Número de homens com excesso de peso é maior do que o de mulheres
Teresina está entre as capitais com
menor número de obesos e pessoas com sobrepeso. Segundo dados divulgados
pelo Ministério da Saúde na última aponta que nos últimos seis anos, a
quantidade de teresinenses com excesso de peso cresceu 44,5%, ocupando a
25ª posição no ranking, enquanto a população de obesos aumentou 12,8%,
deixando o a capital piauiense na 26ª posição entre as outras 27.
De
acordo com o estudo, a proporção de pessoas acima do peso no Brasil
avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o
percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%. A pesquisa de Vigilância
de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel 2011), promovida pelo Ministério da Saúde em
parceria com Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da
Universidade de São Paulo.
Para
o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o resultado desse levantamento
mostra que é necessário continuar investindo em ações preventivas,
sobretudo aos mais jovens. “Com o resultado desse levantamento nós
conseguimos resultados que permitem aprimorar nossas políticas públicas,
que são essenciais para prevenir uma geração de pessoas com excesso de
peso”, disse.
Obesidade
O
aumento das porcentagens de pessoas obesas e com excesso de peso atinge
tanto a população masculina quanto a feminina. Em 2006, 47,2% dos
homens e 38,5% das mulheres estavam acima do peso ideal. Agora, as
proporções subiram para 52,6% e 44,7%, respectivamente.
Em
Teresina, hoje, percentual de homens obesos é de 11,3% e o de mulheres
14,2%, resultando uma média de 12,8% da população. O total de homens com
excesso de peso está atualmente em 50,4% e o de mulheres 39,0%.
A
capital piauiense só perde em menor número total de obesos para Palmas
(12,5%) e no ranking pelo menor quantidade de pessoas com excesso de
peso ela divide a a posição com Aracaju (44,5%), ficando atrás de Palmas
(40,3%) e São Luis (39,8%).
Idade
O
envelhecimento também tem forte influência nos indicativos femininos.
Um quarto das mulheres entre 18 e 24 anos está acima do peso (25,4%). A
proporção aumenta 14 pontos percentuais na próxima faixa etária (25 a 34
anos de idade), atingindo 39,9% das mulheres, e mais que dobra entre as
brasileiras de 45 a 54 anos (55,9%).
O
aumento exponencial dos percentuais de obesidade em curto espaço de
tempo também assusta. Se entre os homens de 18 a 24 anos, apenas 6,3%
são obesos, entre os de 25 e 34 anos, a frequência de obesidade quase
triplica (17,2%).
Movimento
A
obesidade é um forte fator de risco para saúde e tem forte relação com
altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e
casos de pré-diabetes. Pessoas obesas também têm mais chance de sofrer
com doenças cardiovasculares, principalmente isquêmicas (infarto,
trombose, embolia e arteriosclerose), além de problemas ortopédicos,
asma, apneia do sono, alguns tipos de câncer, esteatose hepática e
distúrbios psicológicos
Um
dos objetivos do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das
Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), lançado em 2011, é parar o
crescimento da proporção de adultos brasileiros com excesso de peso ou
com obesidade.
O
consumo excessivo de sal, por exemplo, é apontado como fator de risco
para a hipertensão arterial. Para diminuir o consumo de sódio entre a
população, o Ministério da Saúde firmou acordo voluntário com a
indústria alimentícia que prevê a diminuição, gradual, do uso do sódio
em 16 categorias de alimentos.
As
metas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2014 e aprofundadas
até 2016. O pão francês, as massas instantâneas e a maionese são alguns
dos alimentos que vão sofrer redução de sal.
Sedentarismo
O
relatório também apresenta dados sobre a prática de atividades físicas.
Os homens são mais ativos: 39,6% se exercitam regularmente. Entre as
mulheres, a frequência é 22,4%. O percentual de homens sedentários no
Brasil passou de 16%, em 2009, para 14,1%, em 2011. Em 2009, 16% dos
homens foram classificados como fisicamente inativos.
No
entanto, a tendência percebida é de aumento de sedentários com o
aumento da faixa etária. Se 60,1% dos homens entre os 18 e 24 anos
praticam exercícios como forma de lazer, este percentual reduz para
menos da metade aos 65 anos (27,5%). Na população feminina, as
proporções são semelhantes em todas as faixas etárias, variando entre
24,6% (entre 25 e 45 anos) e 18,9 % (maiores de 65 anos).
A
pesquisa também revela que 42,1 % da população com mais de 12 anos de
estudo pratica algum tipo de atividade física. O percentual diminui para
menos de um quarto da população (24%) para quem estudou até oito anos. A
frequência de exercícios físicos no horário de lazer entre mulheres com
mais de 12 anos de estudo é o único indicador da população feminina que
figura acima da média nacional (33,9%).
Da Redação
redacao@cidadeverde.com
FONTE: http://www.cidadeverde.com/teresina-tem-2-menor-numero-de-obesos-entre-capitais-do-pais-99374
Nenhum comentário:
Postar um comentário