10/04/2012 | 18h03min
O excesso de peso e a obesidade aumentaram nos últimos seis anos no
Brasil, é o que aponta a última pesquisa de Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel
2011) divulgado nesta terça-feira (10) pelo ministro Alexandre Padilha.
Em João Pessoa (PB), o percentual de obesos se manteve em torno dos
14%, de 2006 para 2011. Com relação ao excesso de peso, os números
passaram de 42,1% para 50%, no mesmo período.
De acordo com o estudo, a proporção de pessoas acima do peso no
Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período,
o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%. Para o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha, o resultado desse levantamento mostra que é
necessário continuar investindo em ações preventivas, sobretudo aos mais
jovens. “Com o resultado desse levantamento nós conseguimos resultados
que permitem aprimorar nossas políticas públicas, que são essenciais
para prevenir uma geração de pessoas com excesso de peso”, disse.
Na capital paraibana, o percentual de homens obesos passou de
15,7%, em 2006, para 16,1%, em 2011. Entre as mulheres, os números se
mantiveram em 12%. Em seis anos, o percentual de homens com excesso de
peso passou de 46,7% para 59,2%, em 2011 e entre as mulheres os números
passaram de 37,8% para 41,4%.
A pesquisa Vigitel 2011 é promovida pelo Ministério da Saúde em
parceria com Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da
Universidade de São Paulo. O estudo retrata os hábitos da população
brasileira e é uma importante fonte para o desenvolvimento de políticas
públicas de saúde preventiva. Foram entrevistados 54 mil adultos em
todas as capitais e também no Distrito Federal, entre janeiro e dezembro
de 2011.
Os altos percentuais podem ser explicados pelo estilo de vida comum
à grande parcela da população que vive nas capitais do país, que alia
estresse, falta de exercício físico e má alimentação.
A coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não
Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, relaciona os dados
com o período em que a pessoa está ingressando no mercado de trabalho e
consolidando sua carreira profissional. “Uma boa parcela da população
não consegue organizar o tempo para manter a prática de atividades
física e, com a má alimentação, o indivíduo ganha peso com mais
velocidade”, explica a coordenadora.
COMBATE À OBESIDADE – A obesidade é um forte fator
de risco para saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e
açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. Pessoas
obesas também têm mais chance de sofrer com doenças cardiovasculares,
principalmente isquêmicas (infarto, trombose, embolia e
arteriosclerose), além de problemas ortopédicos, asma, apneia do sono,
alguns tipos de câncer, esteatose hepática e distúrbios psicológicos.
Um dos objetivos do Plano de Ações Estratégicas para o
Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), lançado em
2011, é parar o crescimento da proporção de adultos brasileiros com
excesso de peso ou com obesidade. Para enfrentar este desafio, que
começa na mesa, o Ministério da Saúde tem investido em promoção de
hábitos saudáveis e firmado parcerias com o setor privado e com outras
pastas do governo.
O consumo excessivo de sal, por exemplo, é apontado como fator de
risco para a hipertensão arterial. Para diminuir o consumo de sódio
entre a população, o Ministério da Saúde firmou acordo voluntário com a
indústria alimentícia que prevê a diminuição, gradual, do uso do sódio
em 16 categorias de alimentos.
As metas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2014 e aprofundadas até 2
Secom JP
FONTE: http://www.paraiba.com.br/2012/04/10/67744-percentual-de-obesos-com-excesso-de-peso-em-joao-pessoa-cresce-e-chega-a-50
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