Do que se trata
Obesidade é a alteração do estado
nutricional por excesso de alimentação. Está associada a muitas doenças e
tem uma relação direta com quanto tempo uma pessoa demora para morrer. A
obesidade humana é acompanhada por um aumento do número de células
gordurosas. Através da perda de peso pode-se conseguir a redução no
tamanho das células, mas o seu número permanece alto. Um aumento de 20%
no peso corporal aumenta o risco de hipertensão arterial, doenças das
coronárias, distúrbios das gorduras do sangue e diabetes. O excesso de
peso também leva a artrose, cálculos biliares e problemas respiratórios.
Os obesos entram em um círculo vicioso
de baixa auto-estima, depressão, excesso de alimentação como se fosse
para compensar o problema, rejeição social, que piora a auto-estima, e
assim por diante. A Dimpna acredita que está entre suas funções cuidar do bem estar físico das pessoas
que nos procuram e que isto depende de vários fatores associados ao
cérebro, território mais importante da Neurologia Avançada. Por estas
razões criamos um sistema de excelente qualidade e boa relação entre custo e benefício, para melhorar a saúde destas pessoas, já há muitos anos.
Qual é a freqüência e a origem do problema
A obesidade é cada vez mais comum em
países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nos países muito
desenvolvidos, como na Europa do norte, existem menos obesos que em
países com graus muito misturados de desenvolvimento social, como Brasil
e USA, onde ocorre grande disparidade social, financeira e educacional
Países muito desenvolvidos tem um população muito mais homogênea. Nos
Estados Unidos e em certas regiões do Brasil obesidade é, hoje em dia,
um problema de saúde pública: um terço da população sofre diferentes
graus de excesso de peso.
Por estas razões a origem e as causas da
obesidade são temas de estudos intensivos e contínuos. Como resultado
destes estudos chegou-se a conclusão que tanto fatores culturais,
sociais e ambientais, quanto os genéticos, biológicos e metabólicos
estão envolvidos em uma complexa interação de variáveis que causam a
obesidade. É necessário, portanto, que a análise do cenário do paciente
seja bem elaborada para que se combata diretamente os fatores mais
determinantes em cada caso.
Algumas definições
O peso do corpo é a soma do peso de
ossos, músculos, órgãos internos, líquidos, tecido adiposo e pele. Estes
componentes estão sujeitos às mudanças normais no decorrer do dia a
dia, que podem ser geradas por acontecimentos como o crescimento,
gravidez, variação da atividade física e envelhecimento.
A distribuição dos depósitos de gordura
está sob controle genético e difere entre mulheres e homens. Nas
mulheres é característica a forma física de uma pêra, devido aos
depósitos mais pesados de gordura ao redor das coxas e nádegas. A forma
de maçã, mais comuns entre os homens, caracteriza-se pelo excesso de
gordura ao redor da cintura e abdômen superior.
Como se diagnostica obesidade
-Existem 3 métodos:
• comparação do peso atual com as tabelas de peso ideal para a altura da pessoa
• índice de massa corporal: uma conta matemática que se faz dividindo o peso pelo quadrado da altura
• medida da gordura subcutânea, no tecido embaixo da pele
Na prática se utiliza a combinação
destes 3 métodos apresentados, pois permitem um melhor acompanhamento do
estado de saúde da pessoa.
-Classificação do índice de massa corporal:
• normal – 20-25 Kg/m2
• sobrepeso – 25 Kg/m2
• obesidade I – 30 Kg/m2
• obesidade II – 35 Kg/m2
• obesidade mórbida – 45 Kg/m2
A história da serraria
Quase todo brasileiro já viu aquelas
serrarias antigas que existiam no interior dos estados do sul. No meio
uma construção coberta, com a serra que transforma troncos de árvore em
tábuas de madeira. Na entrada os caminhões que vinham das florestas
deixavam as toras. Na saída, outros caminhões levavam as tábuas para
fazer a industrialização da madeira. Se pensarmos que a serra dentro da
construção funciona um certo número de horas, logo entenderemos que ela
tem uma certa capacidade de processar madeira. Também é fácil imaginar
que se os cortadores de florestas trabalharem muito, sobrará madeira no
estacionamento, na entrada da serraria.
O mesmo raciocínio se aplica à obesidade
e ao excesso de peso. Nosso corpo consegue processar uma certa
quantidade de alimentos ingeridos, as calorias. Se a ingestão de
calorias é maior que a capacidade de processamento do corpo, vai sobrar
gordura, como a madeira que fica no estacionamento. Sendo assim, temos
que colocar uma serra mais rápida ou os empregados da serraria para
trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana,para conseguirmos cortar o
excesso de madeira. Da mesma forma, se aumentamos a quantidade de
atividade física, queimamos mais calorias e a gordura diminui.
Como se enfrenta o excesso de peso
O enfoque moderno de resolver qualquer
tipo de problema, seja de excesso de peso, o alto consumo de bebida ou o
fumo, é através do enfrentamento da realidade. Todos estes problemas
melhoram, quando o remédio indicado visa a conscientização do paciente
da realidade em que ele se encontra. Se a pessoa tem excesso de peso é
porque está ingerindo mais do que está gastando com sua atividade física. Se há gordura em excesso, a pessoa não pode dizer: “eu não como nada, não sei por que engordo”.
