José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Malhar reduz riscos cardíacos mesmo para os gordinhos

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Malhar reduz riscos cardíacos mesmo para os gordinhos

O que é melhor: um magro sedentário ou um gordinho que se exercita? E qual deles tem maior chance de ter problemas de saúde? A resposta não é difícil: o excesso de peso traz (muitas) complicações na imensa maioria dos casos durante o passar dos anos. Que emagrecer traz benefícios óbvios à saúde é sabido há décadas, mas a boa notícia é que gordinhos fisicamente ativos também têm boas chances de evitar os problemas cardiovasculares normalmente associados ao sobrepeso. A questão era saber até que ponto um estilo de vida ativo é capaz de proteger alguém dos problemas de saúde ligados à obesidade.
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos (de novo, sempre lá) e publicada no Journal of the American College of Cardiology, acompanhou três mil pessoas acima do peso, com idade média de 40 anos. Se os dados levantados no estudo estiverem corretos, eles ajudarão a esclarecer uma dúvida que ainda divide os especialistas.
A controvérsia: alguns trabalhos indicam que o exercício pode praticamente eliminar esses riscos, enquanto outros dizem que o excesso de peso é o fator preponderante, mesmo se a pessoa se esforça para não ser sedentária. Parte da dúvida parece estar ligada ao fato de que a maioria desses estudos levava em conta a saúde cardiovascular dos pacientes em um único ponto do tempo. Ficava difícil saber como os efeitos do exercício e do peso afetavam o organismo das pessoas a longo prazo.
Nesse levantamento, os pacientes faziam check-ups numa clínica localizada uma cidade do Texas, com intervalos de dois ou três anos entre cada avaliação médica. Na maior parte dos casos, os pesquisadores conseguiram avaliar o estado de saúde dos pacientes ao longo de três check-ups consecutivos. O objetivo era verificar como e quando os membros do grupo desenvolviam a chamada síndrome  metabólica, um conjunto de características (como pressão alta e triglicérides em nível elevado) diretamente ligado ao surgimento de doenças do coração e diabetes, por exemplo. Foi verificado que pouco mudava do primeiro check-up para o segundo. A maioria dos pacientes ganhou peso, mas nenhum desenvolveu a temida síndrome metabólica.
Do segundo para o terceiro check-up, o problema apareceu no grupo testado. Quem tinha se exercitado menos e ganhado peso, obviamente, tinha risco aumentado (71%) de ter a síndrome.  Contudo, quem engordava mas continuava fisicamente ativo corria risco 22% menor do que o grupo dos gordinhos que não estavam fazendo nada de atividade física. E não era preciso melhorar o condicionamento físico nesse período. Bastava mantê-lo para ter alguma proteção.
A conclusão seria mais ou menos a seguinte: manter-se ativo é quase tão importante quanto perder peso. Deste modo, mesmo que o objetivo principal seja emagrecer, a manutenção de uma atividade física rotineira mostra-se como sendo fundamental para evitar futuros problemas cardiovasculares  para aqueles que estão com sobrepeso. E isso acontece mesmo que o objetivo principal – perder peso - não seja alcançado. Então mesmo que pareça que o dinheiro investido na academia ou as horas passadas nas caminhadas durante a semana não estejam rendendo “uma conversa amigável com a balança”, a manutenção desse programa de atividades terá um grande valor ao final de alguns anos sobre a saúde do seu coração. O importante é não desanimar e colocar a atividade física como parte da rotina. Não desanime. Nunca. Mesmo que a balança insista em – como a minha - não te dar uma boa notícia...
FONTE: http://bandab.pron.com.br/blogs/emerson-zanoni/malhar-reduz-riscos-cardiacos-mesmo-para-os-gordinhos-5126/

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