José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Estudo sobre saúde bucal revela obesidade e sedentarismo entre crianças

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Estudo sobre saúde bucal revela obesidade e sedentarismo entre crianças



Resultados revelaram ainda dados alarmantes sobre atividades físicas, obesidade e ambiente escolar
Por: Luciara Schneid
luciara@diariopopular.com.br Era para ser um estudo sobre saúde bucal entre escolares de Pelotas, mas os resultados revelaram ainda dados alarmantes sobre atividades físicas, obesidade e ambiente escolar relacionado a este público. Entre as 1.120 crianças examinadas, na faixa entre oito e 12 anos, de 15 escolas públicas e cinco privadas de Pelotas, 21,35% apresentaram sobrepeso e 13,29% obesidade, ou seja, 34,64% têm Índice de Massa Corporal (IMC) acima dos padrões normais. O mais impressionante: 75,76% não praticam atividades físicas.

Quanto à saúde bucal, objetivo principal do estudo, se descobriu entre os dados mais significativos que, entre as crianças examinadas, 32,4% têm pelo menos um dente afetado por cárie. Cerca de 12% apresentaram traumatismo dentário, com tendência linear de aumento com a idade, o que demonstra a importância de se estabelecer estratégias preventivas direcionadas a esta faixa etária.

A maioria das crianças, 59,54%, não apresentou desvios dentários (alterações oclusais) que demandassem tratamento. O tratamento ortodôntico foi classificado como fundamental em 9,66%, altamente desejável em 9,33% e eletivo em 21,47% das crianças avaliadas. Ainda, 24,4% das crianças nunca havia ido ao dentista, fato relacionado à criança estudar em escola pública, ter pais com baixa escolaridade, medo de dentista e pior hábito de higiene bucal, o que demonstrou a influência dos fatores socioeconômicos e comportamentais no uso de serviços odontológicos.

Os dados são preliminares e se referem ao projeto em saúde bucal Traumatismo Dentário em Escolares: Prevalência, Fatores Associados e Consequências, com exames realizados entre os meses de julho e novembro de 2010. Os recursos para a pesquisa são oriundos dos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia (MCT) e é financiada através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O coordenador do projeto, o professor Flávio Fernando Demarco, da Odontologia e também da Epidemiologia da UFPel, disse que a questão do alto índice de obesidade saltou aos olhos e mostrou a necessidade de as escolas e secretarias estaduais e municipais de Educação estabelecerem políticas para melhorar esta situação extremamente preocupante como, por exemplo, a adoção de alimentos mais saudáveis nas cantinas.

Para saber mais sobre esse projeto, bem como conhecer as outras pesquisas que ele originou em outras áreas da saúde que não a bucal, leia a matéria na edição impressa do Diário Popular desta quarta-feira (28).
  FONTE: http://www.diariopopular.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?id=6&noticia=50130

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