O
sobrepeso, na maioria dos casos, está acompanhado de sentimentos de
culpa e responsabilidade, de forma mais acentuada visto que a sociedade
atual supervaloriza o corpo magro e ainda é envolvida por estereótipos
de beleza e preconceitos quanto à obesidade. Porém esta não é uma
escolha e não tem relação com falta de vontade de se cuidar ou
autocontrole.
A
obesidade, além dos aspectos físicos e sociais, está associada com os
aspectos psíquicos e estes, na maioria dos casos, atuam no
desencadeamento e manutenção da mesma, já que pode haver nestes casos a
tentativa de “substituição” de afetos com o preenchimento do vazio
emocional pela comida. A obesidade acaba por gerar grande sofrimento,
afeta a relação do indivíduo consigo mesmo e com os outros e afeta sua
qualidade de vida, também porque muitas vezes a pessoa obesa não se
sente compreendida pelos que estão à sua volta.
Nesse
sentido, o auxílio do psicólogo se faz importante para orientação,
informação e apoio ao paciente, visto que a psicoterapia pode auxiliá-lo
a conhecer e compreender melhor a si mesmo e os fatores que levam à
obesidade em cada caso. Possibilita também que se construa uma nova
identidade que permita ao paciente atuar efetivamente em seu processo de
emagrecimento, através de sua reestruturação emocional em que
desenvolva recursos para superar conflitos emocionais e entre outras
questões auxilia o indivíduo a lidar e a controlar o que o angustia para
que não haja necessidade de buscar refúgio na comida, já que tal
mecanismo gera ainda mais angústia pela culpa.
O
trabalho bem sucedido para o controle da obesidade deve ser
multiprofissional e além do acompanhamento psicológico envolve questões
clínicas, nutricionais e atividade física.
Erica Patricia Cripa
Psicóloga
CRP - 08/16193
FONTE: http://www.cianortenews.com/opiniao/1980-obesidade-e-psicologia
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