REDAÇÃO |
Edição 196 - Junho de 2012
A
cirurgia de redução do estômago, procedimento adotado em casos de
obesidade mórbida, não resolve sozinha o problema de excesso de peso. Se
não houver uma mudança rigorosa nos hábitos alimentares, a operação
pode pouco valer, de acordo com estudo de pesquisadores da Universidade
Estadual Paulista (Unesp). O grupo coordenado pela nutricionista Maria
Rita Marques de Oliveira analisou o padrão de consumo de alimentos
relatado por 141 mulheres que haviam passado por uma cirurgia de redução
do estômago entre dois anos e sete anos antes da pesquisa. Dos 141
casos estudados, 119 foram considerados bem-sucedidos, com perda de mais
da metade do peso excedente. Essas mulheres ingeriam cerca de 20% menos
energia do que o organismo normalmente necessita. As outras 22
mulheres, cuja operação não produziu resultados tão animadores,
consumiam apenas 10% menos calorias do que
o necessário. Outra
diferença importante: a dieta das que emagreceram menos continha mais
gorduras e menos nutrientes essenciais (folato, vitaminas C e E) do que a
das que perderam mais peso (Nutrition Research, maio de 2012).
Segundo o estudo, a carência de nutrientes observada nas pessoas
submetidas à cirurgia parece depender tanto da qualidade dos alimentos
como da redução do trato digestivo, uma vez que as mulheres que
emagreceram mais ingeriam um nível mais adequado de nutrientes.
FONTE: http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/06/14/nao-basta-reduzir-estomago/
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