José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Dieta 'secreta' fez mineira perder 25 kg e virar professora de ginástica

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dieta 'secreta' fez mineira perder 25 kg e virar professora de ginástica

G1
A mineira Michele Ribeiro, de 29 anos, dá aulas de ginásticas todos os dias na cidade de Itaúna, em Minas Gerais. Atualmente com 63 kg, ela é uma pessoa disposta e feliz, ao contrário do que era há seis anos, com 85 kg. Com 1,57m de altura, Michele sofreu com o preconceito e com a dificuldade de arranjar emprego.

Natural da cidade de Resende Costa, em Minas Gerais, ela se casou cedo, aos 18 anos e começou a engordar.

A ansiedade era um fator que prejudicava o emagrecimento de Michele, que tentou várias dietas, mas sempre sem sucesso.

“O maior peso que eu vi foi 85 kg, mas fiquei muito tempo sem me pesar, tenho certeza que engordei mais do que isso”, lembra.

Depois de muito tempo sem trabalhar, ela conseguiu um emprego em um restaurante. “Eu comia muito e já vi que, trabalhando lá, ia ter que resistir às tentações”, conta. Mas Michele não conseguiu ignorar as comidas na cozinha e, um dia após almoçar no trabalho, foi para a casa e comeu logo depois de uma vez um pacote inteiro de bolacha recheada de chocolate, 100g de pão de queijo e dois pães doces com creme. “Olha o que eu comi, o que eu coloquei na minha barriga! Eu tinha pouco mais de 20 anos, era um absurdo”, lembra inconformada.

Michele decidiu começar o regime que “todo gordinho sabe, mas não faz”, segundo ela.

“Bolei uma dieta para mim mesma, escrevi num caderninho e abusava da salada e dos legumes no restaurante”, diz a mineira que apostou no silêncio para o regime funcionar. “Eu não contei para ninguém que tinha começado o regime. Todas as vezes que eu contava, as pessoas me cobravam nos almoços de domingo quando eu resolvia comer algo diferente e minha autoestima ia lá para baixo. E eu comia de novo, não funcionava”, recorda.

A dieta secreta funcionou e ela perdeu 4 kg na primeira semana. Depois da reeducação alimentar, veio a vontade de praticar exercícios. “Convidei uma amiga minha para ir à minha casa e fazíamos atividade física juntas”, lembra Michele. Sete meses depois, ela alcançou os 60 kg e a família e os amigos começaram a estranhar e achar que ela estava doente.
Eu era viciada em comida, depois aprendi a me controlar e consegui manter meu peso"
Michele Ribeiro

Nas reuniões familiares, Michele se permitia escapar da dieta e isso não prejudicava porque ninguém sabia que ela estava fazendo regime.

“Eu era viciada em comida, depois aprendi a me controlar e consegui manter meu peso”, lembra. Antes de emagrecer, o café da manhã era dois ou três pães recheados com batata palha e, no almoço, sempre dois pratos ou mais.

Com a nova vida, vieram os novos hábitos e entraram na dieta de Michele os pães integrais, os sucos naturais e os alimentos light. “Eu adorava refrigerante e chocolate, mas desacostumei. Hoje tomo suco e chá verde todos os dias. Encontrei uma maneira de me manter sem exagerar para não engordar mais”, afirma.

O chocolate continuou na dieta da mineira, mas com moderação. “Antes eu comia duas caixas de bombom por semana e de uma vez só. Hoje de vez em quando como o chocolate meio amargo e vi no Bem Estar que faz bem para o coração”, diz.

Professora de ginástica
A atividade física se tornou parte tão importante na vida de Michele que ela resolveu dar aulas e ajudar outras pessoas da cidade de Itaúna. O projeto começou com aulas na própria casa da mineira: Michele organizava reuniões e contava sua história para outras pessoas com problemas de obesidade. Depois de um curso de aeróbica, ela virou professora e passou a dar aulas todos os dias.

“Dou aula para várias pessoas ao mesmo tempo. Calculo o peso que elas têm que chegar e a maioria está conseguindo. Eu trabalho em centros comunitários porque meu alvo é ajudar as pessoas com menos poder financeiro. É uma maneira de ajudar os outros e me ajudar também a manter a saúde”, avalia Michele, que coloca fotos suas antigas na parede para incentivar os alunos.
Eu sentia muito cansaço e indisposição, dormia muito. Hoje me sinto bem, acordo cedo e não sinto mais sono"
Michele Ribeiro

A saúde de Michele melhorou tanto que ela passou a ter disposição e vontade para realizar as atividades do dia-a-dia. “Eu sentia muito cansaço e indisposição, dormia muito. Hoje me sinto bem, acordo cedo e não sinto mais sono”, conta.

Os quilinhos a mais também foram problema no primeiro casamento da mineira. “Meu ex-marido ficava me chamando de barril, de lutadora de sumô”, lembra.

Michele sofreu preconceito dentro da família e para arranjar um emprego. Com o excesso de peso e a falta de vaidade, ela aparentava ser mais velha do que realmente era. “Quando eu estava gorda, pensavam que eu tinha 35 anos. Hoje com 29, as pessoas acham que eu tenho 18, 19 anos. Fico muito feliz”, conta.

Michele se separou do marido e logo arranjou um novo. “Estamos juntos há dois anos e ele me incentiva muito, me ajuda”, diz feliz. Hoje, mais vaidosa, ela se preocupa com a aparência, refez todo o guarda-roupa e se veste muito melhor. “Eu acordei para a vida e descobri que eu tinha uma cintura. Foi uma transformação total”, avalia.
FONTE: http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=7&cid=113807

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