José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: OBESIDADE NA MIRA

segunda-feira, 4 de junho de 2012

OBESIDADE NA MIRA

 fita


Os benefícios da cirurgia de redução do estômagomuito além do emagrecimento


Após uma gravidez de risco e o diag­nóstico de diabetes, Luzia Francisca Santana tomou a decisão que, segundo ela, mudaria a sua vida. Foi procurar um especia­lista para analisar viabilidade de uma cirurgia de redução de estômago. “Lutei a vida toda contra a obesidade, mas só quando os proble­mas começaram a surgir e tive que começar a tomar insulina é que tomei coragem para buscar mais informações sobre a cirurgia”, conta. A cirurgia bariátrica foi realizada no dia 18 de novembro no Hospital Marcelino Champagnat. Imediatamente, Luzia largou a insulina e, após quatro meses, perdeu 31 quilos. Se antes a taxa de glicose no sangue chegava a 256 em jejum, hoje não passa de 88. “Minha vida mudou totalmente”, diz.


Luzia Francisca Santana
Casos como o de Luzia são cada vez mais frequentes nos consultórios médicos brasilei­ros. Levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica revelou que mais de 50% da população brasileira apresen­ta sobrepeso, pouco mais de 9% apresenta obesidade leve e moderada e 3% apresenta obesidade mórbida, o que equivale a cerca de 3,7 milhões de brasileiros.

A obesidade mórbida é caracterizada pelo Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 40, ou acima de 35 quando há doenças associa­das, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, apneia do sono, artropatia e problemas psicos­sociais. O médico João Caetano Marchesini, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Marcelino Champagnat, ainda acrescenta que, além de acarretar todas essas doenças, a obe­sidade mórbida aumenta em dez vezes o risco de falecimento por morte súbita.

Segundo Marchesini, a obesidade está relacio­nada exclusivamente ao comportamento ali­mentar, que muitas vezes está associado a uma patologia, a compulsão alimentar. “É por isso que, no tratamento da obesidade, a avaliação psicológica e psiquiátrica vem antes da nutri­cional”, explica. O médico ainda esclarece que a cirurgia de redução do estômago só é indicada para obesos mórbidos. Para outros estágios de obesidade, o primeiro passo é procurar espe­cialistas em endocrinologia, nutrição e edu­cação física. Caso o tratamento seja ineficaz, o segundo passo é o balão intragástrico, que promove redução de peso de 15 a 20 kg entre as mulheres e de 20 a 25 kg entre os homens.

Cirurgia bariátrica: A cirurgia de redução do estômago começou a ser realizada na déca­da de 50, evoluindo até os dias atuais com o desenvolvimento de várias técnicas. “A mais utilizada no mundo é o chamado bypass gástrico, em que o estômago é dividido em duas partes e a menor delas é ligada ao intes­tino”, explica Marchesini.

Alcides Branco Filho, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Marcelino Champagnat, explica que, para realizar a cirurgia bariátrica, é preciso passar por uma série de avaliações pelas especialidades de psicologia, psiquiatria, nutrição, cardiologia, endocrinologia, anestesiologia, entre outras. Segundo ele, o acompa­nhamento médico é importante antes e após a cirurgia, pois cerca de 20% das pessoas voltam a engordar. “O principal problema da obesidade está na cabeça da pessoa, depois vem o estô­mago. Por isso, é necessária toda uma estrutura para que a cirurgia dê o resultado esperado”.

FONTE: http://www.hospitalmarcelino.com.br/obesidade.php

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