O conselho popular de controlar os
gramas de gordura ou açúcar raramente resulta em redução nas calorias
ingeridas e, portanto, não leva ao controle de peso. Os programas de
redução de peso bem sucedidos integram mudanças na seleção de alimentos,
para uma alimentação equilibrada, exercícios e modificação
comportamental, e é isto que o Programa de Educação Nutricional da Dimpna
objetiva promover, tendo com resultado complementar a percepção do
paciente do impacto da nutrição na prevenção de doenças e na melhora do
grau de saúde. O tratamento farmacológico e a intervenção cirúrgica são
apropriados em algumas circunstâncias.
O tratamento deve ser adequado a cada pessoa tendo como finalidades:
• orientar novos hábitos alimentares, para diminuir a ingestão de calorias
• incentivar a prática de atividades físicas, para aumentar a queima de calorias
• evitar a formação de gordura nova, ou seja, não engordar mais
• reduzir peso lenta e progressivamente
O último ponto, o da lenta redução de
peso, foi comprovado há poucos anos no experimento dos ratinhos que
apareceu na imprensa. Neste experimento foi demonstrada a existência do
hormônio da fome, denominado leptina que, quando a pessoa diminui rápido
demais sua ingestão, o hormônio vai subindo lentamente, até se
apresentar em excesso e a pessoa come tudo de novo e entra no sistema da
gaita de foles, emagrece e engorda de novo. Somente com uma lenta e
contínua perda de peso é que pode se evitar este efeito rebote do
hormônio da fome.
A pirâmide alimentar
Uma alimentação saudável poderá ser reconhecida por apresentar 3 qualidades importantes: variedade, moderação e balanço.
O guia alimentar da pirâmide enfatiza
alimentos vindos de 5 maiores grupos. Cada um destes grupos pode
fornecer alguns, mas não todos os nutrientes que uma pessoa precisa.
Alimentos de um grupo não podem substituir alimentos de outro. Para
manterem-se saudáveis as pessoas devem consumir uma variedade de
alimentos dentro dos grupos.
Em moderação, qualquer alimento pode
encaixar-se em um padrão alimentar que ofereça boa saúde. Não existem
“boas” ou “más” refeições ou lanches, o que existe são boas ou más
combinações de alimentos, boas ou más dietas, sendo assim, é necessário o
acompanhamento de um nutricionista, para que cada paciente tenha as
combinações necessárias para que alcance o seu objetivo.
O que seria o balanço como qualidade de uma alimentação saudável?
Isto é muito longo, objetivo de longo aconselhamento em atendimento.
Tratamento físico
É comum na atualidade as pessoas não terem hábitos que tornem sua vida saudável, alimentarem-se mal e não fazerem exercícios. Na busca de saúde, tanto a alimentação adequada quanto a prática de exercícios devem ser iniciadas prontamente.
Um programa para iniciar a atividade
física consiste em alongamentos, para preparar o músculo e evitar
lesões; exercícios aeróbicos de baixo impacto, como a caminhada, para
queimar calorias e dar bom humor. Na seqüência, qualquer exercício que
exija mais do organismo, deve ser precedido de uma consulta médica e
acompanhado por controle da freqüência cardíaca.
Uma conseqüência importante do tratamento físico
é que com o passar do tempo e o aparecimento dos resultados a pessoa
fica mais otimista, facilitando a introdução destas práticas como um
hábito de sua vida diária.
Além de fatores físicos, os fatores
psicológicos também são grandes causadores da obesidade. Aspectos como
baixa auto-estima, depressão, rejeição social, dentre outros, acabam por
influenciar na maior ou menor quantidade de ingestão de alimentos.
O papel da psicoterapia
no tratamento de pessoas obesas consiste em despertar no paciente não
só a vontade de reaprender a se alimentar, mas também de se conhecer
melhor. A partir do momento que as pessoas têm maior noção de si mesmas,
percebem que o controle de seu corpo e de sua mente está sob
responsabilidade própria. Assim, uma melhora no quadro da obesidade
depende do engajamento do indivíduo no processo de mudança alimentar,
física e psicológica.
Uma das maneiras de se agir
psico-terapeuticamente com os clientes obesos se dá a partir dos
princípios da psicoterapia cognitiva comportamental. Esta linha, mais
objetiva e, portanto, mais rápida que as já conhecidas, prima por fazer a
pessoa questionar a respeito de suas crenças. O que é tido por ela como
mais do que certo, passa a ser questionado, reavaliado de acordo com
suas necessidades. Assim, através desta reavaliação, é possível serem
modificados os comportamentos que não estão agradando para que a
transformação seja possível e o indivíduo possa alcançar seus objetivos.
Nutricionista Sheila Cristina
Tanaka, Fisioterapeuta Maria Paula Bock Silva, Psicóloga Ana Paula
Vieira Pepe e Dr. Paulo Rogério M de Bittencourt, PhD Projeto Saúde,
Unidade de Neurologia Clínica S/C Ltda
Nenhum comentário:
Postar um comentário