O acúmulo de gordura na região abdominal leva a um aumento de risco de doença cardiovascular e morte prematura. As principais alterações metabólicas associadas com obesidade abdominal são as dislipidemias – presença de níveis elevados de lipídios: moléculas gordurosas – e a resistência à insulina, elevando os níveis de açúcar no sangue.

Qual é a sua circunferência da cintura?

Atualmente, sabe-se que há uma relação entre o risco cardiovascular e o volume de gordura intra-abdominal, que pode ser quantificada através de exames sofisticados como a ressonância magnética ou de uma maneira bem simples: a medida da circunferência da cintura, que não deve ultrapassar 102 cm nos homens e 88 cm nas mulheres, conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
A Síndrome Metabólica (SM), relacionada com este aumento da cintura, é um conjunto de fatores de risco que, quando associados, elevam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes além de aumentar a mortalidade geral em cerca de 1,5 vez e a cardiovascular em cerca de 2,5 vezes.
Nos Estados Unidos estima-se que 24% da população adulta seja portadora da SM e que aproximadamente 50 a 60% dos americanos com mais de cinquenta anos também façam parte dessa preocupante população de alto risco cardiovascular.

Conjunto de Fatores de Risco

Contribuem para o aparecimento da SM a predisposição genética, a obesidade e a vida sedentária. Os fatores de risco são o acúmulo de gordura abdominal; HDL colesterol inferior a 40mg/dl em homens e 50mg/dl nas mulheres; níveis de triglicerídeos maiores que 149mg/dl; pressão arterial maior que 134/84mmHg e finalmente glicemia elevada, 110mg/dl ou superior. Quando três ou mais fatores de risco estão presentes estamos diante da síndrome metabólica. A maioria das pessoas com SM não tem sintomas, entretanto, correm o risco de desenvolver doenças graves, como o infarto do miocárdio e diabetes.
Está comprovado que exercício físico e dieta são considerados terapias de primeira escolha levando à redução expressiva da circunferência abdominal e da gordura visceral. Com isto há redução da pressão arterial, dos níveis de triglicérides, aumento do HDL-colesterol e melhora da sensibilidade à insulina, reduzindo os níveis de glicose.
FONTE: http://www.coracaoalerta.com.br/noticias/obesidade-abdominal-e-sindrome-metabolica-2/