Apesar da ciência assumir o conceito de balanço energético como
basilar na questão da obesidade, parecem existir indivíduos com
pré-disposição para a obesidade, que apesar de ingerirem menos calorias
do que as que gastam, mantém a dificuldade em perder peso.
O papel da flora intestinal na obesidade
Pesquisadores investigam agora a possibilidade da flora intestinal
intestinal desempenhar um papel de influência no risco de obesidade,
pois os indivíduos obesos tendem a ter um perfil microbiótico diferente
do dos indivíduos magros. A bactéria comum na obesidade parece ter a
capacidade de metabolizar os alimentos de a colher mais calorias, e
consequentemente armazená-las como gordura.
Numa investigação
do Instituto Francês para o Desenvolvimento Agrícola foram transferidas
as bactérias pro-obesidade e as resistentes à obesidade para o trato de
ratos livres sem microflora inata. A alguns animais foi fornecida uma
dieta regular, enquanto que outros tiveram livre acesso a uma dieta rica
em gorduras. Os animais do primeiro grupo ingeriram mais alimentos,
ganharam mais peso e tornaram-se mais obesos do que os do segundo grupo.
Uma das conclusões retiradas desta investigação foi que a diferença
nos microorganismos presentes no intestino podem estar relacionados com
mudanças comportamentais e aumento da ingestão, e que essa mesma
microflora podem influenciar a capacidade de resposta a uma refeição.
Esta é mais uma evidência que aponta não só para a importância da
dieta, mas sobretudo para o peso que a mesma tem na flora intestinal, e
por esse meio na saúde global de cada um.
Receita: Contribuição para uma flora intestinal saudável
Existem vários factores que são determinantes no estado da flora intestinal, mas três deles são de gestão bem simples:
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Mastigação: Se os alimentos não forem mastigados e insalivados correctamente chegam mal digeridos ao estômago, logo não só existirá um subaproveitamento no que diz respeito aos nutrientes, como também a porção não mastigada poderá fermentar e promover a proliferação de bactérias nocivas, que competirão com as outras.
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Beber às refeições: Provoca reprodução de bactérias nocivas, alterações do PH do sistema digestivo e diluição do ácido clorídrico do estômago.
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Utilização regular de antiinflamatórios, antibióticos ou anticontraceptivos provocam danos, que podem ser irreversíveis, na flora intestinal.
FONTE: http://lessismor.wordpress.com/2012/05/15/factores-que-contribuem-para-a-obesidade-a-flora-intestinal/
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