mais problemas na vida...
Até certo ponto, também considero a possibilidade de se
sentirem mais felizes consigo mesmos, mas isso não significa que a satisfação
pessoal tenha que estar limitada ao corpo magro e à beleza, visto que os
problemas também continuarão existindo, como existe para todo ser humano, magro
ou não.
Por isso, a importância das orientações e acompanhamento
psicológico, seja no pré e pós-operatório. Toda situação nova gera estresse,
mesmo que estejamos buscando coisas boas nesta situação. Até que a pessoa
esteja adaptada ao novo estilo de vida, ela passará por momentos de estresse
que é o modo como nosso organismo reage para poder sobreviver e enfrentar a
vida.
A mudança após a cirurgia é realmente radical, e é
necessário que a pessoa esteja ajustada psicológicamente para lidar com o que
virá pela frente.
O acompanhamento psicológico, além de proporcionar
conscientização de que a cirurgia é uma das ferramentas que ele dispõe para
melhorar não só a saúde, como emagrecer, mas que ela não fará tudo pela pessoa,
tem o objetivo de desmistificar crenças irrealistas sobre todo o processo,
salientando que nada será útil se ela não mudar pensamentos e atitudes em
relação à comida e a si mesmo. A terapia lhe ajudará gradativamente a se
adaptar ao novo estilo de vida, bem como a lidar com sua nova imagem corporal,
pois algumas pessoas entram em conflito diante desta nova identidade e passam
apresentar diversos transtornos por conta disso e pela nova rotina alimentar.
Deixo meu recado de sempre: "EMAGRECER envolve aprender a se alimentar
adequadamente, mas também é fazer uma faxina psicológica... Só mudamos
comportamento quando alteramos algo em nossa mente, por isso que muitos
emagrecem, mas não mantém a perda de peso a longo prazo, porque apenas
restringiram a alimentação e não alteraram nada interiormente" (Carla
Presutti)
Grande abraço e convido a todos a fazerem parte da minha
nova página: http://carlapresutti.blogspot.com.br
FONTE: http://emagrecendocomacabeca.blogspot.com.br/2012/06/da-obesidade-anorexia-apos-cirurgia-de.html#.T-3UsJGWnQw
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