José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Número de gordos no Rio é maior do que na maior parte do país

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Número de gordos no Rio é maior do que na maior parte do país


Simulação com Tomógrafo para obesos
O número de pessoas acima do peso, no Estado do Rio de Janeiro, é maior do que na maior parte do país, segundo estudo detalhado, nesta quarta-feira, pela secretaria estadual de Saúde. A taxa de sobrepeso na população da cidade do Rio de Janeiro, segundo estudo similar do Ministério da Saúde, é maior do que a média nacional, chegando a 49,6%. Na capital fluminense, 16,5% da população sofrem de obesidade.
Atenta a esse comportamento da população e a evolução da doença, a Secretaria de Estado de Saúde implantou em dezembro de 2010 o Programa Estadual de Obesidade. Ele funciona no Hospital Estadual Carlos Chagas, sob a coordenação do médico Cid Pitombo, mestre e doutor em cirurgia e membro do Comitê de Educação Continuada da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e também membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Videoendoscópica.
Até hoje, foram atendidas 600 pessoas dentro do projeto e 270 fizeram a cirurgia bariátrica. A meta do governo para este ano é chega a 300 cirurgias bariátricas. O Rio de Janeiro é o único estado do país a possuir uma unidade de saúde com tomógrafo computadorizado para obesos. O equipamento está instalado no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, Zona Oeste do Rio.
- Antes, pacientes com obesidade faziam a tomografia em aparelhos veterinários. Decidimos instalar o tomógrafo no Carlos Chagas, porque possui o maior projeto de cirurgia bariátrica do Brasil, e assim dar dignidade a estes pacientes. Nossa meta é ampliar esse programa, levando a operação para pessoas do interior – anunciou o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes.
A utilização da técnica apresenta diversas vantagens na comparação com as técnicas convencionais: reduz o tempo de cirurgia e anestesia; menor incidência de complicações imediatas ou no pós-operatório; retorno mais rápido às atividades cotidianas e ao trabalho e resultado estético superior aos das técnicas convencionais. Além disso, a técnica – feita através de pequenos furos, nos quais são introduzidos uma microcâmera e micropinças – apresenta menos de 1% de mortalidade em grupos operados.
Cirurgia sem fila de espera
Para se candidatar a uma cirurgia bariátrica no Programa do Estado, o paciente deve procurar um atendimento ambulatorial mais próximo de sua casa para que um médico faça uma primeira avaliação se a cirurgia é necessária ou não. Se a operação for indicada, o médico solicita uma segunda avaliação para a Central de Regulação de Cirurgia Bariátrica do Estado, que encaminha o pedido de forma online ao Hospital Estadual Carlos Chagas. O paciente é contatado e tem uma consulta de avaliação marcada. E, importante, não há fila de espera.
O paciente que tiver Índice de Massa Corpórea dentro do indicado (maior que 40kg/m² ou maior que 35kg/m² quando associado a fatores de co-morbidade, como hipertensão e diabetes, entre outros), que preencham os pré-requisitos do Ministério da Saúde e não tiverem doenças graves associadas são avaliados, preparados e operados. A equipe do médico Cid Pitombo também acompanha todo o pós-operatório especializado, com orientações de nutricionista, psicólogo e avaliação periódica pelo cirurgião.
O mecânico Sérgio Luis de Souza, de 51 anos, e seu filho Rafael, de 21, são um desses pacientes. Juntos já perderam quase 70kg.
- Eu perdi 50 kg em oito meses e estimulei o meu pai a fazer a cirurgia. Em duas semanas, ele ficou 11 kg mais magro. Estamos muito mais felizes e saudáveis. É legal saber que estão se preocupando com o conforto e a saúde da população obesa, que cresceu muito nos últimos anos – contou o hoje sorridente Rafael.
Quarenta e sete quilos mais magro, o supervisor Cleubecyr Oliveira, de 24 anos, não esperava ver os resultados da cirurgia de redução de estômago que fez em agosto tão rápido. O jovem, que pesava 150 kg antes da operação, encontrou no programa do Governo do Estado a chance de recuperar a sua saúde. Se tivesse que pagar pela cirurgia, o jovem gastaria entre R$ 60 e R$ 100 mil.
- Fiquei impressionado com os benefícios rápidos. Meu irmão já tinha feito a cirurgia em dezembro e eu vi de perto o resultado: em poucos dias, ele perdeu muitos quilos. Comigo não foi diferente. Em uma semana, deixei para trás 12 kg e problemas de saúde como varizes e trombose, além da hipertensão. Agora, faço acompanhamento na unidade – afirmou Cleubecyr.
Uma das primeiras pacientes a ser operada no Hospital Carlos Chagas, a administradora Fernanda Wanick, de 33 anos, comemora os resultados da cirurgia bariátrica. Além da estética, a jovem recuperou a autoestima depois de perder 42 dos 119 quilos que tinha antes da operação. Para Fernanda, o dia 6 de dezembro de 2010, data da cirurgia, marcou o início de uma nova vida.
- Me sinto outra pessoa, mais feliz e confiante. Tentei de tudo para emagrecer, e estava perdendo as esperanças até que soube do programa de cirurgia do Carlos Chagas, que ainda ia começar. Fui a segunda do primeiro grupo de operados. Hoje, voltei a ter os prazeres que tinha deixado para trás, como fazer compras e ir para à praia – disse.
FONTE http://correiodobrasil.com.br/numero-de-gordos-no-rio-e-maior-do-que-na-maior-parte-do-pais/428964/

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