José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Investigadores explicam por que razão há sempre “espaço para a sobremesa”

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Investigadores explicam por que razão há sempre “espaço para a sobremesa”

Estudo sugere que hormona envolvida no apetite tem também um papel no consumo de guloseimas

2012-06-25
Mesmo quando se tem a 'barriga cheia', a grelina estimula o consumo de doces
Mesmo quando se tem a 'barriga cheia', a grelina estimula o consumo de doces
Um novo estudo sugere que a grelina, hormona que induz o apetite, aumenta o estímulo para se comer doces, mesmo quando já se tem o estômago cheio. Os resultados desta investigação foram apresentados ontem durante o 94º Encontro Anual da Sociedade de Endocrinologia, que se realiza até amanhã em Houston (EUA).
No estudo, realizado com ratos, verificou-se que aqueles que não tinham o gene receptor da grelina comiam menos doces depois deu uma refeição completa do que aqueles que tinham o seu gene receptor intacto.
“Combinado com o crescimento de um estilo de vida sedentário, o excesso de consumo deste tipo de comida altamente calórica é parte responsável pela actual epidemia de obesidade”, diz Veronique St-Onge, que dirigiu o estudo, sugerindo que “os receptores de grelina podem ser um alvo importante para o tratamento da obesidade”.
O papel da grelina – também conhecida como 'hormona da fome' – foi estudado tendo em conta aquilo que se chama de 'fenómeno da sobremesa': comer doces depois de uma boa refeição. Para isso, utilizaram um grupo de ratos em que os sinalizadores de grelina foram geneticamente alterados. Os investigadores compararam estes ratos com o grupo de controlo, ratos cujo gene receptor de grelina estava intacto.
Cada grupo era composto por dez ratos que tinham livre acesso à sua dose regular de comida durante quatro horas por dia. No último dia do estudo, foi oferecido a cada rato 30 gramas de guloseimas durante a última hora de acesso à comida.
Não houve diferença na quantidade de ração para ratos que comeram. No entanto, os ratos geneticamente alterados comeram menos doces do que os outros (seis e oito gramas, respectivamente). A diferença é estatisticamente significativa quando comparada a quantidade comida por gramas de peso corporal.
“Os resultados sublinham a ideia de que a grelina está envolvida na alimentação baseada na 'compensação' e atrasa o término de uma refeição”, considera St-Onge.
Uma maior compreensão da acção da grelina pode ser útil para a prevenção da obesidade que resulta do consumo exagerado da chamada 'comida de compensação'.
FONTE: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54610&op=all

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